Para Hitler, Cristianismo e o Marxismo eram criações judaicas que tentavam dominar os valores arianos da Alemanha. Estes constituíam-se basicamente no ódio aos Judeus e na idolatria de cidadãos altos, saudáveis, louros e de olhos azuis, obedientes a um líder, o Führer.
A Alemanha atravessava um período crítico quando Hitler começou a desenvolver as suas idéias. Durante sua detenção após o fracasso do putsch da cervejaria em Munique, em 1923, escreve o livro Mein Kampf [Minha luta], onde expõe seu pensamento político. O livro torna-se rapidamente um best seller, passando inclusive a fazer parte das listas de casamento, no início dos anos 30.
A Alemanha, derrotada, havia sido considerada culpada da Primeira Guerra Mundial e condenada pelos Aliados (Tratado de Versalhes) a pagar pesadas indenizações. Vivia-se uma crise económica a nível mundial, mas na Alemanha atingia proporções catastróficas com elevado desemprego e estratosférica inflação. Neste contexto, a mensagem de Hitler “Vou dar emprego a todos os alemães” e “Os Judeus são os culpados por esta situação” encontra grande eco na população alemã.
Uma vez no poder, em janeiro de 1933, começa a executar a sua política anti-semita: proíbe os Judeus de exercerem determinadas profissões, como a advocacia, e ordena um boicote às lojas judaicas. Estrelas de David, assim como a palavra JUDE [Judeu, em alemão] são pintadas nas vitrinas das lojas judaicas.
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Judias identificadas com estrela caminham por gueto polonês
Depois de dois anos no poder, Hitler pratica a sua política anti-judaica: As Leis de Nuremberg retiram dos Judeus a cidadania alemã. São declarados ilegais os casamentos e até proibidas as relações sexuais entre judeus e não-judeus. Subsequentemente, a legislação proibia não-judeus de trabalharem para judeus e que judeus e não-judeus estudassem juntos.
No período que antecedeu a criação das medidas executivas e leis contra os judeus, as campanhas de propaganda criaram uma atmosfera tolerante para com os atos de violência contra os judeus, particularmente em 1935, antes das Leis Raciais de Nuremberg, e em 1938, após a Kristallnacht, quando se reforçou a legislação anti-semita na economia. A propaganda também incentivou a passividade e a aceitação das medidas iminentes contra os judeus.
Na noite de 9 para 10 de novembro de 1938, a política discriminatória dos nazis aumentou violentamente com um pogrom que ficou conhecido como Noite de Cristal. O pretexto oficial para esta ação foi o assassinato em Paris de um diplomata nazista por um judeu de 17 anos, Herschel Grynspan.
Grynspan matou o oficial alemão em retaliação – este deportara os seus pais. Os nazistas decidem então castigar os judeus pelo ato de Grynspan. Nessa noite, todos os vidros das sinagogas e das lojas dos judeus foram destruídos.
A partir de 6 de setembro de 1941, a população judaica com mais de seis anos passa a ser facilmente identificável com a obrigatoriedade do uso da Estrela de David amarela com a palavra Jude escrita no meio, sob pena de execução. Torna-se ainda obrigatório acrescentar ao nome próprio dos judeus os nomes Sarah (para as mulheres) ou Israel (para os homens).
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