Keiko Fujimori se desculpa pelos erros do pai via Facebook
Keiko Fujimori se desculpa pelos erros do pai via Facebook
A candidata à Presidência da República do Peru, Keiko Fujimori, pediu desculpas pelos abusos comeditos pelo governo de seu pai Alberto Fujimori (1990-2000). Em sua página do Facebook, Keiko divulgou um vídeo em que garante que os mesmo erros não acontecerão em um evetual governo, caso seja eleita.
"No governo do meu pai aconteceram muitos acertos, mas também muitos erros e excessos. Não sou responsável por eles, mas represento o fujimorismo e por isso quero pedir desculpas por esses erros e delitos cometidos", afirmou.
Veja o vídeo:
No domingo (24/04), durante uma entrevista a uma emissora peruana, a candidata já havia se desculpado pelas violações de direitos humanos e a corrupção durante o período em que seu pai esteve na Presidência e garantiu que se depender de seu governo este tipo de abuso "nunca mais será cometido".
"Durante o meu governo os direitos humanos serão respeitados e se algum delito relacionado a isso ocorrer os responsáveis serão punidos imediatamente", garantiu.
Questionada sobre a possibilidade de perdoar judicialmente seu pai, que atualmente está preso após ser condenado a 25 anos de reclusão por cometer 25 assassinatos durante os anos que esteve no poder, a candidata do partido direitista Força 2011 afirmou que se eleita não tomará medidas a respeito do assunto.
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Durante a entrevista a emissora local, Keiko admitiu que o governo de seu pai era "autoritário", mas se recusou a chamá-lo de "ditatorial", apesar do golpe de Estado.
No dia 5 de junho, Keiko enfrentará, nas urnas, o candidato da esquerda, Ollanta Humala. No primeiro turno das eleições, Humala saiu na frente com 62% dos votos. Para o segundo turno, estima-se que Humala obtenha 42% contra 36% de Keiko, segundo pesquisa realizada nesta semana pelo Instituto Ipsos Apoyo.
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Organizações da Sociedade Civil tiveram direitos violados no governo Bolsonaro, diz associação
Pesquisa feita com 135 organizações sociais de todas as regiões do país foi apresentada no Fórum Político de Alto Nível da ONU
A Associação Brasileira de ONGs afirmou, por meio de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (05/07) no Fórum Político de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) foram submetidas a violações sistemáticas de direitos pelo Estado brasileiro no período entre 2019 e 2021.
O estudo, intitulado Criminalização Burocrática, foi feito a partir do levantamento do perfil de 135 organizações sociais de todas as regiões do Brasil, combinando abordagens qualitativa e quantitativa, incluindo ainda grupos focais e entrevistas entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Para conferir o relatório completo, clique aqui.
“Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o que se observa é um aumento de desconfiança sobre o campo da sociedade civil organizada. Há uma escalada nas tentativas de criminalização das OSCs, com projetos de lei e outras medidas legais destinadas ao controle e restrição do espaço de atuação dessas organizações”, apontam os pesquisadores da pesquisa.
Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo que “visam dificultar a captação de recursos, impor pagamentos indevidos e, de forma geral, inviabilizar o trabalho das entidades”.

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Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo
“As informações também apontam que as OSCs têm sofrido, com o governo federal como agente, crimes de calúnia, difamação ou injúria, todos previstos no Código Penal”, diz a associação.