Uma pesquisa de opinião realizada pela CPI (Companhia Peruana de Investigação) e divulgada nesta quinta-feira (28/04) apontou que o nacionalista Ollanta Humala tem uma diferença de 3,8 pontos percentuais contra sua rival Keiko Fujimori, na disputa do segundo turno pela presidência do Peru. O candidato da coligação Ganha Peru obteve 40,6% das intenções de votos, contra 36,8% de Keiko, da aliança Força 2011. A votação será realizada no dia 5 de junho.
Ainda segundo o levantamento, 11,9% dos entrevistados votarão em branco ou nulo e 10,7% estão indecisos ou não responderam a pesquisa. Keiko tem maior apoio em Lima, onde registrou 40,2% das intenções, contra 35,6% de Humala. Por sua vez, o nacionalista ganha da deputada nas outras regiões do país por 45% a 35,6%.
Os dois candidatos se reuniram nesta sexta-feira, em ocasiões diferentes, com o presidente mexicano, Felipe Calderón, com quem conversaram sobre conversou sobre combate ao crime e ao narcotráfico e integração regional.
A vantagem do candidato nacionalista é a menor apontada até agora segundo as pesquisas de opinião realizadas até agora após a votação do primeiro turno. Na quarta-feira, segundo a Ipsos Apoyo, ele ficou à frente por 42% contra 36%.
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“Não tenho conhecimento das pesquisas, e são apenas pesquisas, nada além disso”, afirmou Humala, ao ser perguntado por jornalistas sobre os resultados do levantamento. Ele também afirmou que respeita a decisão de Alejandro Toledo, ex-presidente e líder da coligação derrotada Peru Possível, de ameaçar expulsar militantes que façam campanha para alguns dos candidatos.
Preferências
A pesquisa ainda apontou que mais da metade dos eleitores acredita que o nacionalista combaterá com mais firmeza a corrupção no governo e nas instituições públicas, além do problema da criminalidade no país. Além disso, 34,3% dos peruanos consideram que ele tem uma vida familiar melhor constituída do que a da adversária. Por outro lado, Keiki é creditada como mais apta para dar continuidade ao desenvolvimento do país para 42% dos entrevistados.
Também foram apontados os principais motivos da escolha dos eleitores por determinado candidato. No caso daqueles que votarão em Humala, 12,9% o farão porque acreditam que ele mudará o país, 10,8% pelo combate à corrupção, 10,2% pela luta contra a criminalidade, e ainda 6,6% porque ele é militar.
Os motivos apontados pelos entrevistados que o rejeitaram são que, para 26,6% deles, o Peru passaria a se assemelhar com a Venezuela, e Humala, com Hugo Chávez; 7,4% temem que ele implantará um regime militar; 7,3% afirmam ter medo de mudanças (7,3%) e 6,7% acham que, com ele, o país correrá risco de ter ditadura, autoritarismo, abuso de poder ou falta de democracia (6,7%).
Em relação à Keiko, sua candidatura será apoiada principalmente porque ela é filha de Alberto Fujimori (17,2%), é mulher (13,5%), pelo fato de seu pai ter realizado obras e combatido o terrorismo, e ela daria continuidade à sua gestão (8,1%) e, por fim, simpatia com seu partido (7,5%).
Nas justificativas de rejeição, a deputada não seria votada porque é filha do ex-presidente Alberto Fujimori (37,8%), é considerada corrupta (13,9%), perdoaria judicialmente seu pai (11,9%) e pelos problemas judiciais de Fujimori (10,4%). Seu pai, que governou o Peru entre 1990 e 2000, cumpre pena de 25 anos de prisão por violação aos direitos humanos e corrupção.
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