Uma equipe de analistas da União Europeia, FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Central Europeu inicia nesta terça-feira (03/02) em Atenas a inspeção de um novo pacote de medidas que deverá devolver aos cofres públicos 76 bilhões de euros até 2015.
Segundo fontes do Ministério das Finanças grego, a missão deve se reunir durante os próximos dias com autoridades governamentais, financeiras e bancárias para elaborar um relatório antes da chegada dos chefes da equipe à capital grega, na próxima semana.
Esta revisão da situação é considerada crucial pelos analistas financeiros, e coincide com os persistentes rumores de que a Grécia não terá como evitar a reestruturação da enorme dívida soberana.
A inspeção acontece um ano depois que o país obteve um gigantesco resgate, em forma de empréstimos do FMI e de seus parceiros da zona do euro, de 110 bilhões de euros. Durante a inspeção serão examinados os pontos específicos de um plano fiscal a médio prazo anunciado pelo Executivo para arrecadar 26 bilhões de euros até 2015, com cortes de despesas do Estado e aumentos de impostos.
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A isso se acrescenta um programa de venda de ativos, assim como privatizações de empresas estatais e de imóveis públicos, a fim de obter 15 bilhões de euros para 2013 e outros 35 bilhões em 2015.
O ministro das Finanças grego, Giorgos Papandreou, reiterou nesta segunda-feira (02/05), em entrevista ao canal estatal NET, que a Grécia “não tem intenções de reestruturar sua dívida”, de 340 bilhões de euros. Além disso, descartou devolver menos dinheiro do que é esperado pelos investidores, visto que “seria um grande erro e deixaria o país fora dos mercados pelos próximos 10 a 15 anos”.
A inspeção do FMI, BCE e UE será realizada enquanto o país espera o quinto lance de ajuda externa, de 12 bilhões de euros, e a ratificação da decisão adotada em março pela Comissão Europeia de estender o prazo da devolução do empréstimo, que deve ocorrer na cúpula da UE, em 25 de junho.
Os sindicatos majoritários anunciaram uma greve geral de 24 horas para 11 de maio em protesto pelas novas medidas e pelo desemprego, cuja taxa já supera os 15%.
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