Os manifestantes que estão concentrados na Puerta del Sol de Madri decidiram neste domingo (22/05) manter os protestos por ao menos mais uma semana. A decisão de ampliar a permanência é para articular melhor o movimento e tentar alcançar seus objetivos de provocar uma mudança social na Espanha.
Os jovens sugeriram estabelecer turnos para não esgotarem suas forças, caso a mobilização se prolongue demais. Outra opção seria descentralizar o movimento pelos bairros da cidade, para outros municípios e pela internet, como anunciaram os organizadores.
O cronograma foi acordado em uma assembleia geral após os pedidos públicos de diferentes comissões e grupos de trabalho.
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Não existe ainda consenso sobre os rumos do movimento. Alguns defendem a permanência por tempo indeterminado na praça, outros sugerem estendê-la para bairros e municípios, outros se concentraram na Puerta del Sol todos os fins de semana. A maioria concorda em transferir o debate de forma coordenada para a internet.
A assembleia ocorre enquanto milhares de cidadãos do chamado movimento 15-M continuam neste domingo mobilizados e acampados em diversas praças da Espanha, em um dia em que ocorrem no país eleições municipais e autônomas.
Após o pronunciamento dos manifestantes na Puerta del Sol, conhecida como o “quilômetro zero” do país e epicentro dos protestos, outras cidades discutem em assembleia sua decisão com a capital como referência.
Em Barcelona, uma assembleia na Praça da Catalunha decidiu pela continuação dos protestos, estendendo por bairros e convocando uma grande manifestação para 15 de junho.
Em Valência, os manifestantes reunidos na Praça do Prefeitura devem realizar uma nova assembleia a partir das 15h (de Brasília), que seguirá os resultados das eleições.
As mobilizações começaram em 15 de maio na Puerta del Sol de Madri e no centro de outras cidades espanholas.
Os milhares de jovens e simpatizantes do movimento 15-M pedem, entre outras exigências, uma reforma política, a regeneração da democracia e uma mudança do sistema econômico que conduziu à grave crise econômica a qual vive a Espanha.
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