A revisão de um habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente Alberto Fujimori, condenado a 25 anos de prisão por violações aos direitos humanos e corrupção, foi adiada nesta quarta-feira (01/06) diante da proximidade das eleições presidenciais peruanas, marcadas para o próximo domingo (05/06).
O TC (Tribunal Constitucional) deveria escutar os argumentos do advogado de Fujimori, César Nakazaki, e do procurador do Estado, Segundo Vitteri, sobre um pedido do primeiro para que se pronuncie sobre a rejeição da Corte Suprema em aceitar uma apelação à condenação em segunda instância.
A revisão deveria ser realizada nesta quarta-feira junto a outros 37 expedientes diferentes em uma audiência do TC, mas antes do início, foram lidos os pedidos apresentados tanto por Nakazaki quanto por Vitteri para que fosse adiada.
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Nakazaki pediu a “reprogramação” do caso “pelo fato de o Peru se encontrar em pleno processo eleitoral”, cujo segundo turno será disputado no próximo domingo entre a congressista Keiko Fujimori, filha do ex-presidente, e o nacionalista Ollanta Humala.
O advogado lembrou aos membros do TC que haviam oferecido não tocar no tema até o fim das eleições “para não afetar o processo” e ressaltou que existe um “julgamento midiático” de Fujimori que, em sua opinião, também afetou os juízes.
Argumentos muito parecidos foram apresentados nesta terça-feira por Keiko Fujimori, que considerou que “não é o momento mais adequado (para tratar o tema), em meio a uma grande polarização política”.
Já o procurador Vitteri afirmou que se tratava de um caso “muito difícil, histórico para o país”, e que por isso merecia ser avaliado em uma audiência isolada, e não junto a outros casos menores.
Finalmente, o Tribunal acatou o pedido das partes e postergou a sessão até uma nova data que não foi anunciada, mas que será após a votação.
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