Direita peruana ratifica apoio a Keiko Fujimori
Direita peruana ratifica apoio a Keiko Fujimori
Um grupo de políticos de direita liderado pelo economista neoliberal Pedro Pablo Kuczynski reuniu-se nesta quinta-feira (02/06) com Keiko Fujimori para ratificar o apoio à sua candidatura à Presidência do Peru.
O segundo turno da eleição, que será realizado neste domingo (05/06), é disputado pela filha do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, que representa a coligação Força 2011, e pelo nacionalista Ollanta Humala, da coligação Ganha Peru.
Além de Kuczynski, participaram do encontro o ex-prefeito de Lima Luis Castañeda, o economista Hernando de Soto e os ex-ministros Mercedes Aráoz e Alfredo Ferrero.
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O grupo afirmou que apóia Keiko por considerarem que sua candidatura constitui "uma garantia" para a democracia peruana. Eles também disseram que a congressista, de 36 anos, não ofereceu cargos em um eventual gabinete presidencial em troca de apoio, e que não estavam fazendo uma aliança política.
Keiko agradeceu, por sua vez, a confirmação desta adesões, que já tinham sido anunciadas separadamente nas últimas semanas. A filha de Alberto Fujimori afirmou ainda que "é fundamental continuar" com o crescimento econômico e o desenvolvimento de seu país, e que para isso acredita que deve ser "mantida a Constituição de 1993", elaborada durante o regime de seu pai (1990-2000).
Segundo as últimas pesquisas de opinião, que por lei não podem ser divulgadas no Peru desde o último domingo, Keiko e Humala estão empatados tecnicamente.
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Rússia diz que assumiu o controle total de Lugansk
Ministério da Defesa da Rússia afirma que suas tropas tomaram a cidade estratégica de Lysychansk, assegurando o controle da região de Lugansk, no leste da Ucrânia
A Rússia reivindicou neste domingo (03/07) o controle de toda a região de Lugansk, no leste da Ucrânia, após a conquista da cidade estratégica de Lysychansk, que foi palco de intensos combates.
Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o titular da pasta, Serguei Shoigu, informou oficialmente "o comandante em chefe das Forças Armadas russas, Vladimir Putin, sobre a libertação da República Popular de Lugansk".
Mais tarde, o Estado-Maior da Ucrânia confirmou em um comunicado publicado no Facebook que as tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de Lysychansk,
"Depois de intensos combates por Lysychansk, as Forças de Defesa da Ucrânia foram forçadas a se retirar de suas posições e linhas ocupadas", disse o comunicado.
"Continuamos a luta. Infelizmente, a vontade de aço e o patriotismo não são suficientes para o sucesso - são necessários recursos materiais e técnicos", disseram os militares.
Lysychansk era a última grande cidade sob controle ucraniano na região de Lugansk.
Na manhã deste domingo, o governador ucraniano da região de Lugansk, Serguei Gaidai, já havia sinalziado que as forças da Ucrânia estavam perdendo terreno em Lysychansk, uma cidade de 100.000 habitantes antes da guerra. "Os russos estão se entrincheirando em um distrito de Lysychansk, a cidade está em chamas", disse Gaidai no Telegram. "Eles estão atacando a cidade com táticas inexplicavelmente brutais", acrescentou.
A conquista de Lysychansk - se confirmada - pode permitir que as tropas russas avancem em direção a Sloviansk e Kramatorsk, mais a oeste, praticamente garantindo o controle da região, que já estava parcialmente nas mãos de separatistas pró-russos desde 2014.

Militärverwaltung der Region Luhansk/AP/dpa/picture alliance
Lysychansk está em ruínas após combates entre as forças russas e ucranianas
No sábado, um representante da "milícia popular de Lugansk" havia afirmado que os separatistas e as tropas russas haviam cercado completamente Lysychansk, algo que foi inicialmente negado pela Ucrânia
Explosões em cidade russa
Ainda neste domingo, a Rússia acusou Kiev de lançar mísseis na cidade de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.
"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis Totchka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod. Após a destruição dos mísseis ucranianos, os restos de um deles caíram sobre uma casa", informou o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.
O governador da região, Viacheslav Gladkov, já havia anunciado anteriormente a morte de pelo menos três pessoas em explosões naquela cidade.
As acusações levantadas por Moscou foram divulgadas um dia depois de a Ucrânia denunciar o que chamou de "terror russo deliberado" em ataques na região da cidade ucraniana de Odessa.
Segundo autoridades militares e civis ucranianas, pelo menos 21 pessoas, incluindo um menino de 12 anos, foram mortas na sexta-feira por três mísseis russos que destruíram "um grande edifício" e "um complexo turístico" em Serhiivka, uma cidade na costa do Mar Negro, a cerca de 80 km de Odessa, no sul da Ucrânia.
"Isso é terror russo deliberado e não erros ou um ataque acidental com mísseis", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na noite de sexta-feira, enquanto as autoridades locais asseguraram que "não havia qualquer alvo militar" no local dos ataques.