Israel abre fogo contra manifestantes na fronteira com a Síria
Israel abre fogo contra manifestantes na fronteira com a Síria
Forças de segurança de Israel abriram fogo ao longo da fronteira síria para dispersar um protesto pró-Palestina. Pelo menos 20 pessoas foram mortas e mais de 220 civis ficaram feridos, segundo a rede multiestatal TeleSur. Já a AFP divulgou um saldo de 6 mortos. O protesto, que mobilizou centenas de manifestantes, marcou o aniversário da derrota árabe na Guerra dos Seis Dias, em 1967, no Oriente Médio.
No conflito, Israel conquistou as Colinas de Golã da Síria em 1967, junto com a Cisjordânia, o leste de Jerusalém e a Faixa de Gaza.
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Imagens exibidas por uma TV estatal da Síria registram cidadãos protestando, atirando pedras e rezando nos povoados de Ain el Tina e Quneitra, no sudoeste do país e perto do alambrado que separa os territórios. Também foi possível ver cenas de soldados israelenses respondendo aos manifestantes com gás lacrimogêneo e disparos para o ar.
Participantes dos protestos entrevistados pelo canal sírio afirmaram que a intenção era invadir o território israelense para hastear a bandeira da Síria em Golã. Esta é a primeira vez que o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, permite que cheguem à fronteira com Israel as manifestações de comemoração do dia de Naksa.
Em 15 de maio, duas pessoas morreram e outras 170 ficaram feridas durante a celebração na Síria do dia da Nakba (catástrofe em árabe), data em que os palestinos lembram o exílio após a fundação do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948.
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Com dois meses de ataques israelenses, mais de 18 mil palestinos morreram em Gaza
Autoridades palestinas alertam para estado do sistema de saúde e delegação da ONU visita região para avaliar necessidades humanitárias: 'pior do que as palavras podem expressar', diz representante do Equador
A intensa operação militar israelense na Faixa de Gaza já deixou ao menos 18.205 palestinos mortos e mais de 49.200 feridos, sendo a maioria das vítimas composta de crianças e mulheres inocentes. Estas são as informações dadas pelo Ministério da Saúde palestina nesta segunda-feira (11/12) que, desde 7 de outubro, diariamente monitora o cenário e os reflexos dos incessantes ataques do exército de Israel.
As autoridades locais chegaram a emitir um alerta sobre o terrível estado do sistema de saúde de Gaza, ao informarem que mais de 300 funcionários de equipes médicas foram mortos pelos bombardeios recentemente. Além disso, disseram que os hospitais estão com 276% dos leitos de cuidados intensivos ocupados.
O Médico Sem Fronteiras denunciou, inclusive, a impossibilidade em atender tanta demanda com a limitação de recursos básicos acessíveis nos hospitais: “totalmente colapsado”, afirmou a coordenadora da entidade, Marie-Aure Perreaut.
O balanço foi divulgado no mesmo dia em que as forças de segurança lideradas pelas autoridades de Tel Aviv admitiram ter prendido 18 pessoas na Cisjordânia, na noite anterior, alegando que cinco estariam supostamente afiliadas ao Hamas. As prisões ocorreram no campo de refugiados de Balata, nas cidades de Dura e Tarqumya.

Twitter/State of Palestine - MFA
Em pouco mais de dois meses, Gaza já contabiliza mais de 18 mil mortes pelos ataques israelenses
Com o pedido internacional de cessar-fogo rejeitado na última sexta-feira (08/12) e sem expectativa alguma de que Israel tome alguma iniciativa para descontinuar os ataques, os representantes dos países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) - sem os Estados Unidos - visitaram a fronteira entre Egito e Gaza com o objetivo de verificar “em primeira mão o que é necessário em termos de operações humanitárias".
“A realidade é ainda pior do que o que as palavras podem expressar”, disse o representante do Equador na ONU, José De La Gasca.
Mesmo alvo de condenações por líderes da comunidade internacional, no último domingo (10/12), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu mais uma vez reforçou que não há intenção de parar. "É o começo do fim do Hamas. Digo aos terroristas do Hamas: acabou".
Já o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, justificou as operações dizendo que os militares trabalham “de acordo com o direito internacional”, usando, mais uma vez, a tese do “direito de autodefesa” defendida pelos Estados Unidos, o único país que votou pelo veto do pedido de cessar-fogo no último encontro emergencial do Conselho de Segurança da ONU.
(*) Com Ansa