Após votar em Lima, Keiko Fujimori pede unidade nacional
Após votar em Lima, Keiko Fujimori pede unidade nacional
A candidata à Presidência do Peru Keiko Fujimori votou em um colégio de Lima, capital do país, e pediu à população que instaure um "governo de unidade". Keiko, da aliança Força 2011, que enfrenta Ollanta Humala, da coalizão Ganha Peru, no segundo turno das eleições, vai acompanhar a apuração dos votos no Hotel Bolívar, também em Lima. Ela também prometeu respeitar qualquer que seja o resultado apontado pelas urnas.
Logo depois de depositar seu voto, a candidata afirmou que espera "que todos os peruanos façam o mesmo. Todos nós queremos o crescimento e o desenvolvimento de nosso país. Agradeço a todos os peruanos que confiam em mim, por um governo de unidade e de reconciliação nacional", declarou a conservadora.
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Keiko chegou ao colégio San Roque, no bairro de Surco, acompanhada de seu marido, Mark Vito Villanella, depois de tomar o tradicional café da manhã eleitoral diante da imprensa. Filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), condenado a 25 anos de prisão por violação aos direitos humanos e corrupção, ela disse que "os últimos dias têm sido muito intensos e é importante esperar os resultados, sobretudo a contagem rápida, para me pronunciar. São mais precisos que a boca de urna".
Durante o café da manhã, a candidata contou que não conseguiu visitar seu pai, na cela do presídio da Direção Nacional de Operações Especiais (Diroes), mas que ele teria assegurado a amigos que estava "tranquilo". Villanella aproveitou a oportunidade para dizer que, em um eventual governo de sua esposa, ele a apoiaria em relação ao desenvolvimento de trabalhos sociais.
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Keiko, aos 36 anos, poderá se tornar a primeira presidente mulher do país e a segunda pessoa mais jovem a ocupar o cargo, depois do primeiro mandato (1985-1990) do atual presidente Alan García. Pressionada por críticos e pela imprensa, ela tentou se afastar dos casos de corrupção e de violação aos direitos humanos que marcaram o mandato de seu pai e se comprometeu a não absolvê-lo, caso seja eleita.
A conservadora ainda defendeu um plano baseado na luta contra a pobreza e a manutenção do programa econômico.
O segundo turno das eleições no Peru acontece menos de dois meses depois do nacionalista Ollanta Humala vencer a primeira etapa do pleito, com 31,7% dos votos, enquanto Keiko ficou com 23,5%.
A última pesquisa de intenções de voto, realizada pelo instituto Ipsos Apoyo, trouxe o nacionalista na liderança com 51,9% da preferência dos eleitores, enquanto Keiko registrou 48,1%.
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Rússia diz que assumiu o controle total de Lugansk
Ministério da Defesa da Rússia afirma que suas tropas tomaram a cidade estratégica de Lysychansk, assegurando o controle da região de Lugansk, no leste da Ucrânia
A Rússia reivindicou neste domingo (03/07) o controle de toda a região de Lugansk, no leste da Ucrânia, após a conquista da cidade estratégica de Lysychansk, que foi palco de intensos combates.
Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o titular da pasta, Serguei Shoigu, informou oficialmente "o comandante em chefe das Forças Armadas russas, Vladimir Putin, sobre a libertação da República Popular de Lugansk".
Mais tarde, o Estado-Maior da Ucrânia confirmou em um comunicado publicado no Facebook que as tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de Lysychansk,
"Depois de intensos combates por Lysychansk, as Forças de Defesa da Ucrânia foram forçadas a se retirar de suas posições e linhas ocupadas", disse o comunicado.
"Continuamos a luta. Infelizmente, a vontade de aço e o patriotismo não são suficientes para o sucesso - são necessários recursos materiais e técnicos", disseram os militares.
Lysychansk era a última grande cidade sob controle ucraniano na região de Lugansk.
Na manhã deste domingo, o governador ucraniano da região de Lugansk, Serguei Gaidai, já havia sinalziado que as forças da Ucrânia estavam perdendo terreno em Lysychansk, uma cidade de 100.000 habitantes antes da guerra. "Os russos estão se entrincheirando em um distrito de Lysychansk, a cidade está em chamas", disse Gaidai no Telegram. "Eles estão atacando a cidade com táticas inexplicavelmente brutais", acrescentou.
A conquista de Lysychansk - se confirmada - pode permitir que as tropas russas avancem em direção a Sloviansk e Kramatorsk, mais a oeste, praticamente garantindo o controle da região, que já estava parcialmente nas mãos de separatistas pró-russos desde 2014.

Militärverwaltung der Region Luhansk/AP/dpa/picture alliance
Lysychansk está em ruínas após combates entre as forças russas e ucranianas
No sábado, um representante da "milícia popular de Lugansk" havia afirmado que os separatistas e as tropas russas haviam cercado completamente Lysychansk, algo que foi inicialmente negado pela Ucrânia
Explosões em cidade russa
Ainda neste domingo, a Rússia acusou Kiev de lançar mísseis na cidade de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.
"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis Totchka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod. Após a destruição dos mísseis ucranianos, os restos de um deles caíram sobre uma casa", informou o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.
O governador da região, Viacheslav Gladkov, já havia anunciado anteriormente a morte de pelo menos três pessoas em explosões naquela cidade.
As acusações levantadas por Moscou foram divulgadas um dia depois de a Ucrânia denunciar o que chamou de "terror russo deliberado" em ataques na região da cidade ucraniana de Odessa.
Segundo autoridades militares e civis ucranianas, pelo menos 21 pessoas, incluindo um menino de 12 anos, foram mortas na sexta-feira por três mísseis russos que destruíram "um grande edifício" e "um complexo turístico" em Serhiivka, uma cidade na costa do Mar Negro, a cerca de 80 km de Odessa, no sul da Ucrânia.
"Isso é terror russo deliberado e não erros ou um ataque acidental com mísseis", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na noite de sexta-feira, enquanto as autoridades locais asseguraram que "não havia qualquer alvo militar" no local dos ataques.