O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu nesta segunda-feira (06/06) que as relações do país com os Estados Unidos “estão congeladas”, em entrevista à imprensa local.
“Não podemos dizer que [a relação] esteja tensa, ainda que fique tensa de vez em quando”, declarou Maduro, em entrevista à emissora privada Televen. Segundo ele, “em um futuro imediato, não há perspectivas de que se possa movimentar em direção a aspectos positivos da comunicação e do respeito”.
“As tentativas para recompor a situação caíram por causa de incoerências, debilidades e de pressões da ultradireita às quais se submete aquele governo”, disse Maduro, sobre a administração de Barack Obama.
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As declarações do chanceler foram dadas depois dos Estados Unidos imporem sanções, no dia 24 de maio, à empresa estatal PDVSA (Petróleos da Venezuela) por manter relações comerciais com o Irã.
Maduro sustentou que “de nossa parte, temos feito todos os esforços para restaurar a comunicação fluida e o respeito mútuo com o governo dos Estados Unidos”.
Para o chanceler, “parece que a política externa do país, o desprezo com que olha a América Latina ou a África e seu desejo de hegemonizar o mundo, estariam marcando uma tendência negativa”.
O ministro ainda defendeu que “o objetivo [de Washington] é amedrontar” e enfatizou que “nós não queremos ir para um confronto, mas sim que sejamos respeitados”. “Temos o direito soberano de nos relacionarmos comercialmente com o mundo inteiro”, argumentou.
Na quarta-feira passada, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, garantiu que as futuras ações de seu país dependem dos próximos passos que os Estados Unidos derem. Segundo o mandatário, seu governo estuda “a parte técnica, financeira e jurídica” das sanções contra a PDVSA e está tomando “medidas de precaução”.
Os Estados Unidos impediram a petrolífera de participar de qualquer contrato direto com o país, terem acesso às facilidades de crédito do Banco de Importação e Exportação do país e obterem licenças para tecnologias petrolíferas.
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