O presidente do Banco Central de Israel, Stanley Fischer, apresentou sua candidatura à direção-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), em substituição ao francês Dominique Strauss-Kahn, acusado de crimes sexuais.
“Surgiu uma oportunidade extraordinária e não planejada, talvez a única existente para concorrer à coordenação do FMI e, após muito refletir, decidi que desejo alcançá-la”, declarou Fisher em comunicado divulgado neste domingo (12/06) pelo jornal israelense Ha'aretz.
Fisher informou ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e ao titular de Finanças, Yuval Steinitz, da apresentação de sua candidatura, que realizou “apesar de saber que é um processo complicado e que há possíveis obstáculos”.
A atual favorita para o posto é a ministra de Finanças francesa, Christine Lagarde, que seria a primeira mulher a presidir a instituição.
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A União Europeia quer que a chefia do FMI continue nas mãos de um europeu, como manda a tradição, mas os países em vias de desenvolvimento estão pressionando para que seja designado alguém procedente das novas economias.
Segundo as diferentes pesquisas realizadas por entidades especializadas após a detenção em Nova York de Strauss-Kahn no mês passado, Fisher, de 67 anos e de reconhecida reputação internacional, é um dos candidatos preferidos por economistas, agências de risco e entidades financeiras.
Contra si pesarão sua nacionalidade, por não ser americano e, mais recentemente, por ter obtido passaporte israelense.
Também pesará a norma do FMI que proíbe dar a chefia do organismo a pessoas com mais de 65 anos e mantê-las no posto além dos 70 anos.
A seu favor contarão sua experiência prévia no FMI, onde já foi primeiro subdiretor-gerente entre 1994 e 2001.
Desde o ano 2005, ele preside o banco emissor israelense e obteve vários prêmios por sua visão e condução da economia israelense durante a crise econômica mundial, entre as distinções a de “Presidente do Ano”, entregue pela revista Euromoney.
No ano passado, o governo israelense renovou o mandato de Fischer à frente do Banco Central de Israel por outros cinco anos, e embora o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que “não vai se opor” a sua candidatura ao FMI, mas indicou que “sua preferência era que permanecesse em Israel”.
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