O ex-presidente peruano Alberto Fujimori, condenado a 25 anos de prisão, perdeu 15 quilos nos últimos quatro meses por um quadro depressivo. Entretanto, segundo o boletim médico divulgado nesta terça-feira (14/06), ele não está com câncer terminal nem precisa ficar internado.
O chefe da equipe médica que atendeu Fujimori no Inen (Instituto Nacional de Doenças Neoplásicas), Pedro Sánchez, disse em entrevista coletiva que o ex-presidente, de 73 anos, “é um paciente de alto risco por ter apresentado quatro recorrências na cavidade bucal desde que o câncer foi tratado, em 1997”.
Fujimori, condenado por violações dos direitos humanos, foi internado na quinta-feira passada no Inen para ser submetido a uma série de exames por conta de uma lesão na língua e por ter perdido 15 quilos nos últimos quatro meses.
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Nesta terça-feira, depois dos exames realizados, o médico informou também que Fujimori tem hipertensão, um cisto no pâncreas que está estável e cálculos renais.
Consultado sobre a gravidade de seu estado, Sánchez afirmou que ele não está com câncer terminal, mas que “toda pessoa em processo de uma doença neoplásica (câncer) tem risco de uma recaída”.
Nos últimos dias, foi bastante discutida a possibilidade de Fujimori obter um indulto presidencial caso a gravidade de sua doença fosse confirmada, o que não foi descartado pelo presidente Alan García, nem pelo governante eleito Ollanta Humala.
O indulto a um preso é de atribuição exclusiva do chefe de Estado e concedido a doentes terminais. Quando a decisão é tomada, nenhuma instância judicial pode recorrer da mesma.
Sánchez acrescentou que a lesão na língua foi controlada sem necessidade de uma nova intervenção cirúrgica, mas ressaltou que a diminuição de peso atual é grande.
“A perda de peso (de 79 quilos para os 64 atuais) se deve ao quadro depressivo e isto acontece em pacientes que têm esta condição”, ou seja, um câncer na cavidade bucal tratado de forma recorrente.
O médico relatou que Fujimori terá alta nesta terça-feira e seguirá seu tratamento, inclusive com um psiquiatra, no local onde permanece detido (a prisão da Direção de Operações Especiais) e com exames periódicos a cada três meses no Inen.
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