Philip Morris entra na Justiça para barrar lei australiana que proíbe marcas nas caixas de cigarro
Philip Morris entra na Justiça para barrar lei australiana que proíbe marcas nas caixas de cigarro
A Philip Morris entrou nesta segunda-feira (27/06) com uma ação judicial contra o governo da Austrália para tentar barrar a mais recente medida antitabaco adotada pelo país. O governo australiano planeja tirar substituir as logomarcas das embalagens por imagens que mostram as doenças que o cigarro pode causar.
As imagens seriam aplicadas nos dois lados da embalagem – e o nome da marca teria de ser exibido abaixo delas, em fonte padronizada.
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A frente e o verso de uma caixa estampada por uma das fotos da campanha australiana
Para a Philip Morris, a medida – pioneira no mundo e elogiada pela Organização Mundial da Saúde – reduz o valor das marcas, dando margem a uma bilionária indenização para a indústria. "Nós avaliamos que a compensação seria de bilhões ", afirmou o porta-voz da Philip Morris Anne Edwards à agência de notícias Associated Press.
A proposta do governo, que será avaliada no Parlamento a partir de julho, seria aplicada a partir do ano que vem. Os pacotes com as imagens dos dois lados da embalagem e sem logomarcas seriam o padrão adotado por todas as marcas na Austrália a partir de julho de 2012.
"Nosso governo está determinado a tomar todas as medidas que podemos para reduzir os danos do tabaco", afirmou o ministro da Saúde, Nicola Roxon, segundo a AP. "Não seremos intimidados por ameaças ou ações legais das empresas de tabaco."
Reprodução
Ao anunciar as medidas, no fim de abril, a primeira-ministra Julia
Gillard também afirmou que o governo não se intimidaria diante das
“táticas das grandes empresas do tabaco". Na ocasião, a Austrália
anunciou também um aumento de 25% no imposto sobre o tabaco.
Dados de 2007 indicam que 16,6% dos australianos com mais de 14 anos são fumantes. A expectativa do governo é reduzir, com o aumento de impostos, o consumo de cigarros em pelo menos 6%.
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Javier Milei nomeia ‘rabino pessoal’ como embaixador da Argentina em Israel
Shimon Axel Wahnish foi responsável por apresentar a Torá ao novo presidente argentino, que não é judeu; sem experiência diplomática, o religioso desembarcará no Oriente Médio em meio à intensa guerra israelo-palestina
O presidente da Argentina, Javier Milei, nomeou seu “rabino pessoal”, Shimon Axel Wahnish, como o embaixador do país em Israel que desembarcará no Oriente Médio em meio à intensa guerra do Estado israelense contra o povo palestino.
No último domingo (10/12), dia da posse, Wahnish foi apresentado ao ministro das Relações Exteriores israelense, Eli Cohen, que também esteve presente no evento, em Buenos Aires.
À noite, durante a cerimônia inter-religiosa que aconteceu na Catedral Metropolitana, Wahnish confirmou a notícia ao entregar sua mensagem a Milei, diante de representantes de outras religiões. O rabino citou os Salmos. “A coragem humana consiste na capacidade de cair e levantar-se. E, como argentinos, sabemos disso. É preciso levantar e começar de novo”, afirmou.
O novo embaixador, sem experiência diplomática, foi o responsável por apresentar o estudo da Torá ao novo mandatário argentino e é membro reconhecido da comunidade judaico-marroquina no país sul-americano.
Milei não é judeu, mas estuda o livro sagrado do judaísmo desde 2021.

Twitter/Urgente24.com
Shimon Axel Wahnish, "rabino pessoal" de Milei, é o nomeado embaixador da Argentina em Israel
Após vencer as eleições presidenciais, no final de novembro, o presidente argentino visitou o túmulo de um rabino em um cemitério no bairro do Queens, em Nova York, em forma de “agradecimento” pelo triunfo. O local é onde estão enterrados os restos mortais do rabino de origem ucraniana Menachem Mendel Schneerson.
A embaixada da Argentina em Israel estava vaga desde que o ex-governador de Entre Ríos, Sergio Urribarri, foi condenado por corrupção e renunciou ao cargo em abril de 2022.. Agora Wahnish assumirá a função em um momento delicado em virtude da guerra de Israel contra o povo palestino.
Durante a campanha eleitoral, Milei havia anunciado planos para declarar o Hamas como uma "organização terrorista" e transferir a embaixada argentina para Jerusalém. No último debate realizado antes das eleições presidenciais, o novo mandatário havia também manifestado “solidariedade com Israel e seu pleno direito de proteger seu território dos terroristas”.