Depois de bater o recorde de pontuação do ano, com mais de 61 mil pontos ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa) fechou o pregão de quarta-feira (23) em baixa de 1,62%, com 60.496 pontos e volume de 5.815 bilhões de reais negociados.
De acordo com analistas do mercado financeiro, o resultado de hoje se deve à realização de lucros, ou seja, investidores embolsaram lucros de ações que acumularam boa valorização.
A redução do preço do petróleo no mercado internacional também contribuiu para o desempenho do pregão, atingindo diretamente as ações da Petrobras que caíram 1,63%, para R$ 34,26.
Além disso, a queda das commodities e as perdas na Bolsa de Nova York ajudaram a levar o índice Ibovespa à maior queda diária do mês.
Taxa de juros nos Estados Unidos
Entre as principais notícias do dia está a de que o Federal Reserve (FED, banco central dos Estados Unidos) decidiu manter a taxa básica de juros do país entre zero e 0,25% ao ano, uma decisão que já era esperada pelo mercado financeiro.
Em comunicado, o FED declarou que a atividade econômica “melhorou depois de uma retração severa” desde a reunião do órgão em agosto. “As condições nos mercados financeiros melhoraram mais e a atividade no setor de habitação aumentou”, afirmou o presidente do FED, Ben Bernanke.
Apesar da avaliação otimista do FED, que vê melhora na situação econômica dos Estados Unidos, as principais bolsas norte-americanas fecharam em queda nesta quarta-feira.
O índice Dow Jones caiu 0,83%, aos 9.748 pontos. O S&P 500 recuou 1,01%, para 1.060 pontos. O Nasdaq, indicador da bolsa eletrônica, perdeu 0,69%, aos 2.131 pontos.
Na América Latina
Na Argentina, o índice Merval da Bolsa de Comércio de Buenos Aires fechou em queda de 1,67%, fixado em 2.023 pontos. Por sua vez, o Índice Geral da Bolsa e o Merval 25 caíram 1,64% e 1,44%, para 109.437 e 2.018 pontos, respectivamente.
O volume financeiro do dia foi de 60,6 milhões de pesos (15,9 milhões de dólares). Dos títulos negociados, 33 subiram, 29 caíram e 13 mantiveram-se estáveis.
Liderando as maiores baixas estão as ações da Tenaris (2,94%), da Petrobras (1,99%) e da Telecom Argentina (1,75%).
No mercado cambial, o peso argentino se manteve estável, a 3,81 pesos para compra e a 3,85 pesos para venda.
A Bolsa Mexicana de Valores (BMV) terminou o dia em baixa de 1,88% em seu principal indicador, o Índice de Preços e Cotações (IPC), que alcançou 28.959 pontos.
Na contramão, ficaram as bolsas da Colômbia, com alta de 0,67% em seu índice geral, o IGBC, que alcançou 10.984 pontos, e do Chile, com valorização de 0,71% e 3.318 pontos.
Bolsas da Europa
O principal índice de ações da Europa, o FTSEurofirst 300, fechou em leve alta de 0,1%, para 1.005 pontos, nesta quarta-feira. O indicador avançou cerca de 56% desde que alcançou a mínima recorde em março e acumula crescimento de quase 21% em 2009. O FSTEurofirst 300 está a caminho de registrar o melhor desempenho trimestral em quase uma década.
O avanço maior foi no setor bancário, enquanto o segmento de energia teve as maiores perdas.
Seguindo esta tendência do índice geral, a bolsa de Milão subiu 0,75% e fechou com 23.239 pontos. A alta também foi acompanhada pela Itália, onde o índice geral FTSE Italia All-Share teve ganhos de 0,64%, e pela Espanha, com valorização de 0,31% no índice Ibex-35 da Bolsa de Madri.
Por outro lado, as bolsas de Frankfurt, Paris e Londres fecharam em queda de 0,13%, 0,05% e 0,06%, respectivamente.
Mercado asiático
Na Ásia, as bolsas tiveram desempenho negativo. As sessões foram marcadas pelo baixo volume de negócios devido a fatores regionais. Tóquio não operou pelo terceiro dia consecutivo.
Em Xangai, as ações negociadas sofreram uma queda de 1,89%. O índice Xangai Composto perdeu 1,9% e o Shenzhen Composto caiu 2,9%.
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