Sean Hoare, o primeiro jornalista a denunciar o envolvimento de Andy Coulson nas escutas telefônicas do “News of the World”, apareceu morto nesta segunda-feira (18/07) em sua residência, em Watford, no leste da Grã-Bretanha. De acordo com as investigações, as causas são, até o momento, desconhecidas. As informações são do jornal britânico Guardian.
O jornalista trabalhou no The Sun e no News of the World, dois veículos sensacionalistas pertencentes à News Corporation, grupo de Rupert Murdoch. Nesse período, ele esteve trabalhando ao lado do também jornalista Andy Coulson, principal pivô do escândalo dos grampos jornalísticos e que, em janeiro, renunciou ao cargo de diretor de comunicação de David Cameron, primeiro-ministro do Reino Unido.
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Segundo Hoare disse ao The New York Times em setembro de 2010, Coulson sabia das escutas telefônicas do News of the World na época em que dirigia o antigo tabloide, de 2003 a 2007.
Além disso, Hoare afirmou que o ex-diretor de comunicação de Cameron encorajava os repórteres a grampear os telefones de famosos para conseguir exclusivas.
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Coulson, que sempre negou as acusações, foi preso na semana passada pela polícia – e libertado várias horas depois –, sob a suspeita de que tinha subornado policiais e interceptado ligações durante sua época à frente do jornal.
Mais recentemente, na semana passada, Hoare denunciou que os jornalistas do tabloide tinham acesso a tecnologia policial para poder localizar pessoas mediante sinais de celular em troca de subornos aos agentes.
No entanto, quando Hoare foi convocado em setembro de 2010 a comparecer a uma delegacia em Londres, ele mudou seu discurso e não envolveu Coulson com as escutas.
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