Leia a íntegra da nota do Conselho de Segurança contra a Síria
Leia a íntegra da nota do Conselho de Segurança contra a Síria
Segue abaixo a íntegra do documento aprovado nesta quarta-feira (03/08), por 14 dos 15 integrantes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). A nota condena a violação dos direitos humanos por parte do governo da Síria contra os manifestantes que organizam uma série de protestos desde o mês de abril.
"O Conselho de Segurança expressa profunda preocupação com a deterioração da situação na Síria , e também expressa profundo pesar pela morte de centenas de pessoas.
O Conselho de Segurança condena a violação generalizada dos direitos humanos e do uso da força contra civis pelas autoridades sírias.
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O Conselho de Segurança pede para o fim imediato de toda a violência e clama urgentemente todos os lados para agir com a máxima contenção, evitando represálias, incluindo ataques contra institutições do Estado.
O Conselho de Segurança pede às autoridades sírias para respeitarem plenamente os direitos humanos e se comprometerem com as obrigações em respeito às leis internacionais aplicáveis. Os responsáveis pela violência devem prestar contas de seus atos.
O Conselho de Segurança chama a atenção para os compromissos de reforma anunciados pelas autoridades sírias e lamenta a ausência de progresso em sua implementação, exortando o governo sírio a implementar seus compromissos assumidos.
O Conselho de Segurança reafirma seu forte compromisso Pa soberania, independência e integridade territorial da Síria. Ele enfatiza que a única solução para a crise atual na Síria está em um processo político inclusive, liderado pela Síria, com o objetivo de trazer respostas efetivas às aspirações e preocupações legítimas da população, processo esse que permita o exercício pleno das liberdades fundamentais pela população inteira, incluindo a liberdade de expressão e de reunião pacífica.
O Conselho de Segurança pede às autoridades sírias para aliviar a situação humanitária nas áreas em crise, cessando o uso da força contra cidades afetadas, a permitir o acesso rápido e sem obstáculos das agências e dos funcionários humanitários internacionais e a cooperar plenamente com o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
O Conselho de Segurança pede ao secretário-geral para atualizar a situação a este conselho na Síria nos próximos sete dias."
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Rússia diz que assumiu o controle total de Lugansk
Ministério da Defesa da Rússia afirma que suas tropas tomaram a cidade estratégica de Lysychansk, assegurando o controle da região de Lugansk, no leste da Ucrânia
A Rússia reivindicou neste domingo (03/07) o controle de toda a região de Lugansk, no leste da Ucrânia, após a conquista da cidade estratégica de Lysychansk, que foi palco de intensos combates.
Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o titular da pasta, Serguei Shoigu, informou oficialmente "o comandante em chefe das Forças Armadas russas, Vladimir Putin, sobre a libertação da República Popular de Lugansk".
Mais tarde, o Estado-Maior da Ucrânia confirmou em um comunicado publicado no Facebook que as tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de Lysychansk,
"Depois de intensos combates por Lysychansk, as Forças de Defesa da Ucrânia foram forçadas a se retirar de suas posições e linhas ocupadas", disse o comunicado.
"Continuamos a luta. Infelizmente, a vontade de aço e o patriotismo não são suficientes para o sucesso - são necessários recursos materiais e técnicos", disseram os militares.
Lysychansk era a última grande cidade sob controle ucraniano na região de Lugansk.
Na manhã deste domingo, o governador ucraniano da região de Lugansk, Serguei Gaidai, já havia sinalziado que as forças da Ucrânia estavam perdendo terreno em Lysychansk, uma cidade de 100.000 habitantes antes da guerra. "Os russos estão se entrincheirando em um distrito de Lysychansk, a cidade está em chamas", disse Gaidai no Telegram. "Eles estão atacando a cidade com táticas inexplicavelmente brutais", acrescentou.
A conquista de Lysychansk - se confirmada - pode permitir que as tropas russas avancem em direção a Sloviansk e Kramatorsk, mais a oeste, praticamente garantindo o controle da região, que já estava parcialmente nas mãos de separatistas pró-russos desde 2014.

Militärverwaltung der Region Luhansk/AP/dpa/picture alliance
Lysychansk está em ruínas após combates entre as forças russas e ucranianas
No sábado, um representante da "milícia popular de Lugansk" havia afirmado que os separatistas e as tropas russas haviam cercado completamente Lysychansk, algo que foi inicialmente negado pela Ucrânia
Explosões em cidade russa
Ainda neste domingo, a Rússia acusou Kiev de lançar mísseis na cidade de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.
"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis Totchka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod. Após a destruição dos mísseis ucranianos, os restos de um deles caíram sobre uma casa", informou o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.
O governador da região, Viacheslav Gladkov, já havia anunciado anteriormente a morte de pelo menos três pessoas em explosões naquela cidade.
As acusações levantadas por Moscou foram divulgadas um dia depois de a Ucrânia denunciar o que chamou de "terror russo deliberado" em ataques na região da cidade ucraniana de Odessa.
Segundo autoridades militares e civis ucranianas, pelo menos 21 pessoas, incluindo um menino de 12 anos, foram mortas na sexta-feira por três mísseis russos que destruíram "um grande edifício" e "um complexo turístico" em Serhiivka, uma cidade na costa do Mar Negro, a cerca de 80 km de Odessa, no sul da Ucrânia.
"Isso é terror russo deliberado e não erros ou um ataque acidental com mísseis", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na noite de sexta-feira, enquanto as autoridades locais asseguraram que "não havia qualquer alvo militar" no local dos ataques.