OTAN prepara 'ataque final' contra Kadafi
OTAN prepara 'ataque final' contra Kadafi
A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) prepara um "ataque final" contra as forças de segurança do líder líbio Muamar Kadafi para acabar com a resistência das tropas leais e abrir caminho para os rebeldes, informaram nesta terça-feira (23/08) os jornais britânicos The Guardian e The Independent.
Após uma pausa estratégica de bombardeios por parte da organização em razão do avanço dos rebeldes em Trípoli, a OTAN retomará na noite desta terça-feira a operação. Na segunda-feira (22/08), os rebeldes tomaram grande parte da capital e receberam mais de 2 mil soldados para reforçar as tropas anti-Kadafi.
Desde então, a OTAN vem fazendo uma análise de imagens e informações fornecidas pelos aviões espiões para planejar os ataques em torno do complexo de Kadafi sem atingir os rebeldes.
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Segundo o Guardian, cogitou-se a possibilidade de considerar o complexo de túneis da cidade como alvos legítimos, entretanto, um bombardeio subterrâneo colocaria em risco civis e rebeldes. Pelo ar, os bombardeios também foram considerados arriscados pelas autoridades de defesa, por isso os aviões da OTAN seguem sobrevoando Trípoli em busca de alvos claramente definidos como militares, incluindo instalações de comando, controle e quarteis.
Ainda de acordo com o jornal, militares britânicos também estarão envolvidos nos ataques, entretanto não há confirmação oficial do governo nem da OTAN. O jornal afirma que aviões britânicos estão buscando o que os pilotos chamam de "alvos dinâmicos", aqueles que são vistos por acaso, e "alvos planejados".
Otimismo
Em entrevista coletiva concedida na sede da OTAN em Bruxelas, na Bélgica, o porta-voz militar da organização, Roland Lavoie, afirmou que a batalha nas ruas de Trípoli ao redor do quartel-general de Kadafi será o "capitulo final" para o líder líbio.
Já segundo a porta-voz-chefe da OTAN, Oana Lungescu, "remanescentes do regime de Kadafi ainda lutam uma batalha perdida". A OTAN confirmou que aeronaves estão sobrevoando Trípoli nesta terça-feira, mas não confirmou que bombardeou o quartel.
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Organizações da Sociedade Civil tiveram direitos violados no governo Bolsonaro, diz associação
Pesquisa feita com 135 organizações sociais de todas as regiões do país foi apresentada no Fórum Político de Alto Nível da ONU
A Associação Brasileira de ONGs afirmou, por meio de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (05/07) no Fórum Político de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) foram submetidas a violações sistemáticas de direitos pelo Estado brasileiro no período entre 2019 e 2021.
O estudo, intitulado Criminalização Burocrática, foi feito a partir do levantamento do perfil de 135 organizações sociais de todas as regiões do Brasil, combinando abordagens qualitativa e quantitativa, incluindo ainda grupos focais e entrevistas entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Para conferir o relatório completo, clique aqui.
“Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o que se observa é um aumento de desconfiança sobre o campo da sociedade civil organizada. Há uma escalada nas tentativas de criminalização das OSCs, com projetos de lei e outras medidas legais destinadas ao controle e restrição do espaço de atuação dessas organizações”, apontam os pesquisadores da pesquisa.
Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo que “visam dificultar a captação de recursos, impor pagamentos indevidos e, de forma geral, inviabilizar o trabalho das entidades”.

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Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo
“As informações também apontam que as OSCs têm sofrido, com o governo federal como agente, crimes de calúnia, difamação ou injúria, todos previstos no Código Penal”, diz a associação.