Governo chileno adia reunião com líderes estudantis para sábado
Governo chileno adia reunião com líderes estudantis para sábado
Atualizado às 14h21
A esperada reunião entre o governo chileno e movimentos estudantis programada para esta terça-feira (30/08), foi adiada para este sábado (03/09). O objetivo do encontro é definir um plano de ação que esteabeleça investimentos e mudanças no setor, colocando um ponto final nos protestos organizados pelos estudantes, que já duram três meses e mobilizaram todo o país.
O anúncio da nova data foi feito pelo ministro da Educação, Felipe Bulnes. As informações são da Agência de notícias Associated Press e da rádio BiobioChile.
MAis cedo, o secretário-geral do governo, Andrés Chadwick, informou o adiamento aos estudantes que participariam das negociações, sem explicar o motivo do adiamento. Entretanto, garantiu que o presidente Sebastián Piñera estará presente, e que a reunião será realizada no Palácio La Moneda.
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O ministro da Educação, Felipe Bulnes, sinalizou que o encontro poderia acontecer nos próximos dias e disse estar trabalhando para encontrar uma nova data. "Estamos chamando ao diálogo, e isso supõe um acordo entre os diferentes envolvidos. Precisamos procurar o dia em que as agendas sejam compatíveis”, afirmou ao jornal El Mercurio.
"Estou muito esperançoso de que será durante esta semana. Na quarta-feira, na quinta ou na sexta-feira”, disse Bulnes.
Efe
Governo afirma que espera realizar a reunião ainda neste semana, no Palácio La moneda
Os estudantes exigem do governo garantias sobre os 12 pontos considerados essenciais para a reforma da educação no Chile, como mais investimentos no setor e garantias de ensino superior gratuito. O governo já apresentou três propostas, mas os estudantes e os professores não aceitaram nenhuma, qualificando-as de "insuficientes".
Nesta segunda-feira (29/08), os estudantes decretaram um dia de luto em homenagem ao estudante Manuel Gutierrez, de 16 anos, morto por uma bala durante a paralisação geral na semana passada, em um subúrbio de Santiago.
Por sua vez, o Ministério do Interior anunciou a baixa do general Sergio Gajardo, chefe da polícia de Santiago que, na ocasião, descartou qualquer possibilidade de participação dos policiais na morte do estudante,sem sequer abrir investigação. O ministério afirmou que o oficial "se precipitou".
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Organizações da Sociedade Civil tiveram direitos violados no governo Bolsonaro, diz associação
Pesquisa feita com 135 organizações sociais de todas as regiões do país foi apresentada no Fórum Político de Alto Nível da ONU
A Associação Brasileira de ONGs afirmou, por meio de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (05/07) no Fórum Político de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) foram submetidas a violações sistemáticas de direitos pelo Estado brasileiro no período entre 2019 e 2021.
O estudo, intitulado Criminalização Burocrática, foi feito a partir do levantamento do perfil de 135 organizações sociais de todas as regiões do Brasil, combinando abordagens qualitativa e quantitativa, incluindo ainda grupos focais e entrevistas entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Para conferir o relatório completo, clique aqui.
“Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o que se observa é um aumento de desconfiança sobre o campo da sociedade civil organizada. Há uma escalada nas tentativas de criminalização das OSCs, com projetos de lei e outras medidas legais destinadas ao controle e restrição do espaço de atuação dessas organizações”, apontam os pesquisadores da pesquisa.
Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo que “visam dificultar a captação de recursos, impor pagamentos indevidos e, de forma geral, inviabilizar o trabalho das entidades”.

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Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo
“As informações também apontam que as OSCs têm sofrido, com o governo federal como agente, crimes de calúnia, difamação ou injúria, todos previstos no Código Penal”, diz a associação.