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Política e Economia

TV digital: falta de debate público gera desinformação no Peru

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TV digital: falta de debate público gera desinformação no Peru

Jacqueline Fowks

2009-10-05T18:55:00.000Z

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Na opinião de especialistas da área de comunicação entrevistados pelo Opera Mundi, a falta de informações e de um debate abrangente entre a população peruana deve dificultar a transição do modelo analógico de TV para o digital. O Peru elegeu o padrão nipo-brasileiro.

A advogada Miriam Larco, secretária técnica do Conselho Consultivo de Rádio e TV do Peru lembrou que antes da adoção do padrão digital, as poucas discussões estabelecidas foram muito técnicas e sem a participação do público.

“Houve testes técnicos e a criação de uma comissão multisetorial, que estudou os padrões e atuou de maneira razoavelmente transparente e responsável. Depois, a pedido do governo, outra comissão temporária fez recomendações para um ‘plano mestre’ de implementação da TV digital, porém, o projeto não foi tornado público”, explicou Larco.

Para a especialista, a realização de fóruns, como o recente Fórum Internacional do ISDB-T, representa um avanço na divulgação e promoção do modelo de TV, mas os diálogos abordaram mais aspectos de infraestrutura do que os temas da produção de conteúdo e das possíveis aplicações da TV digital na educação.

“Debate público não há, mas sim um plano de difusão. O que preocupa é o fato de os broadcasters regionais (do interior do país) estarem tão alheios à mudança, quando o novo sistema pode lhes afetar”, acrescentou.

Carlos Cárdenas, documentarista e presidente de Red TV, uma rede de 50 televisoras locais do interior do Peru, informou que foram aceitos no Fórum Peruano de TV digital pelo Ministério das Comunicações.
 
“Vamos participar dos benefícios da TV digital. A democratização tem que ser estendida a todos, como por exemplo, com programas na língua quechua”, disse Cárdenas, que alertou que muitas emissoras locais de TV não tem informação do processo de transição, que já começou.


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Constituinte no Chile

'Base de um Chile mais justo', diz presidente da Constituinte na entrega de texto final

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Ao cumprir um ano de debate, Convenção Constitucional encerra trabalhos com entrega de nova Carta Magna a voto popular

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-07-04T21:39:54.000Z

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Aconteceu a última sessão da Constituinte chilena nesta segunda-feira (04/07) com a entrega de uma nova proposta de Constituição para o país. 

"Esta proposta que entregamos hoje tem o propósito de ser a base de um país mais justo com o qual todos e todas sonhamos", declarou a presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros. 

Após um ano de debates, os 155 constituintes divulgaram o novo texto constitucional com 178 páginas, 388 artigos e 57 normas transitórias.

O presidente Gabriel Boric participou do ato final da Constituinte e assinou o decreto que convoca o plebiscito constitucional do dia 4 de setembro, quando os chilenos deverão aprovar ou rechaçar a nova Carta Magna.

"Hoje é um dia que ficará marcado na história da nossa Pátria. O texto que hoje é entregue ao povo marca o tamanho da nossa República. É meu dever como mandatário convocar um plebiscito constitucional, e por isso estou aqui. Será novamente o povo que terá a palavra final sobre o seu destino", disse.

No último mês, os constituintes realizaram sessões abertas em distintas regiões do país para apresentar as versões finais do novo texto constitucional. A partir do dia 4 de agosto inicia-se a campanha televisiva prévia ao plebiscito, que ocorre em 4 de setembro. 

Embora todo o processo tenha contado com ampla participação popular, as últimas pesquisas de opinião apontam que a nova proposta de constituição poderia ser rejeitada. Segundo a pesquisa de junho da empresa Cadem, 45% disse que votaria "não", enquanto 42% dos entrevistados votaria "sim" para a nova Carta Magna. No entanto, 50% disse que acredita que vencerá o "aprovo" no plebiscito de setembro. Cerca de 13% dos entrevistados disse que não sabia opinar.

Reprodução/ @gabrielboric
Presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros, e seu vice, Gaspar Domínguez, ao lado de Gabriel Boric

"Além das legítimas divergências que possam existir sobre o conteúdo do novo texto que será debatido nos próximos meses, há algo que devemos estar orgulhosos: no momento de crise institucional e social mais profunda que atravessou o nosso país em décadas, chilenos e chilenas, optamos por mais democracia", declarou o chefe do Executivo. 

Em 2019, Boric foi um dos representantes da esquerda que assinou um acordo com o então governo de Sebastián Piñera para por fim às manifestações iniciadas em outubro daquele ano e, com isso, dar início ao processo constituinte chileno.

Em outubro de 2020 foi realizado o plebiscito que decidiu pela escrita de uma nova constituição a partir de uma Convenção Constitucional que seria eleita com representação dos povos indígenas e paridade de gênero.

"Que momento histórico e emocionante estamos vivendo. Meu agradecimento à Convenção que cumpriu com seu mandato e a partir de hoje podemos ler o texto final da Nova Constituição. Agora o povo tem a palavra e decidirá o futuro do país", declarou a porta-voz do Executivo e representante do Partido Comunista, Camila Vallejo.

A composição da Constituinte também foi majoritariamente de deputados independentes ou do campo progressista. Todo o conteúdo presente na versão entregue hoje ao voto público teve de ser aprovado por 2/3 do pleno da Convenção para ser incluído na redação final.

Com minoria numérica, a direita iniciou uma campanha midiática de desprestígio do organismo, afirmando que os deputados não estariam aptos a redigir o novo texto constitucional. Diante dos ataques, o presidente Boric convocou os cidadãos a conhecer a fundo a nova proposta, discutir de maneira respeitosa as diferenças e votar pela coesão do país, afirmando não tratar-se de uma avaliação do atual governo, mas uma proposta para as próximas décadas. 

"Não devemos pensar somente nas vantagens que cada um pode ter, mas na concordância, na paz entre chilenos e chilenas e pela dignidade que merecem todos os habitantes da nossa pátria", concluiu o chefe de Estado.

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