Rebeldes também violaram direitos humanos na Líbia, diz Anistia Internacional
Rebeldes também violaram direitos humanos na Líbia, diz Anistia Internacional
A ONG Anistia Internacional denunciou nesta terça-feira (13/09) que tanto as forças leias a Muamar Kadafi quanto os rebeldes que o depuseram cometeram crimes de guerra na Líbia, violando os direitos humanos.
De acordo com o último relatório da organização, que tem 112 páginas, os abusos por parte das tropas do ditador líbio incluem ataques a civis, desaparecimento de pessoas, detenção arbitrária e tortura.
Já em relação aos opositores, a AI afirma que ocorreu o linchamento de africanos negros suspeitos de ser mercenários a favor de Kadafi, assassinatos por vingança e tortura de soldados inimigos capturados.
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Nesta terça-feira, a organização fez um apelo ao CNT (Conselho Nacional de Transição), que atualmente controla a região que tome medidas para impedir a violação dos direitos humanos durante os combates e combata a xenofobia e o racismo.
"O CNT está enfrentando a difícil tarefa de controlar combatentes da oposição e milícias responsáveis por graves abusos de direitos humanos, incluindo possíveis crimes de guerra, mas demonstrou relutância em fazer com que eles assumam a responsabilidade por seus atos", diz o relatório.
Na segunda-feira, o líder do CNT, Mustafa Abdul Jalil, fez um discurso em Trípoli, o primeiro desde que os rebeldes conquistaram a capital. Em seu pronunciamento, Abdul Jalil disse que o novo governo deve basear-se na democracia e garantiu que nenhuma "ideologia extremista" será aceita.
De acordo com a rede de notícias BBC, o CNT prometeu a formação de um governo de transição na Líbia dentro de dez dias, entretanto, ainda há bolsões de resistência pró-Kadafi em algumas regiões do país que dificultam o controle total por parte dos opositores.
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Organizações da Sociedade Civil tiveram direitos violados no governo Bolsonaro, diz associação
Pesquisa feita com 135 organizações sociais de todas as regiões do país foi apresentada no Fórum Político de Alto Nível da ONU
A Associação Brasileira de ONGs afirmou, por meio de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (05/07) no Fórum Político de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) foram submetidas a violações sistemáticas de direitos pelo Estado brasileiro no período entre 2019 e 2021.
O estudo, intitulado Criminalização Burocrática, foi feito a partir do levantamento do perfil de 135 organizações sociais de todas as regiões do Brasil, combinando abordagens qualitativa e quantitativa, incluindo ainda grupos focais e entrevistas entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Para conferir o relatório completo, clique aqui.
“Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o que se observa é um aumento de desconfiança sobre o campo da sociedade civil organizada. Há uma escalada nas tentativas de criminalização das OSCs, com projetos de lei e outras medidas legais destinadas ao controle e restrição do espaço de atuação dessas organizações”, apontam os pesquisadores da pesquisa.
Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo que “visam dificultar a captação de recursos, impor pagamentos indevidos e, de forma geral, inviabilizar o trabalho das entidades”.

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Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo
“As informações também apontam que as OSCs têm sofrido, com o governo federal como agente, crimes de calúnia, difamação ou injúria, todos previstos no Código Penal”, diz a associação.