O presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse nesta segunda-feira (19/09) que 70 mil estudantes do ensino médio perderão o ano letivo. Esses jovens e os estudantes universitários estão mobilizados desde
maio para exigir uma melhor educação pública, gratuita e de qualidade,
situação que na maioria dos casos se traduziu na tomada de colégios e
universidades e na paralisação das aulas.
Em entrevista à Televisión Nacional de Chile, Piñera lamentou que esses estudantes, que representam 2% do total de matriculados em todo o país, “não quiseram nem facilitaram o caminho” ao rejeitar inscrever-se em um programa estatal para finalizar o primeiro semestre do curso em outros colégios.
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“É muito doloroso ver como 70 mil crianças perderão seu ano letivo, mas um presidente tem que se preocupar pelos três milhões e meio de estudantes e colegiais que precisam iniciar o segundo semestre e seguir avançando”, indicou.
A Confech (Confederação de Estudantes do Chile) expressou nesta semana sua rejeição à resposta do governo, que rejeitou duas das quatro condições colocadas pelos jovens para iniciar um diálogo. As condições rejeitadas pelo governo são flexibilizar o semestre acadêmico nas universidades e frear o envio ao Congresso de projetos de lei relativos ao ensino.
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Sobre este último aspecto, Piñera disse não compreender a rejeição dos universitários a duas iniciativas legais “que vão ao vivo benefício dos estudantes”.
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