A esposa do presidente deposto de Honduras, Xiomara Castro, denunciou um aumento da pressão militar sobre a embaixada brasileira, onde se encontra Manuel Zelaya.
“Com a saída da missão de chanceleres da OEA quinta-feira, eles aumentaram a repressão, não deixam entrar roupa, revistam a comida minuciosamente, atuam para atemorizar”, disse Xiomara à Agência AFP.
Xiomara, que acompanha seu marido na embaixada, juntamente a outras 50 pessoas (entre elas familiares, colaboradores e jornalistas), denunciou a existência de rampas onde se localizam franco atiradores com mira no prédio da embaixada brasileira.
“É uma forma de repressão psicológica. Eles têm um elevador mecânico, vêem tudo o que tem na embaixada. Vimos francoatiradores. Eles tentam nos amedrontar, nos atemorizar. Há 105 dias, vemos todos tipo de repressão, é parte da rotina, mas logicamente sempre temos medo”, comentou.
As forças militares instalaram na semana passada um guindaste móvel em frente à embaixada para monitorar o movimento dentro do prédio.
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