Cerca de 40 pessoas morreram após um ataque suicida cometido no domingo pela manhã (18) na região sudeste do Irã, na província do Sistão-Baluchistão. Entre as vítimas, seis pessoas eram membros da Guarda Revolucionária, instituição que faz parte das forças armadas oficiais do Irã.
Entre os mortos, estavam o general Noor Ali Shooshtari, vice-comandante de forças terrestres da Guarda Revolucionária, e dez líderes tribais, de acordo com a Irna, agência de notícias estatal iraniana. Eles foram atingidos enquanto estavam em um carro a caminho de uma reunião no distrito de Pishin, próximo à fronteira do Irã com o Paquistão e o Afeganistão.
O grupo radical sunita Yundulah (Exército de Deus, em tradução livre) seria o responsável pelo ataque, afirmou o procurador-geral da província do Sistão-Baluchistão na região sudeste, Mohamad Marzieh.
“O Yundulah assumiu a responsabilidade pelo mortal ataque contra uma reunião de segurança no sul do Irã”, disse Marzieh, sem explicar como o grupo se responsabilizou pela autoria do atentado.
O governo do Irã defende que o Yundulah, também conhecido como Movimento de Resistência Popular do Irã, foi responsável por vários atentados e ações armadas nos últimos anos. Por isso, em julho deste ano, 14 membros do grupo
sunita foram condenados à forca e executados. O Yundulah afirma que a minoria religiosa é perseguida no país.
O assessor de segurança do governador de Sistão-Baluchistão, Jalal Sayah, disse à agência de notícias local Mehr que as investigações já começaram, e ainda não é possível assegurar se o atentado foi feito por um homem-bomba ou carro-bomba.
A província do Sistão-Baluchistão é caracterizada por possuir uma minoria sunita, e por ser uma rota histórica para o contrabando, tráfico de drogas e sequestros.
Ahmadinejad
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse que “agentes de segurança no interior do Paquistão” teriam participado do atentado. Em declarações divulgadas pela agência de notícias local Fars, ele pediu ao governo paquistanês para não perder tempo e cooperar com o Irã para identificar e punir os culpados.
“Fomos informados de que alguns agentes de segurança estão cooperando com elementos importantes neste ataque terrorista. É nosso direito exigir que esses criminosos nos sejam entregues”, afirmou Ahmadinejad.
(Atualizada às 14h00 desta segunda-feira)
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