Atentado no Irã mata 42 pessoas e deixa feridos
Atentado no Irã mata 42 pessoas e deixa feridos
Cerca de 40 pessoas morreram após um ataque suicida cometido no domingo pela manhã (18) na região sudeste do Irã, na província do Sistão-Baluchistão. Entre as vítimas, seis pessoas eram membros da Guarda Revolucionária, instituição que faz parte das forças armadas oficiais do Irã.
Entre os mortos, estavam o general Noor Ali Shooshtari, vice-comandante de forças terrestres da Guarda Revolucionária, e dez líderes tribais, de acordo com a Irna, agência de notícias estatal iraniana. Eles foram atingidos enquanto estavam em um carro a caminho de uma reunião no distrito de Pishin, próximo à fronteira do Irã com o Paquistão e o Afeganistão.
O grupo radical sunita Yundulah (Exército de Deus, em tradução livre) seria o responsável pelo ataque, afirmou o procurador-geral da província do Sistão-Baluchistão na região sudeste, Mohamad Marzieh.
"O Yundulah assumiu a responsabilidade pelo mortal ataque contra uma reunião de segurança no sul do Irã", disse Marzieh, sem explicar como o grupo se responsabilizou pela autoria do atentado.
O governo do Irã defende que o Yundulah, também conhecido como Movimento de Resistência Popular do Irã, foi responsável por vários atentados e ações armadas nos últimos anos. Por isso, em julho deste ano, 14 membros do grupo
sunita foram condenados à forca e executados. O Yundulah afirma que a minoria religiosa é perseguida no país.
O assessor de segurança do governador de Sistão-Baluchistão, Jalal Sayah, disse à agência de notícias local Mehr que as investigações já começaram, e ainda não é possível assegurar se o atentado foi feito por um homem-bomba ou carro-bomba.
A província do Sistão-Baluchistão é caracterizada por possuir uma minoria sunita, e por ser uma rota histórica para o contrabando, tráfico de drogas e sequestros.
Ahmadinejad
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse que "agentes de segurança no interior do Paquistão" teriam participado do atentado. Em declarações divulgadas pela agência de notícias local Fars, ele pediu ao governo paquistanês para não perder tempo e cooperar com o Irã para identificar e punir os culpados.
"Fomos informados de que alguns agentes de segurança estão cooperando com elementos importantes neste ataque terrorista. É nosso direito exigir que esses criminosos nos sejam entregues", afirmou Ahmadinejad.
(Atualizada às 14h00 desta segunda-feira)
Rússia diz que assumiu o controle total de Lugansk
Ministério da Defesa da Rússia afirma que suas tropas tomaram a cidade estratégica de Lysychansk, assegurando o controle da região de Lugansk, no leste da Ucrânia
A Rússia reivindicou neste domingo (03/07) o controle de toda a região de Lugansk, no leste da Ucrânia, após a conquista da cidade estratégica de Lysychansk, que foi palco de intensos combates.
Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o titular da pasta, Serguei Shoigu, informou oficialmente "o comandante em chefe das Forças Armadas russas, Vladimir Putin, sobre a libertação da República Popular de Lugansk".
Mais tarde, o Estado-Maior da Ucrânia confirmou em um comunicado publicado no Facebook que as tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de Lysychansk,
"Depois de intensos combates por Lysychansk, as Forças de Defesa da Ucrânia foram forçadas a se retirar de suas posições e linhas ocupadas", disse o comunicado.
"Continuamos a luta. Infelizmente, a vontade de aço e o patriotismo não são suficientes para o sucesso - são necessários recursos materiais e técnicos", disseram os militares.
Lysychansk era a última grande cidade sob controle ucraniano na região de Lugansk.
Na manhã deste domingo, o governador ucraniano da região de Lugansk, Serguei Gaidai, já havia sinalziado que as forças da Ucrânia estavam perdendo terreno em Lysychansk, uma cidade de 100.000 habitantes antes da guerra. "Os russos estão se entrincheirando em um distrito de Lysychansk, a cidade está em chamas", disse Gaidai no Telegram. "Eles estão atacando a cidade com táticas inexplicavelmente brutais", acrescentou.
A conquista de Lysychansk - se confirmada - pode permitir que as tropas russas avancem em direção a Sloviansk e Kramatorsk, mais a oeste, praticamente garantindo o controle da região, que já estava parcialmente nas mãos de separatistas pró-russos desde 2014.

Militärverwaltung der Region Luhansk/AP/dpa/picture alliance
Lysychansk está em ruínas após combates entre as forças russas e ucranianas
No sábado, um representante da "milícia popular de Lugansk" havia afirmado que os separatistas e as tropas russas haviam cercado completamente Lysychansk, algo que foi inicialmente negado pela Ucrânia
Explosões em cidade russa
Ainda neste domingo, a Rússia acusou Kiev de lançar mísseis na cidade de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.
"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis Totchka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod. Após a destruição dos mísseis ucranianos, os restos de um deles caíram sobre uma casa", informou o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.
O governador da região, Viacheslav Gladkov, já havia anunciado anteriormente a morte de pelo menos três pessoas em explosões naquela cidade.
As acusações levantadas por Moscou foram divulgadas um dia depois de a Ucrânia denunciar o que chamou de "terror russo deliberado" em ataques na região da cidade ucraniana de Odessa.
Segundo autoridades militares e civis ucranianas, pelo menos 21 pessoas, incluindo um menino de 12 anos, foram mortas na sexta-feira por três mísseis russos que destruíram "um grande edifício" e "um complexo turístico" em Serhiivka, uma cidade na costa do Mar Negro, a cerca de 80 km de Odessa, no sul da Ucrânia.
"Isso é terror russo deliberado e não erros ou um ataque acidental com mísseis", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na noite de sexta-feira, enquanto as autoridades locais asseguraram que "não havia qualquer alvo militar" no local dos ataques.