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Política e Economia

Hoje na História: Terroristas fazem 750 reféns em teatro de Moscou

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Hoje na História: Terroristas fazem 750 reféns em teatro de Moscou

Max Altman

2009-10-23T08:25:00.000Z

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Imagine de um lado um grupo tchetcheno, disposto a tudo, preparado para atos de terrorismo, e de outro um público de 750 pessoas dentro de um teatro em Moscou. O cenário é de iminente e terrível massacre. Numa quarta-feira, 23 de outubro de 2002, um comando tomou à força um teatro literalmente apinhado. Ninguém ousaria imaginar o desenlace desse sequestro e todos passaram a aguardar angustiados a intervenção das autoridades. Três dias depois, forças militares especiais lançam um gás tóxico, matando os tchetchenos, com exceção de dois. Entre os reféns, 117 sofrem os efeitos colaterais e morrem intoxicados. Transformado em verdadeiro escândalo midiático e mundial, o massacre do teatro moscovita está ainda presente na memória.

O segundo ato do musical “Nordeste” estava apenas começando no Palácio da Cultura, quando um homem armado subiu ao palco e disparou sua submetralhadora para o alto. Os terroristas – inclusive algumas mulheres com explosivos amarrados à cintura – identificaram-se como membros do exército tchetcheno. Tinham somente uma exigência: que as forças armadas russas se retirassem completamente do território da Tchetchênia, uma região conflagrada situada ao norte das montanhas do Cáucaso.

Wikicommons

Putin assumiu em 2000 prometendo solução para questão tchetchena

A Tchetchênia, com sua população predominantemente muçulmana, há muito vinha lutando para garantir sua independência. Uma desastrosa guerra que se estendera por dois anos havia findado em 1996. Contudo, as forças militares retornaram à região em 2002, três anos depois de as autoridades russas terem acusado os tchetchenos por uma série de atentados a bomba em Moscou, Volgodonsk e Buinaksk. Em 2000, o presidente Vladimir Putin fora eleito em parte devido à posição de linha-dura com relação à Tchetchênia e seu compromisso público de não negociar com os terroristas.

Após 57 horas de impasse, durante as quais dois reféns foram mortos, as forças especiais cercaram e tomaram de assalto o teatro na manhã de 26 de outubro. Mais tarde, revelou-se que os militares tinham pulverizado um poderoso gás narcótico para o interior do prédio, deixando inconscientes quase todos os terroristas e os reféns. Em seguida, invadiram o teatro pelas paredes, pelo telhado e pelos dutos subterrâneos de esgoto. A maioria dos terroristas e 120 dos reféns foram mortos durante a ação. As forças de segurança foram obrigadas depois a defender a utilização de um gás tão perigoso, dizendo que somente um ataque surpresa poderia desarmar o bando antes que tivessem tempo de detonar seus explosivos.

Encerradas as operações, contabilizados os mortos e apuradas as circunstâncias, o governo Putin adotou medidas ainda mais drásticas em relação aos separatistas tchetchenos, responsabilizando-os por raptos, torturas e outras atrocidades. Em represália, os rebeldes prosseguiram com seus ataques em solo russo, inclusive um atentado suicida num metrô de Moscou em fevereiro de 2004 e outro grande ato terrorista tendo crianças como reféns numa escola de Beslan, em setembro do mesmo ano.

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Política e Economia

Elon Musk é processado por acionistas do Twitter

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Ação nos EUA acusa bilionário de fazer postagens em redes sociais com objetivo de manipular o mercado

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-05-27T18:56:00.000Z

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Acionistas do Twitter abriram um processo contra o empresário Elon Musk por manipulação de mercado, acusando o bilionário de agir para baixar o preço das ações da empresa de mídia social a fim de possivelmente negociar um desconto em sua oferta para comprar a companhia ou mesmo abandonar o negócio.

A ação, apresentada na quarta-feira (25/05), alega que o fundador das empresas Tesla e SpaceX fez uma série de declarações públicas destinadas a criar dúvidas sobre o acordo de compra do Twitter, o que vem provocando alvoroço na rede social há semanas.

O processo pede a um tribunal federal de São Francisco que apoie a validade do acordo de compra, no valor de 44 bilhões de dólares, e compense os acionistas por quaisquer danos.

O imbróglio

No fim de abril, o conselho de administração do Twitter aprovou a oferta pública de compra da empresa feita por Musk, que assumiria a companhia integralmente e fecharia seu capital. O Twitter é uma empresa aberta, com ações negociadas em bolsa, desde 2013.

O empresário, que é o homem mais rico do mundo, disse que pretendia pagar aos acionistas 54,20 dólares por ação – o equivalente a cerca de 44 bilhões de dólares.

Mas em 13 de maio, Musk anunciou que suspendeu temporariamente o acordo de compra, citando detalhes pendentes sobre a proporção de contas falsas na rede social.

"O acordo sobre o Twitter está temporariamente suspenso à espera de detalhes pendentes que respaldem o cálculo de que as contas spam/fake representam de fato menos de 5% dos usuários", escreveu o bilionário no próprio Twitter.

Após o anúncio, as ações da plataforma caíram mais de 17%, para 37,10 dólares, o nível mais baixo desde que Musk anunciou que pretendia comprar a rede social.

Dado Ruvic/REUTERS
Com preço das ações mais baixo, Musk poderia negociar um desconto em sua oferta para comprar a empresa ou mesmo abandonar o negócio

De acordo com o processo apresentado nesta semana, o tuíte de Musk dizendo que o negócio estava "temporariamente suspenso" ignora o fato de que não há nada no contrato de compra que permita que isso aconteça.

Além disso, Musk negociou a compra do Twitter no final de abril sem realizar a devida diligência esperada em tais meganegócios, afirma a ação, acrescentando que o contrato precisava apenas ser aprovado pelos acionistas e reguladores do Twitter e deveria ser fechado em 24 de outubro.

"Musk já sabia das contas falsas"

Sobre os motivos alegados por Musk para a suspensão, os acionistas argumentam que o bilionário estava ciente de que algumas contas do Twitter eram controladas por robôs, e não por pessoas reais, e até tuitou sobre isso antes de fazer sua oferta para comprar a empresa.

"Musk passou a fazer declarações, enviar tuítes e se envolver em condutas destinadas a criar dúvidas sobre o acordo e reduzir substancialmente as ações do Twitter", diz a denúncia.

Segundo a ação, o objetivo do empresário era ganhar vantagem para adquirir o Twitter a um preço muito mais baixo, ou desistir do acordo sem sofrer nenhuma penalidade.

"A manipulação de mercado de Musk funcionou – o Twitter perdeu 8 bilhões de dólares em avaliação desde que a compra foi anunciada", afirma o texto.

As ações do Twitter na quinta-feira fecharam ligeiramente em alta a 39,52 dólares, em um sinal de dúvida dos investidores de que a compra será consumada ao valor de 54,20 dólares por ação que Musk originalmente ofereceu.

"O desrespeito de Musk pelas leis de valores mobiliários demonstra como alguém pode ostentar a lei e o código tributário para construir sua riqueza às custas dos outros americanos", afirma a ação.

O Twitter disse em documentos regulatórios que está comprometido em concluir a aquisição sem demora no preço e nos termos acordados. Musk ainda não se pronunciou.

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