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Política e Economia

Tupamaros foram guerrilha mais eficaz da América do Sul

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Tupamaros foram guerrilha mais eficaz da América do Sul

Max Altman

2009-10-25T22:39:00.000Z

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O candidato favorito nas pesquisas de intenção de voto nas eleições presidenciais de hoje no Uruguai é José “Pepe” Mujica, um dos primeiros tupamaros e dirigente histórico do MLN (Movimento de Libertação Nacional). Foi também, ao lado de Raúl Sendic, um dos reféns que o regime ditatorial manteve em condições insalubres de encarceramento e de isolamento total por mais de uma década.

O Uruguai nos anos 1960 se distinguia dos demais países sul-americanos por sua afluência e estabilidade sociopolítica. A prosperidade econômica havia promovido o surgimento de uma numerosa classe média e um governo de bem-estar social estável que possibilitou alcançar um alto grau de liberdades civis e democráticas maior do que qualquer outro país da região. Em virtude de a sociedade uruguaia ser tão pacífica, o contingente policial e militar era muito pequeno. Em 1968, havia apenas 12 mil homens nas forças armadas e menos de 22 mil policiais para manter a ordem numa população de cerca de 3 milhões de habitantes.

Uma queda repentina na demanda de carne e lã, os dois principais produtos de exportação do Uruguai, no final da década de 1950, trouxe desemprego em massa, inflação e um brusco descenso do padrão de vida. A tensão social decorrente a par da corrupção de uma burocracia estatal inchada (20% dos uruguaios eram, de alguma forma, empregados do governo federal) criaram as condições para o surgimento do movimento de guerrilha urbana.

O nome oficial desse grupo revolucionário era Movimento de Libertação Nacional, popularmente conhecido como Tupamaros (de Tupac Amaru, o último imperador inca, assassinado pelos espanhóis em 1571). Foi fundado em 1963 por Sendic, então um estudante de direito. Concentraram quase toda a sua atividade em Montevidéu e seus arredores, onde vivia mais de 60% da população.

Sequestros políticos

A exemplo da maioria dos grupos guerrilheiros da América do Sul, os Tupamaros começaram como uma organização política que optou deliberadamente pelas táticas da luta armada, recrutando seus membros no seio da classe média – a maioria estudantes e trabalhadores qualificados. Como os demais movimentos urbanos armados, organizavam-se, por razões de segurança, em pequenas células de quatro ou cinco homens chamados de ‘grupo de atiradores’, sendo o líder do grupo o único contacto com outras células. Contudo as semelhanças paravam por aí. Os Tupamaros foram, de longe, a guerrilha urbana mais bem organizada, mais estruturada e mais eficaz do continente.

De 1963 ao começo de 1968, os Tupamaros limitaram-se a reunir recursos materiais e armamentos, valendo-se de assaltos a banco, às lojas de armas e a empresas privadas. O objetivo era fazer o governo parecer impotente na defesa de seus partidários, obrigando-o a reações desmesuradas e inábeis.

Os Tupamaros usavam o sequestro político, em lugar do simples assassinato, como uma maneira de demonstrar a impotência do governo. Dominar em plena rua importantes figuras políticas e diplomáticas e metê-las nas chamadas ‘prisões do povo’ (localizadas na própria capital), que não eram encontradas pelos órgãos policiais, constituía severo golpe psicológico. A população não reagiu como reagiria se os reféns fossem assassinados, porque os sequestrados eram, na maioria das vezes, políticos acusados de corrupção. O que realmente incomodava os moradores eram os cordões de isolamento e as operações maciças de busca.

A piora do estado da economia provocou uma onda de manifestações estudantis e greves de trabalhadores. Foi declarado estado de emergência nacional em junho de 1968 e perdurou até o final de 1972. Foi durante esta crise que os Tupamaros levaram a cabo seu primeiro sequestro político – Ulises Pereyra, presidente da companhia telefônica estatal, uma figura impopular, cujo rapto foi aclamado pelo público. Quando a polícia ocupou o campus da Universidade Nacional, houve forte reação dos estudantes e um deles foi morto. Pereyra foi solto, ileso, cinco dias depois.

Em setembro de 1969, sequestraram um importante banqueiro e o mantiveram preso por dez semanas, como apoio à greve de bancários. Em julho de 1970 ocorreu o mais espetacular sequestro, que acabou sendo retratado no festejado filme de Costa Gavras, “Estado de Sítio”: Dan Mitrione, um agente da CIA, especialista em arrancar confissões de presos mediante tortura e que havia prestado seus serviços a policiais em Belo Horizonte, e o cônsul brasileiro, Aloízio Gomide, foram mantidos em cativeiro para servirem de resgate em troca de prisioneiros. Quando o governo se recusou a negociar com os Tupamaros, mataram Mitrione, uma ação que teve notório custo político. No primeiro semestre de 1971, o embaixador britânico, o procurador-geral e o ex-ministro da Agricultura foram sequestrados. Ulises Pereyra foi raptado pela segunda vez.

Outras táticas

A segunda tática utilizada pelos Tupamaros era a divulgação de sua força. Algumas dessas ações pareciam nada mais que uma convincente propaganda. Quando o governo proibiu a circulação de jornais de esquerda e a menção da expressão “Tupamaros” na grande imprensa, os guerrilheiros puseram no ar sua própria radiotransmissora e tomaram estações de rádio por minutos para difundir propaganda. Grupos armados chegaram a ocupar salões de reunião para proclamar suas palavras de ordem. Lanchonetes, cinemas e teatros foram tomados para que se ouvissem discursos a um público literalmente cativo. Ações como assaltos a bancos e ataques a delegacias de polícia, à parte os benefícios logísticos, tinham também objetivo propagandístico. Os Tupamaros executaram diversas operações desse tipo com grande precisão.

A terceira tática foi a da intimidação das forças de segurança. Como praticamente só a polícia vinha travando a luta contra a guerrilha, os Tupamaros começaram a selecionar, no final de 1969, os policiais que deveriam ser eliminados. Embora poucos tenham sido executados dessa forma, a moral da tropa ficou abalada. Em junho de 1970, aconteceu uma greve geral da polícia por aumento salarial e o direito de trabalhar em trajes civis. A resposta do governo a essas três táticas foi previsível e malfeita. Parecia a muita gente que os Tupamaros, que nessa altura já somavam 3 mil militantes, é que cercavam a polícia.

Apesar de, no início, o exército e a polícia disporem de pequeno efetivo e mal treinados em técnicas de contra-insurgência, um corpo paramilitar de 20 mil homens, denominado Guarda Metropolitana, foi posto em ação em 1968. Este grupamento foi treinado por policiais norte-americanos e brasileiros nos quadros da Operação Condor.

A economia em recessão e uma série de escândalos de corrupção colaboraram para solapar o que restava de apoio popular. Parecia que os Tupamaros estavam a ponto de desestabilizar o governo – o que o levaria a ser derrubado.

Derrocada

Em novembro de 1971, realizaram-se eleições presidenciais. Formou-se uma aliança de partidos de esquerda e centro-esquerda, chamada Frente Ampla, para desafiar os tradicionais partidos Blanco e Colorado. Os Tupamaros, deram apoio verbal à Frente Ampla enquanto prosseguiam em suas ações. Entretanto, o ambiente de permanente crispação nas ruas de Montevidéu acabou por debilitar o apoio popular aos guerrilheiros. A coalizão, acusada de associação com os Tupamaros, teve menos de 20% dos votos. O novo presidente uruguaio, Juan María Bordaberry, suspendeu as liberdades civis e declarou o estado de guerra interno contra os Tupamaros em abril de 1972. O exército, que vinha desempenhando um papel secundário na repressão, passou a agir diretamente, valendo-se de prisões em massa, torturas e grandes operações de cerco e captura. Essa tática de saturação conseguiu prender a maioria dos guerrilheiros, obrigando os restantes a fugir do país. Por volta de novembro de 1972, os Tupamaros deixavam de ser uma ameaça ao governo do Uruguai.

O governo ganhou a guerra, porém ao preço da destruição da democracia e do exílio de boa parte da população. O exército, que nos dez anos anteriores consumia apenas 1 por cento do orçamento, passou a tomar mais de 26% e não estava disposto a retornar aos quartéis. Em sua visão, os militares estavam pondo a casa em ordem para os politicos e não deixariam que a subversão voltasse a ocorrer. A liderança militar pressionou o presidente Bordaberry a manter o estado de guerra interno. Em meados de 1973, toda a atividade política de esquerda havia sido suprimida e o congresso nacional foi dissolvido indefinidamente.

O Uruguai, outrora o mais tolerante e democrático país da América do Sul, tornara-se mais uma ditadura militar. Derrotados, os Tupamaros deixaram a cena, embora mais tarde tenham avançado politicamente para surgir como mais sérios desafiantes do poder estabelecido do que qualquer outro movimento de guerrilha urbana do continente americano.

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Política e Economia

Setores populares na Argentina demandam medidas para enfrentar inflação e informalidade

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Variação mensal deve registrar 7,5% de aumento de preços em julho

Fernanda Paixão

Brasil de Fato Brasil de Fato

Buenos Aires (Argentina)
2022-08-14T20:05:00.000Z

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Os primeiros movimentos de relançamento do governo do presidente Alberto Fernández, na Argentina – com a criação de um "superministério"da Economia –, deixaram nos setores populares uma sensação de desamparo. Desde então, os movimentos sociais do país têm se mobilizado para reivindicar respostas do governo diante da crise inflacionária no contexto de relançamento dos ministérios.

Após a unificação dos ministérios da economia, agricultura e desenvolvimento produtivo, os primeiros anúncios do novo "superministro" Sergio Massa apontaram para o setor econômico, como programas de financiamento especiais para as exportações (em um contexto em que os agroexportadores têm retido suas colheitas em modo de especulação financeira pela desvalorização do peso argentino), o fortalecimento de reservas através de programas com órgãos internacionais e o incentivo para a produção e exportação para os setores da agroindústria, mineração e hidrocarbonetos.

Em relação aos movimentos sociais, o novo ministro anunciou que haverá uma política de reordenamento nos próximos 12 meses, incluindo o retorno ao mercado de trabalho, o fortalecimento das cooperativas e a proteção em caso de situações de vulnerabilidade.

Não foram gestos suficientes para o setor que mais sofre com a crise inflacionária e ainda se recupera dos efeitos da pandemia, como destaca a secretária-geral da União dos Trabalhadores da Economia Popular (UTEP), Dina Sánchez. "Escutamos com expectativa os anúncios de Massa, porque nos parecia importante que os setores populares começassem a obter respostas. Mas não tivemos", afirma Sánchez.

A dirigente destaca como a população nas favelas sustentou as necessidades das próprias comunidades durante a pandemia, desde a confecção de máscaras até a distribuição de comida e produtos de limpeza. Também impulsionaram políticas específicas para os bairros populares, como o teste móvel de covid-19 através do programa DetectAr, que aproximava veículos equipados para os testes às comunidades.

"O governo atual é o governo que militamos para que fosse eleito, porque não podíamos seguir com um governo de direita. Unimos espaços políticos e sindicais para tirar [Mauricio] Macri do governo. Mas vemos que não há vontade para determinar um rumo", afirma Sánchez.

Entre os anúncios, o novo ministro também comunicou um novo plano para eliminar os subsídios aos serviços de gás, água e energia elétrica, algo já planejado pelo ex-ministro Martín Guzmán e iniciado por Silvina Batakis. Será uma eliminação planejada e de acordo com o nível de consumo: o subsídio deixa de ser aplicado a partir dos 400kw.

Em meados deste mês, serão divulgados os dados de inflação de julho, mês em que o país presenciou três nomes diferentes no ministério da economia e que, em consequência, desencadeou uma grave corrida cambial e a pressão dos agroexportadores para uma desvalorização da moeda. A perspectiva é de uma inflação mensal próxima de 7,5% para julho, segundo previsões do Banco Central.

Propostas não anunciadas

Sergio Massa chegou ao Executivo com o comum acordo entre Alberto Fernández e Cristina Kirchner, uma tendência de diálogo marcada pela saída intempestiva de Martín Guzmán da pasta mais importante dos ministérios no país. Mas, desde que assumiu, e após uma foto reunida com o novo ministro, Kirchner voltou ao silêncio e não tem se manifestado diante da nova bateria de anúncios e medidas.

As águas parecem mais calmas no âmbito interno da coalizão governista. E também nos mercados, já que o dólar paralelo freou o aumento descontrolado durante as três semanas de mandato de Silvina Batakis. O rumo econômico, no entanto, pode levar à primeira ruptura na atribulada coalizão governista.

Após os anúncios de Massa como ministro, dirigentes do partido Frente Pátria Grande expressaram a intenção de deixar a coalizão Frente de Todos (FdT) diante da falta de políticas dirigidas aos setores populares por parte do governo. 

"Decidimos reavaliar nosso vínculo com a FdT", conta a deputada provincial de Buenos Aires Lucía Klug, da Frente Pátria Grande, ao Brasil de Fato. "Nós representamos um setor da sociedade que não foi acolhido nos últimos anúncios do governo: os setores da economia popular, do trabalho informal, ou até do trabalho formal, privado e público, que estão abaixo da linha da pobreza", afirma.

Flickr
Protesto na Praça de Maio nesta quarta-feira (10/08) levantou demandas por melhores salários e uma reunião com o novo Ministro

"As últimas declarações [de Massa] priorizam atender aos setores de poderes econômicos da Argentina, especialmente o agropecuário. Justamente um setor que está especulando com a fome dos argentinos e levando o país a níveis inflacionários altíssimos", diz Klug.

A deputada destaca que a Frente Pátria Grande tomou um tempo com sua militância para repensar a integração à FdT e debater estratégias para alcançar alguma política para os setores mais vulneráveis nesse contexto. "Nem que seja para o universo de 4 milhões de pessoas na indigência", conclui.

Uma das propostas do partido, liderado pelo ativista político Juan Grabois, é o projeto conhecido como Salário Básico Universal, um valor equivalente a uma cesta básica individual (cerca de R$ 550) que visa complementar a renda de trabalhadores que, mesmo cumprindo jornadas completas, não superam a linha da pobreza. O valor também reconhece o trabalho de cuidado, desempenhado em sua maioria por mulheres, de forma gratuita e em tempo integral.

Mobilizações

Nesta última semana, organizações populares e piqueteras tomaram as ruas do país para reivindicar medidas contra a fome e a pobreza, que atinge cerca de 37,3% da população na Argentina, segundo o último relatório do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), referente ao segundo semestre de 2021. Esse mesmo relatório aponta para 8,2% de pessoas na indigência – ou seja, que não possuem a renda mínima para atender às necessidades energéticas e proteicas.

No último domingo (07/08), organizações convocadas pela União dos Trabalhadores da Economia Popular (Utep) realizaram um protesto na Praça de Maio, na capital federal, reivindicando medidas para a população mais vulnerável nesse contexto.

As organizações piqueteras acamparam na mesma Praça de Maio para protestar contra os cortes de gastos do Estado e por políticas básicas, como a recuperação da entrega total de alimentos fornecidos pelo Estado aos bairros populares e cantinas escolares, cortadas pela metade durante a pandemia sem prévio aviso aos movimentos sociais.

Mobilizações foram realizadas em todo o país nesta semana também contra a perseguição aos movimentos sociais, outra questão que tem sido agravada com a maior presença dos militantes nas ruas. Nas últimas semanas, em Jujuy, ao norte do país, ocorreram vários episódios de invasões policiais em casas particulares, cantinas populares e locais de movimentos sociais que administram os planos aos beneficiários do Potenciar Trabajo. 

"Muitos questionam as organizações sociais, mas os auxílios sociais existem e cresceram tanto devido às má políticas dos diferentes governos. Não é culpa dos pobres que haja pobreza na Argentina", afirma Dina Sánchez. "A perseguição às organizações e dirigentes é grave. Existe um lobby midiático muito forte e instalam um sentido comum de ódio, o que é bastante aproveitado pela direita para promover essas perseguições. Está acontecendo na capital, mas com muito mais força em Jujuy", conta.

Outra demanda é pela ampliação do programa Potenciar Trabajo, como ressalta Damaris Rolón, integrante da Frente de Organizacões em Luta (FOL). "O aumento do salário mínimo impacta nos programas de trabalho, sendo o mais popular deles o Potenciar Trabajo, que atende a, aproximadamente, um milhão de pessoas", diz. O salário social corresponde à metade do salário mínimo fixado no país.

O governo convocou uma reunião do Conselho do Salário Mínimo, Vital e Móvel para o próximo dia 18. Representantes dos setores privados e sindicais irão discutir o ajuste do salário mínimo sobre a inflação – que, para tanto, os valores deveriam ser ajustados em cerca de 50%.

"A pedra angular de todo esse ajuste e dessa situação, que não vai permitir um crescimento para as massas, é o acordo com o FMI [Fundo Monetário Internacional]", destaca Rolón. "E é a pedra que temos que remover se queremos pensar, de verdade, em construir uma Argentina que ofereça trabalho e oportunidades, onde as crianças e jovens que, hoje, são os que mais sofrem com a pobreza e a fome, tenham perspectiva de vida. Docentes que trabalham com jovens nas nossas organizações estão alertando sobre os suicídios entre jovens", diz, destacando que, em uma das escolas, com 300 alunos, em um ano, houve registro de três suicídios.

"É uma situação grave em que os jovens não encontram contenção. Por outro lado, a direita aproveita para atraí-los com um discurso supostamente disruptivo. Aí temos que travar outra batalha, que é a cultural, e mostrar que não há nada de novo nesse discurso, e que disruptivo mesmo é construir um mundo diferente, que inclua a todes."

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