A Chancelaria de Honduras informou que a mudança no curso do rio Goascorán que serve de limite com El Salvador não vai alterar a fronteira com o país vizinho.
O presidente da Comissão Especial de Demarcação de Honduras, Miguel Tosta Apel, disse à Ansa que o rio, devido às recentes cheias provocadas pelo excesso de chuvas, “causou uma série de danos em matéria de infraestrutura, cultivos e habitação, assim como destruição de monumentos fronteiriços”.
Apel afirmou que “o comportamento do conjunto de canais de escape que por anos serviram para evacuar o excesso de águas na época de inverno” foi alterado.
Ele, no entanto, destacou que “esta modificação do comportamento do rio não altera nem modifica nossa fronteira com El Salvador”.
O presidente da Comissão também informou que a fronteira entre os dois países foi definida perpetuamente pelo Tratado Geral de Paz, de 1980, e pela sentença da Corte Internacional de Justiça, de 1992.
Apel ainda afirmou, diante da recusa da Chancelaria em revelar a extensão territorial afetada pela mudança do Goascorán, que “na região da Costa de los Amates, assim como em todo território nacional, Honduras exerceu e exerce sua soberania, à qual, como de costume, é vigiada e resguardada por suas autoridades e por todos os cidadãos”.
Os hondurenhos que moram nessa região fronteiriça garantem que a mudança no curso do rio se deve às inundações causadas por um muro construído por El Salvador na margem do curso de água para proteger zonas agrícolas de seu lado.
A região mais vulnerável às inundações é justamente a Los Amates, no estado de Valle, onde cerca de 5 mil moradores se sentem afetados pela construção do muro que tem cerca de 200 metros de largura e seis de altura.
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