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Política e Economia

Hoje na História: 1963 - George Wallace é empossado governador do estado do Alabama

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Democrata concorreria quatro vezes à presidência dos EUA com seu discurso segregacionista

Max Altman

2012-01-13T10:00:00.000Z

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Em 13 de janeiro de 1963, o democrata George Wallace é empossado como governador do estado de Alabama, prometendo ao seu eleitorado “segregação agora, segregação amanhã, segregação para sempre!”.

WikiCommons

Seu discurso de posse foi escrito pelo líder da Ku Klux Klan, Asa Carter, que mais tarde, sob o pseudônimo de Forrest Carter, reviu a suas crenças na supremacia branca ao escrever o livro The Education of Little Tree, uma descrição patética das dificuldades enfrentadas pelos índios autóctones na sociedade norte-americana narrada por um contador de histórias escocês e uma vovó da nação indígena Cherokee.

A trajetória ideológica de Wallace não foi diferente de Asa Carter. Em 1958, Wallace havia feito sua primeira tentativa para conquistar a cadeira do governo de Alabama. A NAACP (Associação Nacional pelo Progresso das Pessoas de Cor), apoiou-o enquanto a Ku Klux Klan respaldou seu oponente desde as primárias. Wallace foi derrotado por ampla margem. Quatro anos mais tarde, tornou-se um feroz segregacionista, ganhando a eleição para governador com uma vitória arrasadora.

Prometeu “segregação para sempre”, porém logo cedeu diante da oposição de Washington. Em junho de 1963, sob pressão federal, foi obrigado a suspender o bloqueio racial à Universidade do Alabama, permitindo a inscrição de estudantes afro-americanos.

Frente a seu fracasso em conter o acelerado avanço de direitos civis no extremo sul do país, Wallace tornou-se o porta-voz nacional da resistência às mudanças raciais e, em 1964, entrou na corrida presidencial dos Estados Unidos. Embora derrotado na maioria das primárias presidenciais democratas de que participou, seus modestos sucessos deixaram clara a extensão da reação popular contra a integração social. Em 1968, retornou novamente à corrida presidencial, dessa vez pelo Partido Americano Independente. No dia das eleições, conquistou a simpatia de 10 milhões de eleitores em todo o país.

Em 1972, Wallace retornou ao Partido Democrata para a sua terceira campanha presidencial, defendendo uma plataforma levemente mais moderada e mostrando boas possibilidades. Foi quando ele foi baleado por Arthur Bremer, em 15 de maio de 1972, em Maryland, num dos atos de sua campanha.

Wallace ficou permanentemente paralítico. No dia seguinte, lutando pela sua vida no hospital, teve grandes vitórias nas primárias de Michigan e Maryland. Wallace permaneceu no leito hospitalar por diversos meses e assim encerrou irrevogavelmente sua terceira campanha presidencial.

Com sua recuperação, perdeu relevância nacional e realizou uma fraca campanha em sua quarta e última tentativa pela Casa Branca em 1979. Durante a década de 1980, a visão política de Wallace mudou dramaticamente, em especial com relação às questões raciais.

Entrou em contato com líderes dos direitos civis que contestava no passado e pediu-lhes perdão. À época, ganhou o apoio político do crescente eleitorado afro-americano, tendo sido eleito governador pela última vez. Durante os quatro anos seguintes, o homem que havia prometido segregação para sempre, fez mais nomeações políticas de afro-americanos que qualquer outra figura na história do Alabama. Morreu em 1998.

Leia outros fatos marcantes nesse dia:
1953 - Médicos são acusados de conspirar contra a URSS
1128 - Papa Honório II reconhece os cavaleiros da Ordem dos Templários 
1535 - Sentindo-se ameaçado pela ideologia luterana, o rei Francisco I proíbe qualquer impressão de livro 
1898 - Émile Zola publica no jornal Aurore uma carta aberta ao presidente Felix Faure: "J'accuse!" 

 

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Transição nos EUA

Nosso movimento está apenas começando, diz Trump em mensagem de despedida

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Na véspera de encerrar seu mandato, presidente dos EUA disse que 'cumpriu promessas' e desejou 'sorte' a Joe Biden

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-01-19T22:42:00.000Z

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O presidente dos EUA, Donald Trump, que terá seu mandato encerrado amanhã, divulgou nesta terça-feira (19/01) uma mensagem de despedida e afirmou que o movimento iniciado por ele "está apenas começando".

"Enquanto nos preparamos para passar o poder para um novo governo ao meio-dia de quarta-feira, quero que vocês saibam que o movimento que nós iniciamos está apenas começando. Nunca houve nada igual", disse.

As declarações vem em meio a um processo de impeachment contra o republicano por ele ter incitado seus apoiadores durante uma manifestação que culminou na invasão do Congresso no dia da certificação da vitória de Joe Biden.

Trump condenou a invasão e disse que "todos os americanos ficaram horrorizados com a agressão ao nosso Capitólio". "Violência política é um ataque a tudo que prezamos como americanos. Isso nunca pode ser tolerado", afirmou.

Sorte, outsider e 'vírus chinês'

O republicano disse que cumpriu todas as promessas de campanha e chegou a desejar sorte ao próximo presidente, mas não mencionou o nome de Biden.

"Ao término do meu mandato como 43º presidente, estou orgulhoso de tudo o que conquistamos juntos. Nós fizemos o que viemos fazer e muito mais. Nesta semana, começamos um novo governo e rezamos por seu sucesso e pela manutenção de um país próspero e seguro. Desejamos que tenham sorte", disse.

White House
Na véspera de encerrar seu mandato, presidente dos EUA disse que 'cumpriu promessas' e desejou 'sorte' a Joe Biden

Segundo o Trump, ele concorreu à presidência porque "sabia que havia novos e altíssimos cumes nos EUA esperando para serem escalados".

"Quatro anos atrás, eu cheguei a Washington como o único outsider a vencer a presidência. Eu não me via como político, mas abri possibilidades infinitas", afirmou.

Sobre a pandemia da covid-19, Trump voltou a atacar a China chamando o novo coronavírus de "vírus chinês" e comemorou o que chamou de "rápido desenvolvimento" de uma vacina nos EUA contra a doença.

O republicano ainda celebrou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, a pressão imposta a outros países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e disse ter cumprido metas de "reforçar a segurança" na fronteira com o México.

*Com Ansa

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