Deputados norte-americanos defenderam nesta terça-feira (07/02) a manutenção do bloqueio contra Cuba após cinco décadas do decreto do embargo comercial, que é criticado pela imensa maioria da comunidade internacional.
Em um comunicado conjunto, os congressistas Ileana Ros-Lehtinen, David Rivera, Mario Díaz Balart, do Partido Republicano, e Albio Sires, do Partido Democrata, insistiram na permanência da medida que pretende dificultar a vida dos cubanos e desmontar o sistema político do país.
Díaz Balart criticou o presidente Barack Obama e o acusou de oferecer “concessões unilaterais” a Cuba enquanto poderia aplicar novas sanções contra a ilha para privar o governo de apoio financeiro.
Os deputador defendem o endurecimento da postura dos EUA e incentivam regulamentações para reforçar o cerco contra Havana e frear o desenvolvimento econômico da nação caribenha.
O grupo se opõe ao fim determinado por Obama para as restrições adotadas durante a administração Bush, que permitia aos cubanos residentes nos EUA somente uma viagem a seu país de origem a cada três anos e um limite de 100 dólares mensais em remessas.
Essa nova disposição, aprovada há doze meses, liberava algumas viagens acadêmicas, religiosas, culturais ou esportivas, mas sob regulações específicas que, desde já, deixam intacta a proibição do fluxo livre de norte-americanos a Cuba.
As autoridades cubanas acreditam que essas mudanças sejam insuficientes e extremamente limitadas, pois não alteram a complexa estrutura de leis, regulações e cláusulas que determinam a política de bloqueio contra Cuba.
Apesar das crescentes críticas de mais de 185 nações da comunidade internacional expressadas em votações sucessivas das Nações Unidas durante os últimos 20 anos, o governo norte-americano mantém essa política.
O dano econômico direto sobre o povo cubano desde dezembro de 2010, em valores corrigidos, eleva-se a uma cifra que supera os 104 bilhões de dólares. Ao se levar em consideração a desvalorização da moeda, os efeitos seriam superiores a 975 bilhões de dólares.