A crise da zona do euro poderá reduzir o crescimento do continente africano em 1,3% em 2012, de acordo com relatório do Banco Mundial, divulgado pela agência de notícias africana Panapress. Na África do Sul, a taxa de desemprego segue em 24% e na Tanzânia a extrema pobreza atinge 35% da população, diz o documento assinado pela vice-presidente do Banco Mundial para a África, Obiageli Ezekwesili.
O relatório sugere que a África não estaria enfrentando problema de tal envergadura caso tivesse desenvolvido sua integração regional. O continente africano precisa eliminar as barreiras comerciais entre os seus países, principalmente vizinhos, para aumentar seus rendimentos, diz a instituição financeira, lembrando que isso não foi feito no passado.
Segundo a instituição, as barreiras “privaram o continente de novas fontes de crescimento econômico e empregos, aumentando a pobreza”. De acordo com o banco, as barreiras de comércio com vizinhos facilitaram as trocas da África com o resto do mundo e causaram perdas de “bilhões de dólares”.
“É evidente que a África não atingiu seu potencial de comércio regional”, afirma o documento. Segundo o relatório, os obstáculos ao livre comércio da região prejudicaram principalmente pequenos negócios.
“Cabe agora aos dirigentes africanos passar da palavra às ações e trabalhar juntos para harmonizar políticas, o quadro institucional e mobilizar os investimentos”, finalizou o documento.
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