Cientistas cubanos devem iniciar testes de vacina contra Aids em humanos
Anúncio do desenvolvimento de protótipo da vacina foi feito em congresso em Havana
Cientistas cubanos fizeram uma exposição, na segunda-feira (05/03), dos avanços no desenvolvimento de uma vacina contra a Aids. Durante congresso de biotecnologia que acontece em Havana, foi anunciado que os testes em ratos com o protótipo da vacina foi bem sucedido e dentro de pouco tempo serão feitas provas em humanos que contraíram o vírus.
"Estamos preparando um teste clínico, muito pequeno e muito controlado, com pacientes soropositivos que não estão em etapas avançadas da doença, disse o cientista cubano Enrique Iglesias a jornalistas.
Ele lidera a equipe de profissionais que desenhou a vacina no Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), situado na capital cubana. Iglesias explicou que a vacina Teravac-HIV-1 foi desenvolvida a partir de uma "proteína recombinante" - através de técnicas de engenharia genética - e busca induzir uma resposta celular contra o vírus.
O cientista pediu para que não se criem falsas expectativas, pois "não existe um modelo animal de contágio de Aids que reproduza a enfermidade como em humanos". "Até agora, foram feitos mais de 100 testes clínicos, em humanos com HIV, em Cuba e outros países, e todos falharam", disse Iglesias.
O 1º Congresso Internacional de Biotecnologia de Havana, começou esta segunda-feira e reune cerca de 600 cientistas de 38 países.
Segundo o Ministério de Saúde Pública de Cuba, a ilha investe mais de 200 milhões de dólares por ano em programas de prevenção e atendiemento a pacientes com Aids, o que inclui tratamento gratuito para com remédios retrovirais - alguns produzidos no próprio país. Informes locais mostram que Cuba se encontra entre os 22 países menos afetados pela Aids.
Em janeiro, o conselheiro chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Carlos Cortes Falla, elogiou os resultados obtidos por Cuba na prevenção do vírus da AIDS. Segundo Cortes, o país possui a menor taxa de infecção de HIV em toda a América Latina.
Polônia quer proibir entrada de russos em toda a UE, apesar de não haver consenso no bloco
Anúncio polonês surge após Estônia anunciar proibição de vistos para russos; Alemanha, França e Holanda são contra
O governo da Polônia trabalha em uma estratégia para proibir a emissão de vistos para cidadãos russos na Europa. O anúncio foi feito pelo vice-ministro das Relações Exteriores polonês, Piotr Wawrzyk, no último domingo (14/08).
As autoridades do país elaboram uma estratégia que permitirá que os russos tenham vistos negados em todo o bloco da União Europeia, de forma a superar a oposição de Alemanha, França e Holanda, que já manifestaram ser contra qualquer politica com esse escopo.
"Isso é contestado por grandes Estados membros da UE, incluindo Alemanha, França e Holanda", disse o chefe do Ministério das Relações Exteriores da Polônia. Ele então afirmou que devido ao fato de que "é impossível superar a resistência desses países", a Polônia está "trabalhando em uma nova solução" para esta questão.
De acordo com Wawrzyk, a Polônia não emite vistos de turista para os russos há vários meses. As exceções são feitas aqueles que precisam atravessar a fronteira polaco-russa por motivos de trabalho, motoristas de caminhão e diplomatas. Esta lista também inclui familiares de cidadãos da Polónia e de outros países da UE.
O vice-ministro acrescentou que a decisão da nova "concepção" para a restringir a emissão de vistos para os russos em toda a União Europeia será divulgada na próxima semana.

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O anúncio foi feito pelo vice-ministro das Relações Exteriores polonês, Piotr Wawrzyk, no último domingo (14/08)
Após o início do conflito na Ucrânia, iniciado pela Rússia em 24 de fevereiro, o presidente polonês Andrzej Duda anunciou sua disposição de defender a proibição da entrada de russos no país se o conflito entre Moscou e Kiev se intensificasse.
Início do cerco a vistos para russos
Na última sexta-feira (11/08), foi divulgado que cidadãos russos com vistos Schengen emitidos pela Estônia teriam sua entrada negada no país a partir desta semana. De acordo com a decisão, russos poderão entrar na Estônia com vistos Schengen emitidos por outros países da União Europeia.
No início de agosto, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em entrevista à mídia estadunidense, disse que era hora do Ocidente proibir todos os russos de entrar na Europa e nos EUA. De acordo com Zelensky, os cidadãos da Federação Russa devem "viver em seu próprio mundo até que mudem sua filosofia".
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, por sua vez, afirmou anteriormente que os países da UE, com base em suas obrigações, não têm o direito de limitar completamente a emissão de vistos Schengen a todo um povo. De acordo com ela, se estes países fizerem isso, "instantaneamente reconhecerão seu próprio nacionalismo".