No Uruguai, três enfermeiros estão sendo investigados pelo homicídio de cerca de 100 pacientes em dois hospitais de Montevidéu. Neste domingo (18/03), dois enfermeiros confessaram, perante a justiça, serem responsáveis pelo assassinato de 16 pessoas no sanatório particular Associação Espanhola e no Hospital Maciel, público. Nenhuma das vítimas estava em estado terminal.
Uma enfermeira foi processada por ser cúmplice dos homicídios, pelos quais dois enfermeiros são acusados. Os dois alegam que não se conheciam, apesar de ambos trabalharem na mesma instituição pública. A investigação a respieto do número de vítimas não terminou, já que um deles confessou ter matado cerca de 50 pacientes, enquanto o outro disse, perante o juiz, que havia perdido a conta de quantas mortes provocou, segundo informou a imprensa local. A policia e a justiça estimam que o número de vítimas possa chegar a 100.
Objetivamente, os dois enfermeiros reconheceram neste domingo (18/03), perante a justiça uruguaia, o homicídio de 16 pacientes em dois hospitais, e foram acusados por “homicídio especialmente agravado”. Um dos enfermeiros reconheceu cinco crimes, e o outro, 11. A enfermeira foi acusada por crime de “encobrimento”.
Alguns dos pacientes, de acordo com familiares das vítimas, estavam bem e até já tinham recebido alta médica. Gladys Rodríguez, filha de uma das vítimas, disse: “Isso é muito impactante. Internaram a minha mãe porque ela passava por uma crise de diabetes. Ela teve alta e estava pronta para vir para casa. Aí ela morreu”, disse a rádio local.
De acordo com o juiz da causa, Rolando Vomero, os enfermeiros injetavam morfina e ar nos pacientes, em alguns casos, “o que ocasionava a morte em poucos minutos”. Segundo Vomero disse à imprensa, os acusados “não queriam ver os pacientes sofrerem”.
O magistrado afirmou que em todos os casos, os pacientes se encontravam em estado grave, mas suas mortes não eram esperadas. A investigação pelas mortes se iniciou há cerca de dois meses, com o nome de “Operação Anjos”, a partir de uma denúncia de funcionários dos hospitais. A operação tornou-se pública neste domingo, causando comoção em todo o país.
*Com informações do Diario Hoy
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