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Eufórica com o resultado obtido no primeiro turno da eleição presidencial francesa, em que obteve o terceiro lugar com 18,01% dos votos (ainda restam contar os sufrágios dos franceses residentes no exterior), a líder ultradireitista Marine Le Pen foca agora em conseguir vagas que garantam a participação de seu partido no Parlamento francês.
A ex-candidata da Frente Nacional não declarou preferência por nenhum dos dois remanescentes na disputa: François Hollande (Partido Socialista) e Nicolas Sarkozy (União por um Movimento Popular). Seu diretor de campanha, Florian Philippot, disse que ela anunciará no dia 1º de maio. O segundo turno será realizado cinco dias depois. Os eleitores de extrema-esquerda podem ser os fiéis da balança.
Após a eleição presidencial, entre os dias 10 e 17 de junho serão realizados os dois turnos das eleições parlamentares, para escolher os 577 membros da Assembleia Nacional, a Câmara de Deputados francesa. Cada vaga corresponde a uma circunscrição do território francês. O partido que obtiver 289 assentos poderá governar com maioria absoluta. Quem participou da eleição presidencial também pode concorrer ao Parlamento.
Efe
A candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, comemora o resultado da eleições presidenciais com seus militantes
Ao contrário do Brasil, para que seus deputados eleitos exerçam de fato suas funções, a Frente Nacional precisa obter ao menos 5% dos assentos, o que nunca ocorreu em nível nacional – e pode mudar esse ano.
“Esquerda ultraliberal”
Em discurso neste domingo (22/04) aos seus eleitores, em Paris, ela afirmou ser a “única verdadeira candidata de oposição”. “Somos a única oposição à esquerda ultraliberal, permissiva e libertária”, declarou aos seus militantes.
“Aconteça o que acontecer nos próximos 15 dias , a batalha pela França apenas começou. Nada mais será com antes”, disse ela.
Ela afirma que seu bem desempenho nas urnas fez “explodir o monopólio dos partidos, dos bancos, das finanças, das multinacionais, da renúncia e do abandono”.
“O primeiro turno não é um fim em si, mas um começo”, acrescentou a presidente da Frente Nacional, fazendo um apelo à “união dos patriotas de direita e de esquerda”.
Marine Le Pen, 43 anos, sucedeu no início de 2011 a seu pai na liderança da FN. Menos agressiva e explícita em sua posição em relação aos imigrantes do que o pai, ela conseguiu mudar, em parte, a imagem do partido para uma aparência mais moderada, e obteve grande aceitação da classe operária, tradicionalmente eleitora da esquerda.
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