A Universidade da cidade síria de Aleppo suspendeu suas aulas de forma temporária depois dos últimos atos de violência em seu campus, que causaram a morte de duas pessoas, informaram nesta quinta-feira (03/05) os grupos opositores ao governo de Bashar al Assad.
Em seu site, a Universidade do norte da Síria afirmou que retomará as atividades das faculdades de Ciências e Letras no próximo dia 13 de maio e argumentou que sua suspensão até essa data é motivada pelas “circunstâncias atuais”.
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Enquanto isso, Emad Hosari, porta-voz da rede de ativistas Comitês de Coordenação Local, afirmou que pelo menos duas pessoas morreram por disparos e 15 ficaram feridas depois que as forças de segurança tentaram reprimir com gás lacrimogêneo e disparos os protestos contra o governo sírio na Universidade.
Hosari explicou que na quarta-feira (02) à noite aconteceram várias manifestações no campus, o que levou as forças de segurança a dar um prazo aos estudantes para que deixassem de protestar.
Como os universitários não respeitaram as advertências, os membros de segurança invadiram a Universidade nesta manhã e realizaram detenções de forma indiscriminada, disse o ativista, que acrescentou que os veículos policiais continuam no local, assim como os protestos dos estudantes.
Nos últimos meses, os manifestantes da Universidade de Aleppo se uniram à revolta que desde março de 2011 busca a queda do presidente sírio, Bashar al Assad.
Desde o começo da revolta, mais de 10 mil pessoas morreram pela violência na Síria, segundo dados das Nações Unidas, que avaliou em 230 mil os deslocados internos e em mais de 60 mil os refugiados em países limítrofes, como a Turquia e o Líbano.