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Política e Economia

Hoje na História: 1958 - Crise na Argélia inicia volta de De Gaulle ao poder na França

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General era visto como o único capaz de manter o domínio sobre o país africano; mas acabou admitindo a independência em 1962

Max Altman

2012-05-13T11:29:00.000Z

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Wikicommons

De Gaulle (dir.) em 1963, já presidente da Quinta República, um ano depois de recnonhecer independência da Argélia

Em 13 de maio de 1958, os argelinos de origem europeia apelam ao general Charles De Gaulle, que estava fora do poder desde 1950, para manter a soberania da França sobre a Argélia.  No começo de 1958, Pierre Pflimlin, deputado democrata-cristão de Estrasburgo, estava sendo sondado para o cargo de primeiro-ministro da Quarta República. Porém, havia a supeita de que queria negociar um cessar-fogo com os rebeldes da Frente Nacional de Libertação que lutavam pela independência da Argélia.

Os gaullistas que militavam de corpo e alma pelo retorno de De Gaulle ao poder encorajam os 'Pieds-noirs' - população francesa das antigas colônias no norte da África - à sedição contra Pflimlin. Deixam entender que o general é a personalidade em melhores condições de manter os três departamentos argelinos no seio da república francesa.

Em 10 de maio de 1958, Alain de Sérigny, diretor do Écho d'Alger, publica um editorial em que apela a De Gaulle para salvar a Argélia francesa: "Eu vos suplico, fale, fale depressa, meu general ..."

O 13 de maio de 1958 seria o dia da investidura de Pflimlin. Em Argel ocorre uma manifestação de ex-combatentes em memória de três militares feitos prisioneiros pelos 'fellaghas' - literalmenter significa bandido em árabe, mas eram os militantes anti-colonialistas do norte da África - e fuzilados na Tunísia. Aproveitando-se da manifestação, os partidários da Argélia francesa tomam de assalto a sede do governo e nomeiam um Comitê de Salvação Pública. 

O general Jacques Massu assume a presidência da Argélia. Envia a Paris um telegrama: "... exigimos criação Paris governo de salvação pública, único capaz de conservar Argélia parte integrante da metropole". Os deputados respondem, como prevista, com a posse de Pflimlin. Era a ruptura com Argel.

Sem esperar a entrada em função do novo presidente do Conselho, o antecessor Felix Gaillard confere plenos poderes civis e militares na Argélia ao general Raul Salan, quem ali comandava o exército.

Em 14 de maio, às 5 horas da manhã, Massu lança um novo apelo: O Comitê de Salvação Pública suplica ao general de Gaulle que por favor rompa o silêncio quanto à constituição de um governo de salvação pública o único que pode salvar a Argélia do abandono".

No dia seguinte, o general Salan pronuncia um discurso, no interior do palácio do governo em Argel, concluindo com: "Viva a França, viva a Argélia francesa, viva o general de Gaulle!"

Em seguida vai à sacada e se dirige à multidão ali reunida: "Nós sairemos vencedores, porque tivemos o mérito e aqui reside o caminho sagrado pela grandeza da França. Meu amigos, gritem comigo: Viva a França, viva a Argélia francesa!"

A sorte estava lançada com este apelo público ao general, afastado da atividade política em 1947 no entanto sempre desejoso de outorgar à França instituições mais estáveis que da 4ª República. De seu retiro em Colombey-les-deux-Églises, de Gaulle responde no mesmo dia que estava pronto a "assumir os poderes da República".

Em 19 de maio, concede uma coletiva de imprensa para dizer que se recusa receber o poder dos facciosos de Argel. Aos jornalistas que se preocupavam com a instauração de uma ditadura, exclamou: "Vocês acreditam que aos 67 anos vou começar uma carreira de ditador?".

Em 27 de maio, de Gaulle afirma que estava dando início a um processo pelo "estabelecimento de um governo republicano". Estupor na classe política. Seria um Golpe de Estado? 

A fim de aclarar a situação, René Coty, presidente da República, decide em 1º de junho, numa mensagem ao Parlamento, apelar ao "mais ilustre dos franceses, aquele que nas horas mais sombrias de nossa história, foi nosso chefe para a reconquista da liberdade ...".

O general forma, sem delongas, um governo de união nacional com Guy Mollet, chefe do Partido Socialista, Antoine Pinay, de direita, Pierre Pflimlin, democrata-cristão e Michel Debré, gaullista.

Investido na presidência do Conselho, dedicou-se a pôr de pé uma nova Constituição, que foi aprovada por referendo em 28 de setembro de 1958 com 79,2% de Sim e ainda em vigor. Em 21 de dezembro de 1958, Charles de Gaulle é eleito presidente por um colégio eleitoral. Seria o primeiro presidente da 5ª República. Os facciosos da Argélia jamais tiveram o apoio de De Gaulle.

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Eleições 2022 na Colômbia

Gustavo Petro denuncia ‘conspiração’ para suspender eleições na Colômbia

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Presidenciável de esquerda chegou a cancelar viagens por risco de atentado; eleições ocorrem em 29 de maio

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-05-20T21:50:00.000Z

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O candidato à Presidência da Colômbia Gustavo Petro falou na quinta-feira (19/05) durante um comício eleitoral na cidade de Cali que seus oponentes conspiram para sabotar as eleições do próximo dia 29 de maio, com a intenção de suspendê-las, em um momento em que as pesquisas colocam-no como grande favorito.

Diante de milhares de simpatizantes reunidos na Praça da Governança durante o ato de encerramento da campanha na capital do departamento de Valle del Cauca, o candidato pela coalizão de esquerda Pacto Histórico afirmou que "já estão conspirando em reuniões secretas para ver como as eleições são suspensas, como podem passar pelos tribunais superiores de justiça". 

Petro disse ainda que seus oponentes “já se sentem perdedores” e acrescentou que estas supostas conspirações surgem entre aqueles que "querem se perpetuar no poder, dos viciados no poder e na morte, que não suportam perder eleições, que não suportam uma vitória popular".

Petro/Twitter
Comício eleitoral na cidade de Cali reuniu milhares de apoiadores de Gustavo Petro

Ao mesmo tempo, ele pediu à população que tenha calma diante de um possível "golpe" durante as eleições, assegurando que "a parte mais delirante da corrupção que nos governa é tentar desencadear um violento surto social para ter a desculpa de suspender definitivamente as eleições e perpetuar-se no poder sabendo que são minoria”. 

Ameaça contra Petro

No início do mês, em 3 de maio, a Procuradoria-Geral da Colômbia abriu uma investigação formal para apurar as denúncias do candidato à Presidência pela coalizão de esquerda Pacto Histórico, Gustavo Petro, de que ele seria alvo de um atentado durante visita a cidades na região central do país.

Segundo comunicado formal, os investigadores "contataram os responsáveis pela segurança do senhor Gustavo Petro e as pessoas de sua campanha para obter detalhes sobre a origem das informações e levar adiante as investigações".

Os organizadores da visita de Petro a três departamentos centrais do país anunciaram, na noite do dia 2 de maio, uma segunda-feira, que estavam cancelando a viagem por "motivos de segurança" sobre o risco de um grave atentado.

"Conforme os trabalhos desenvolvidos pela equipe de segurança, que recebeu informações em primeira mão da área da visita, o grupo criminoso La Cordillera programou um atentado contra a vida do candidato à Presidência", disseram os organizadores.

(*) Com TeleSur. 

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