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Política e Economia

Hoje na História: 1755 - Contrabandista que desafiou absolutismo francês é executado

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Louis Mandrin foi jurado de morte e perseguido pelas autoridades fiscais da França

Max Altman

2012-05-26T11:00:00.000Z

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No dia 26 de maio de 1755, o contrabandista Louis Mandrin é morto na cidade de Valence, na França. Torturado, teve suas pernas esmagadas e todos os membros quebrados com barras de ferro para que confessasse o nome de seus cúmplices. Terminou a vida atado a uma roda de carroça.

O contrabandista suportou o suplício sem dizer uma palavra sequer. Após oito minutos, o carrasco o estrangula por ordem do bispo, o que põe fim aos seus sofrimentos. Milhares de pessoas assistiam à cena. Rapidamente se espalha a lenda do bandido magnânimo punido por ter sonegado impostos.

A breve epopeia de Mandrin constitui-se no símbolo das injustiças fiscais que ocorriam às vésperas da eclosão da Revolução Francesa. Nascido em Saint-Étienne de Saint-Geoirs, Louis Mandrin era o mais velho de nove irmãos. Tinha 17 anos quando seu pai, um próspero ferrador, morreu.

Incapaz de levar adiante a empresa familiar, assina em 1748 um contrato com os coletores de impostos da Fazenda Geral e se compromete a ajudar a abastecer o caixa do exército francês, que estava em guerra na Itália. Com o fim da missão, após perder a maior parte de suas mulas na travessia dos Alpes, a Fazenda se recusa a lhe pagar o devido.

Seu próprio irmão seria enforcado por falsificar moedas. Mandrin participa de uma rixa sangrenta em 30 de março de 1753 e teve de fugir para escapar das torturas. Tornando-se um fora-da-lei, assume o comando de um bando de contrabandistas e declara guerra à Fazenda.

Mandrin organiza seus homens como um exército, com soldos, hierarquia e disciplina. Em 1754, no espaço de um ano, promove um total de seis campanhas. No começo de cada uma, costumava comprar tabaco e algumas outras mercadorias na Suíça e no ducado independente de Savoia.

Em seguida, penetrava no território francês com algumas dezenas de cúmplices, invadindo uma cidade ou outra e vendendo suas mercadorias em público. Os coletores reagem, fazendo vigorar, a partir da primavera de 1754, leis contra pessoas que comprassem fosse o que fosse dos contrabandistas. Mandrin tem a ideia, durante uma campanha em Rodez, de vender suas mercadorias aos empregados locais da Fazenda sob ameaça das armas. Em outras palavras, ele pilha os caixas da instituição.

Em outubro, em sua quinta campanha, em Puy, ele fracassa. Numa troca de tiros com oficiais da Fazenda é gravemente ferido no braço. Fiscais conseguem uma autorização do rei para a intervenção do exército. O Regimento de Caçadores do capitão Jean-Chrétien Fischer ataca exatamente quando Mandrin lança sua sexta campanha. Em Autun e Beaune, em 19 de dezembro de 1754, os contrabandistas são massacrados, mas Mandrin consegue, num esforço supremo, fugir para Savoia.

O capitão das tropas da Fazenda Geral, Alexis de la Morlière, disfarça 500 de seus homens como camponeses e os faz penetrar ilegalmente no território do ducado. Mandrin é traído por dois membros de seu bando. É preso junto com três comparsas no castelo de Rochefort e enviado à Valence. Indignado pela violação de seu território, o duque Charles-Emmanuel III de Savoia exige de seu sobrinho, o rei Luis XV, a devolução do prisioneiro. Como o rei da França se aprestava a ceder à exigência, a Fazenda acelera as “formalidades de julgamento” de seu inimigo jurado. A condenação é concluída em 24 de maio de 1755 e ela é executada brutalmente dois dias depois.

Também nesse dia:

1896 - Nicolau II da Rússia é coroado

1897 - É lançado "Drácula", de Bram Stoker

1908 - Congresso uruguaio suprime o ensino religioso nas escolas

1940 - Operação Dínamo, codinome da Retirada de Dunquerque, é desencadeada

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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