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Os países da Zona do Euro aceitaram e a Espanha anunciou que vai pedir ajuda bilionária para resgatar seu sistema financeiro, que vive uma grave crise de insolvência. Após duas horas e meia de teleconferência, os ministros das Finanças do chamado Eurogrupo aprovaram o pacote de resgate no valor de até 100 bilhões de euros, um dos maiores da história.
Efe
Ao fundo, a sede do Banco Central espanhol, um dos acusados pela crise no sistema financeiro do país
O governo espanhol já anunciou que precisará recorrer ao plano, mas ainda definirá o valor necessário para capitalizar seus bancos, que no momento passam por uma auditoria externa.
A aprovação do plano de resgate se deu sem a imposição de novas exigências sobre a política econômica da Espanha. Apenas os bancos terão supervisão do FMI (Fundo Monetário Internacional), que fiscalizará e receitará alterações em sua gestão.
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No entanto, os recursos só poderão ser utilizados na reforma do sistema financeiro. Atualmente, a Espanha vive uma grave crise econômica, com desemprego galopante (acima dos 20% da população) e aumento da pobreza.
Nos últimos dias, o conservador premiê espanhol Mariano Rajoy vinha negando a necessidade do empréstimo, apesar de a imprensa internacional apontar o cenário como certo, desde que o Bankia, 4o maior banco país, foi estatizado numa operação de 19 bilhões de euros.
De acordo com informações do jornal espanhol El Mundo, apenas os gigantes Santander e BBVA teriam contas equilibradas e ficariam de fora do resgate.
Grécia, Irlanda e Portugal
Enquanto a Espanha sofre dificuldades econômicas e pretende pedir um resgate financeiro internacional para salvar o setor bancário, o continente europeu já registra um histórico de planos de ajuda à Grécia, Irlanda e Portugal, que tiveram de solicitar empréstimos para sanear todo o conjunto de suas economias.
No caso dos três países, a ajuda financeira veio condicionada à adoção de medidas de austeridade fiscal, incluindo cortes generalizados de gastos públicos, que mergulharam os países em recessão econômica, aumento do desemprego e da pobreza.