Abu Dhabi envia ajuda e Dubai honrará dívida de gigante imobiliária
Abu Dhabi envia ajuda e Dubai honrará dívida de gigante imobiliária
As autoridades de Dubai anunciaram hoje (14) que pagarão a dívida de 4,1 bilhões de dólares da gigante imobiliária Nakheel, que vence nesta segunda-feira, depois da obtenção de uma ajuda de 10 bilhões de dólares do governo de Abu Dabi, o rico emirado petroleiro vizinho.
Na abertura, a Bolsa de Dubai reagiu com euforia e registrava alta de 10,10% após o anúncio.
"O governo de Abu Dabi aceitou financiar com o valor de 10 bilhões de dólares o fundo de ajuda financeira de Dubai, quantia que será utilizada para cobrir uma série de obrigações do Dubai World", afirma um comunicado oficial, em referência ao conglomerado público que passa por dificuldades econômicas.
"Por consequência, o governo de Dubai autorizou a utilização de 4,1 bilhões de dólares para pagar as obrigações islâmicas (sukuk) que vencem hoje" (segunda-feira), completa a nota.
A Dubai World anunciou em 30 de novembro que pensava em reestruturar algumas de suas 10 empresas e renegociar com os credores a dívida de 26 bilhões de dólares, incluindo a que a Nakheel vai pagar nesta segunda-feira.
Os 5,9 bilhões de dólares restantes da ajuda de Abu Dhabi pagarão os juros e operações de funcionamento do Dubai World até 30 de abril de 2010, desde que o grupo tenha êxito nas negociações de um moratória da dívida.
Em 25 de novembro, as autoridades de Dubai anunciaram que pediriam uma moratória de pelo menos seis meses sobre a dívida da Dubai World, o que provocou pânico nos mercados financeiros ao redor do mundo, que temem a solvência do conglomerado, com dívida total de 59 bilhões de dólares.
Moscou acusa Ucrânia de atacar cidade russa com mísseis
Pelo menos três pessoas morreram após explosões em Belgorod, diz autoridade local; russos reivindicam tomada de Lysychansk
A Rússia acusou neste domingo (07/03) a Ucrânia de disparar três mísseis contra a cidade de Belgorod, perto da fronteira ucraniana, em ataques nos quais pelo menos três pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas.
"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis de fragmentação Tochka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod", disse o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, acrescentando que "após a destruição dos mísseis ucranianos, os destroços de um deles caíram sobre uma casa".
Antes, o governador da região, Viacheslav Gladkov, havia informado na rede Telegram que explosões foram registradas na cidade nas primeiras horas deste domingo, danificando 11 prédios residenciais e 39 casas.
"As causas do incidente estão sendo investigadas, as defesas antiaéreas foram ativadas", acrescentou, sem dar mais detalhes.
Gladkov disse que foi rapidamente para as cinco ruas afetadas pelas explosões no norte da cidade, não muito longe do centro.
Um homem e uma criança foram hospitalizados, outros dois feridos foram atendidos no local, segundo autoridades locais.
Desde o início da ofensiva da Rússia na Ucrânia em 24 de fevereiro, o governo russo acusou repetidamente as forças ucranianas de realizar ataques em solo russo, especialmente na região de Belgorod.
Em Belgorod vivem cerca de 400 mil pessoas. A cidade fica cerca de 40 quilômetros ao norte da fronteira com a Ucrânia e é o centro administrativo da região de mesmo nome.
No início de abril, o governador Gladkov acusou a Ucrânia de atacar um depósito de combustível em Belgorod com dois helicópteros.
Belarus também acusa ataques ucranianos
O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, disse que seu exército derrubou mísseis disparados em seu território a partir da Ucrânia e promete responder "instantaneamente" a qualquer ataque inimigo.
"Estamos sendo provocados", disse Lukashenko à agência de notícias estatal Belta. "Devo dizer que cerca de três dias atrás, talvez mais, eles tentaram atacar alvos militares em Belarus a partir da Ucrânia.

Yevgeny Silantyev/TASS/dpa/picture alliance
Segundo autoridade regional, 11 prédios e 39 casas foram danificadas em Belgorod
A Ucrânia disse na semana passada que mísseis disparados de Belarus atingiram uma região de fronteira dentro de seu território.
Russos reivindicam tomada de Lysychansk
O governo da Rússia afirmou que suas forças assumiram neste domingo o controle da última grande cidade controlada pela Ucrânia na província de Lugansk, aproximando Moscou de seu objetivo declarado de tomar toda a região ucraniana de Donbass.
O ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu, disse ao presidente russo, Vladimir Putin, que tropas russas junto com membros de uma milícia separatista local "estabeleceram o controle total sobre a cidade de Lysychansk", segundo agências russas de notícias.
Combatentes ucranianos passaram semanas tentando defender Lysychansk e impedir que seja tomada pela Rússia, como ocorreu com a vizinha Sievierodonetsk há uma semana.
Um conselheiro do presidente ucraniano previu na noite de sábado que a cidade pode ser ocupada pelos invasores dentro de dias.
As autoridades ucranianas não forneceram imediatamente uma atualização sobre a situação da cidade.
Há uma semana, o governador de Lugansk disse que as forças russas estavam fortalecendo suas posições em uma batalha severa para capturar o último reduto de resistência na província. "Os ocupantes lançaram todas as suas forças em Lysychansk. Eles atacaram a cidade com táticas incompreensivelmente cruéis'', afirmou Serguei Haidai disse no aplicativo de mensagens Telegram.
Um rio separa Lysychansk de Sievierodonetsk. Oleksiy Arestovych, um conselheiro do presidente ucraniano, disse durante uma entrevista online na noite de sábado que as forças russas conseguiram pela primeira vez atravessar o rio pelo norte, criando uma situação "ameaçadora".
Arestovych disse que os invasores não chegaram ao centro da cidade, mas que o curso dos combates indicava que a batalha por Lysychansk seria decidida até segunda-feira.
As forças russas intensificaram no sábado seus ataques à cidade ucraniana de Lysychansk, alegando ter cercado “completamente” o último reduto ucraniano na região de Lugansk. A Ucrânia negou o cerco.
Se Lysychansk cair, toda a região de Lugansk – que junto com Donetsk compõe a região leste do Donbass – poderá ficar sob controle russo, marcando outro avanço estratégico para o presidente russo, Vladimir Putin.