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Política e Economia

Guarda Costeira da Argélia interceptou barco com imigrantes espanhóis, diz jornal

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Após terem o visto argelino negado, os quatro jovens desempregados tentaram entrar irregularmente no país africano

Redação

2012-07-19T15:18:00.000Z

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Crise econômica, medidas de ajuste, desemprego. O atual cenário europeu parece fomentar, aos poucos a inversão do fluxo migratório do continente, até então considerado um “Eldorado” para africanos que buscam melhores condições de vida. De acordo com o jornal argelino Liberté, uma embarcação com espanhóis foi interceptada, em abril, ao tentar atracar irregularmente na Argélia.

Segundo a reportagem, quatro jovens imigrantes tinham perdido seus empregos na Espanha e se dirigiram a Orã, cidade no litoral mediterrâneo da Argélia, em busca de novas fontes de trabalho. Com o pedido de visto negado, o grupo foi interceptado pela guarda costeira argelina, durante uma tentativa de entrada irregular no país africano.

Ainda de acordo com o Liberté, a escolha dos jovens pela cidade de Orã se deve à presença de empresas espanholas instaladas na região. Desde o início deste ano, a imigração africana, de forma irregular, ao país europeu se reduziu de forma acentuada, segundo informou o embaixador espanhol na Argélia, Gabriel Busquets, durante uma mesa redonda sobre a relação bilateral entre os países.

O diplomata acredita que a queda do fluxo migratório se deve à "falta de emprego em Espanha, causada pela crise econômica, os esforços das autoridades argelinas e de cooperação entre os dois países para lutar contra este fenômeno", como registra o jornal do país africano.

Segundo ele, a crise afetou inclusive a oferta de trabalho sazonal em território espanhol, fazendo com que a cifra de entrada de africanos no país no início de 2012 chegasse à metade da registrada no mesmo período do ano anterior. Entre as medidas tomadas pelo governo espanhol para conter o ingresso de imigrantes irregulares no país está a hipótese de enquadrar a imigração como um crime sujeito à prisão. Os imigrantes espanhóis, no entanto, seriam repatriados, informa o Liberté.

Crise na Europa

Apesar de inusitada, a interceptação do bote espanhol não é a primeira mostra de que a crise européia vem gerando uma nova tendência na rota imigratória, com a fuga de mão de obra da zona do euro. No primeiro semestre de 2011, mais de 50 mil portugueses iniciaram trâmites para solicitar residência no Brasil.

Abalados pelas medidas de autoridade adotadas após o acordo português com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a União Europeia para o resgate econômico do país, os portugueses também optam pela Angola como destino de imigração. Em fevereiro, um grupo de 20 portugueses foi interceptado no aeroporto de Luanda, capital do país, por autoridades alfandegárias, por não portar documentação regular para a imigração. 

O número de vistos angolanos concedidos a portugueses saltou de 156 em 2006 a mais de 23 mil em 2011. Segundo estimações do governo português, o êxodo de mão de obra do país chegou a 150 mil pessoas, em 2011, equiparando-se somente aos índices registrados nos anos 1970.

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Meio Ambiente

Desmatamento na Amazônia Legal é o maior em 15 anos, aponta Imazon

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De agosto de 2021 a julho de 2022 foi destruída uma área equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-17T22:12:00.000Z

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Nos últimos 12 meses, a Amazônia Legal teve o maior índice de desmatamento em 15 anos. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 quilômetros quadrados de floresta, o equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo e 3% a mais do que nos 12 meses diretamente anteriores. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (17/08), são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

É a segunda vez consecutiva em que o desmatamento na região ultrapassa os 10 mil quilômetros quadrados no período. Somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários (ou seja, de agosto a julho) chegaram a 21.257 quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado do Sergipe.

Ao analisar apenas o desmatamento em 2022, o índice de destruição é ainda maior. No período de janeiro a julho, a área de floresta perdida cresceu 7% em relação a 2021, passando de 6.109 quilômetros quadrados para 6.528 quilômetros quadrados. Isso significa que, somente em 2022, a região já teve destruída uma área de aproximadamente cinco vezes a cidade do Rio de Janeiro. E esse também foi o maior desmatamento para o período dos últimos 15 anos.

"O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia. Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática. Relatórios da ONU já alertaram que, se não reduzirmos as emissões, fenômenos extremos como ondas de calor, secas e tempestades ficarão ainda mais frequentes e intensos. Isso causará graves perdas tanto no campo, gerando prejuízos para o agronegócio, quanto para as cidades", alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Pará no topo do ranking de desmatamento

Levando em conta o desmatamento ocorrido nos últimos 12 meses, 36% ocorreu apenas na região conhecida como Amacro, onde se concentram 32 municípios na divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia. Nessa área, há um processo de expansão do agronegócio, que derrubou quase 4 mil quilômetros de florestas entre agosto de 2021 e julho de 2022. A destruição na Amacro também atingiu o maior patamar dos últimos 15 anos para o período, com alta de 29%.

O Pará é o estado que mais desmata na Amazônia Legal. Nos últimos 12 meses, foram derrubados 3.858 quilômetros quadrados de floresta -  36% do destruído na Amazônia. A segunda maior área desmatada no período foi registrada no Amazonas: 2.738 km² (25%).

O que é a Amazônia Legal

A Amazônia Legal é um conceito criado ainda na década de 1950 para promover uma agenda de desenvolvimento para a região. Sua delimitação não é baseada exclusivamente na vegetação, mas inclui conceitos geopolíticos. Por isso que, além da Floresta Amazônica, há uma parte de Cerrado e do Pantanal em seu mapa.2:42

Segundo dados atualizados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a região tem uma área de 5,2 milhões de km², o que corresponde a 59% do território brasileiro. Ela engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima,Tocantins e parte do Maranhão, onde vivem atualmente cerca de 28 milhões de habitantes.

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