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Política e Economia

Dissidentes separatistas anunciam criação de novo IRA na Irlanda do Norte

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Essa é a primeira vez desde o Acordo de Belfast, em 1998, que diferentes correntes republicanas anunciam uma união

Fillipe Mauro

2012-07-27T11:00:00.000Z

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WikiCommons

Imagem divulgada à imprensa pela corrente Continuidade IRA em 2006.

Três das quatro principais correntes separatistas da Irlanda do Norte revelaram nesta quinta-feira (26/07) que estão prestes a se reunir e reinaugurar o grupo nacionalista armado IRA (Exército Republicano Irlandês, na sigla em inglês).

Em um comunicado obtido pelo jornal britânico The Guardian, a nova organização alegou que conseguiu formar "uma estrutura unificada sob uma única liderança” e que, agora, só será “subserviente à constituição do Exército Republicano Irlandês”. Real IRA, Ação Republicana contra as Drogas e uma coalizão de grupos armados independentes estariam agora unidos, deixando isolado o Continuidade IRA.

 

Segundo fontes republicanas, os novos batalhões paramilitares contam com a filiação de centenas de dissidentes armados de correntes separatistas já dissolvidas, como o IRA Provisório. O comunicado também menciona o apoio do que chama de "republicanos não conformistas”, isto é, pequenos grupos independentes da capital Belfast e de regiões rurais. Parte desse contingente estaria vinculado à recente campanha de exílios forçados e tiroteios contra moradores da cidade de Derry, acusados por eles próprios de tráfico de drogas.

Com a união, Ação Republicana contra as Drogas e IRA Real deixarão de existir formalmente. Dentro da nova organização, propuseram intensificar ataques contra forças de segurança e quaisquer outros alvos que consideram “relacionados à símbolos da presence britânica”. Outra fonte próxima de lideranças republicanas disse ao Guardian que esses alvos incluem postos policiais, a sede do Ulster Bank e instalações da edição deste ano do festival artístico City of Culture, que ocorrerá em Derry. Para os membros do novo IRA, todas essas instituições representariam tentativas de “normalizar o jugo britânico”.

Referindo-se à ruptura entre republicanos mais radicais e a corrente Sinn Féin, que optou por canais politicos de reivindicação separatista, o novo IRA reconhece que “nos últimos anos, a formação de uma Irlanda livre e independente sofreu revezes por conta de falhas das lideranças nacionalistas irlandesas e de fraturas dentro do republicanismo”. Forças dissidentes do movimento republicano da Irlanda do Norte não anunciavam alianças desde que o Acordo de Belfast determinou em 1998 o fim das atividades de grupos paramilitares no país e a libertação de seus militantes nacionalistas presos.

Em uma crítica direta à presença do separatista Sinn Féin na coalizão de governo dos unionistas (segmento politico favorável à manutenção dos vínculos da Irlanda do Norte com o Reino Unido), os dissidentes alegaram que “o que foi vendido aos irlandeses foi uma paz mentirosa”, que sujeita republicanos não conformistas “a assédios, prisões e violências da Coroa Britânica”. O principal argumento da nova aliança separatista em seu comunicado é o de que “é o Reino Unido, e não o IRA, que optou por provocação e conflito”.

Republicanos confirmaram que, entre os militantes do novo IRA, estão os responsáveis pelo assassinato do policial católico Ronan Kerr, em abril de 2011, e pela explosão do veículo do também católico guarda Peadar Heffron, em janeiro de 2010. Nos últimos meses, o principal foco de tensão é a cidade de Derry, onde republicanos obrigam o exílio de jovens católicos que acusam de tráfico de drogas.

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Meio Ambiente

Desmatamento na Amazônia Legal é o maior em 15 anos, aponta Imazon

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De agosto de 2021 a julho de 2022 foi destruída uma área equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-17T22:12:00.000Z

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Nos últimos 12 meses, a Amazônia Legal teve o maior índice de desmatamento em 15 anos. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 quilômetros quadrados de floresta, o equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo e 3% a mais do que nos 12 meses diretamente anteriores. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (17/08), são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

É a segunda vez consecutiva em que o desmatamento na região ultrapassa os 10 mil quilômetros quadrados no período. Somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários (ou seja, de agosto a julho) chegaram a 21.257 quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado do Sergipe.

Ao analisar apenas o desmatamento em 2022, o índice de destruição é ainda maior. No período de janeiro a julho, a área de floresta perdida cresceu 7% em relação a 2021, passando de 6.109 quilômetros quadrados para 6.528 quilômetros quadrados. Isso significa que, somente em 2022, a região já teve destruída uma área de aproximadamente cinco vezes a cidade do Rio de Janeiro. E esse também foi o maior desmatamento para o período dos últimos 15 anos.

"O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia. Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática. Relatórios da ONU já alertaram que, se não reduzirmos as emissões, fenômenos extremos como ondas de calor, secas e tempestades ficarão ainda mais frequentes e intensos. Isso causará graves perdas tanto no campo, gerando prejuízos para o agronegócio, quanto para as cidades", alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Pará no topo do ranking de desmatamento

Levando em conta o desmatamento ocorrido nos últimos 12 meses, 36% ocorreu apenas na região conhecida como Amacro, onde se concentram 32 municípios na divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia. Nessa área, há um processo de expansão do agronegócio, que derrubou quase 4 mil quilômetros de florestas entre agosto de 2021 e julho de 2022. A destruição na Amacro também atingiu o maior patamar dos últimos 15 anos para o período, com alta de 29%.

O Pará é o estado que mais desmata na Amazônia Legal. Nos últimos 12 meses, foram derrubados 3.858 quilômetros quadrados de floresta -  36% do destruído na Amazônia. A segunda maior área desmatada no período foi registrada no Amazonas: 2.738 km² (25%).

O que é a Amazônia Legal

A Amazônia Legal é um conceito criado ainda na década de 1950 para promover uma agenda de desenvolvimento para a região. Sua delimitação não é baseada exclusivamente na vegetação, mas inclui conceitos geopolíticos. Por isso que, além da Floresta Amazônica, há uma parte de Cerrado e do Pantanal em seu mapa.2:42

Segundo dados atualizados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a região tem uma área de 5,2 milhões de km², o que corresponde a 59% do território brasileiro. Ela engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima,Tocantins e parte do Maranhão, onde vivem atualmente cerca de 28 milhões de habitantes.

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