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Política e Economia

Equador concede asilo político a Julian Assange

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O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, disse que o jornalista australiano corre risco de perseguição política

Marina Terra e Roberto Almeida

2012-08-16T12:38:00.000Z

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Atualizado às 10h22

O governo do Equador concedeu asilo político ao jornalista Julian Assange, refugiado na embaixada equatoriana em Londres desde 19 de junho desse ano. Conforme prometido, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, iniciou coletiva de imprensa pela manhã, onde rechaçou novamente a ameaça britânica de ingressar na representação diplomática para prender o criador do WIkileaks. Leia a íntegra do comunicado em espanhol.

Roberto Almeida/Opera Mundi


Pouco após o anúncio equatoriano, o Reino Unido se disse "desapontado" com a decisão e afirmou que pretende levar adiante a decisão de extraditar Assange. Segundo Patiño, a situação enfrentada pelo jornalista é perigosa. "Ele compartilhou informações confidenciais com o mundo, o que causa chances de retaliações, que poderiam ameaçar a integridade e vida de Assange", referindo-se aos documentos divulgados pelo Wikileaks.

Patiño disse que entre as preocupações equatorianas estão a grande possibilidade de que a Justiça sueca entregue o australiano aos Estados Unidos, onde ele pode vir a enfrentar um julgamento militar, não excluindo as possibilidades de sofrer as penas de prisão perpétua ou de morte. O chanceler disse que sua decisão se baseia também no fato de que a Austrália, país natal de Assange, falha ao não protegê-lo. "O Equador cogitou a possibilidade de que o governo sueco estabelecesse garantias para que Assange não fosse extraditado aos EUA. De novo, o governo sueco rechaçou qualquer compromisso nesse sentido".

"Esperamos que o Reino Unido outorgue o salvo conduto para que o senhor Assange possa sair do país", disse. No entanto, Londres comunicou ao Equador que qualquer pedido de salvo-conduto para Assange será negado, mesmo que o país sul-americano conceda asilo político ao fundador do Wikileaks, segundo uma nota divulgada nesta quinta-feira. "Devemos ser totalmente claros que isto significa que, caso recebamos um pedido de salvo-conduto para Assange, depois que tenha obtido o asilo, será negado", afirma a nota entregue pelo encarregado de negócios britânico às autoridades equatorianas.

Ameaça

Patiño criticou a ameaça britânica. "Queremos reiterar nossa posição diante da ameaça britânica contra o Equador. Não podemos deixar que um comunicado da Chancelaria do Reino Unido nos intimide. Está basicamente dizendo ‘nós vamos espancá-los de forma selvagem se vocês não se comportarem’". Patiño disse que durante todo o processo o governo britânico não cedeu "um só centímetro" para que os dois países chegassem a um acordo diplomático.

Do lado de fora da embaixada em Londres, ativistas pelos direitos humanos de diversos países e do Equador comemoraram o anúncio de Patiño. Gritando "Correa, amigo, o povo está contigo" e desfilando com bandeiras, os equatorianos celebram a decisão. Assange está na representação diplomática equatoriana há quase dois meses, onde pediu asilo político ao presidente Rafael Correa.

O chanceler citou a posição do Conselho de Segurança das Nações Unidas e das Convenções de Viena e Genebra sobre a proteção diplomática a embaixadas, tratados internacionais dos quais tanto Equador quanto o Reino Unido são signatários. Patiño disse também que o Equador acionou organizações regionais como a OEA (Organização dos Estados Americanos), Unasul (União das Nações Sul-Americanas) e Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) sobre o caso.

Em entrevista à Agência Pública, o porta-voz do Wikileaks Kristinn Hrafnsson diz ser compreensível que o governo equatoriano tenha respondidos em termos tão fortes à carta britânica. “É uma ação de intimidação contra uma nação soberana”, diss ele. Segundo Hrafnsson, a avaliação do Wikileaks é que a Lei sobre Instalações Diplomáticas e Consulares de 1987 não dá direito ao Reino Unido para invadir uma embaixada. “É uma atitude surpreendente que esta ameaça seja enviada pouco antes do Equador anunciar a sua decisão. Estão obviamente tentando influenciar na decisão do governo de Correa”, disse.

“Eu espero que as autoridades britânicas baixem o tom destas ameaças e negociem com as autoridades equatorianas, parece ser o melhor a fazer”, afirmou.

O caso

Assange, que lançou o Wikileaks em 2010, é procurado pela Justiça da Suécia para responder por um suposto crime sexual. Ele ainda não foi acusado ou indiciado. No Reino Unido, ele travou uma longa batalha jurídica contra sua extradição para o país escandinavo, que se recusava a interrogá-lo em solo britânico. No entanto, a Suprema Corte do Reino Unido decidiu que ele deveria ser extraditado. Há sete semanas, o jornalista buscou asilo na Embaixada do Equador em Londres, em uma jogada classificada como “tenaz” pela imprensa local.

Assange teme que, após ser preso na Suécia, os Estados Unidos peçam sua extradição, onde poderá ser julgado por crimes como espionagem e roubo de arquivos secretos. O Wikileaks obteve acesso e divulgou centenas de milhares de arquivos diplomáticos norte-americanos, muitos deles confidenciais.

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Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-01-18T22:46:00.000Z

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A multinacional Pfizer alterou novamente seu plano de entrega das vacinas anti-covid à Itália nesta segunda-feira (18/01), o que atrasará o recebimento das novas doses. 

Hoje, a farmacêutica entregou cerca de 103 mil doses ao governo italiano das 397 mil previstas para esta semana. A expectativa é de que somente 53.820 ampolas sejam recebidas amanhã (19/01), enquanto que outras 241 mil devem chegar ao país na quarta (20/01).

A mudança foi divulgada pela Pfizer nesta tarde e um comunicado foi enviado ao gabinete de Domenico Arcuri, da comissão italiana para a pandemia, explicando que o atraso se deve ao novo plano de distribuição para os próximos dias.


Corrida da vacina: quais países já começaram a imunizar contra a covid-19?


"Mais um atraso inacreditável", lamentou o comissário extraordinário da Itália, ressaltando que as novas alterações precisarão ser debatidas durante um encontro com as autoridades regionais.

Segundo Arcuri, diversos governadores italianos já pediram sua intervenção para ajudar na distribuição das doses do imunizante. Uma das hipóteses que devem ser discutidas é o desenvolvimento de uma espécie de "mecanismo de solidariedade", no qual as regiões com mais vacinas ajudam as que têm menos.

Na semana passada, a Pfizer já havia comunicado unilateralmente que a partir desta segunda-feira entregará à Itália cerca de 29% de ampolas de vacina a menos do que o planejamento que havia sido compartilhado com as autoridades italianas. O país, porém, não é o único a sofrer com a medida da farmacêutica, que já foi duramente criticada por nações da União Europeia por não adequar a decisão aos contratos assinados.

A BNT 162b, desenvolvida em parceria com o laboratório alemão BioNTech foi a primeira vacina anti-Covid aprovada no bloco europeu e começou a ser aplicada no dia 26 de dezembro. (*Com Ansa)

Mapa do coronavírus no mundo

Como usar o mapa: Use as abas para mudar de categoria. Em "Totals", você vê os dados consolidados; em "World", os números por país; em "Plots", você vê a evolução dos números em gráficos; em Map, o mapa geral de casos; em US, o número de casos por Estado nos EUA. Caso as abas não apareçam, use a setinha para mudar.

O mapa mundial foi desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins e está disponível somente em inglês.


Veja como está a confirmação dos casos em países selecionados da América Latina (defasagem de 24 horas):

Aqui você vê animações gráficas que mostram a evolução do número de casos e de mortos ao longo do tempo. Essas animações estão sempre um dia defasadas, pois dependem da compilação de dados feita pelo Centro Europeu de Prevenção de Doenças e Controle.

Para ver a animação ao longo do tempo, clique duas vezes no botão de play que se encontra no canto inferior esquerdo.

Gráfico de casos de coronavírus no mundo

Gráfico de mortes de coronavírus no mundo

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(*) A primeira versão deste texto foi publicada em 17 de março de 2020, e está sendo atualizado constantemente nesta URL.

Saúde

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