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Política e Economia

Nicarágua não enviará mais soldados à Escola das Américas

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O anúncio foi feito pelo presidente Daniel Ortega, que afirmou que o país é vítima da entidade, criada para treinar militares

Giorgio Trucchi

2012-09-05T17:53:00.000Z

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O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, garantiu nesta terça-feira (04/09) que não enviará mais tropas à SOA (Escola das Américas, na sigla em inglês). O anúncio foi feito a delegações da SOAW (School of the Americas Watch) e da NicaNet (Nicaragua Network).

Durante a reunião, Ortega disse que a sua decisão “é o mínimo que se pode fazer”, pois a Nicarágua sempre foi “vítima” da entidade, criada no Panamá em 1946 com o objetivo de ensinar técnicas de guerra e de resistência a soldados latino-americanos.

“A SOA é um anátema ético e moral. Todos os países da América Latina foram vítimas de seus soldados. A SOA é símbolo de morte e terror. Por isso temos reduzido o número de nossas tropas na SOA. Em 2011 enviamos apenas cinco soldados e nenhum neste ano”, afirmou o presidente.

Além da Nicarágua, outros cinco países da América Latina (Argentina, Bolívia, Equador, Uruguai e Venezuela) já anunciaram o fim de seus vínculos com a entidade, que, desde 1984, tem suas instalações baseadas em Fort Benning, no estado norte-americano da Georgia.

Ortega também relacionou a medida como uma forma de reafirmar a soberania de seu país e destacou a importância da unidade latino-americana. Em seu discurso, o mandatário apontou os principais avanços da sua gestão, dentre os quais incluiu a saída da Nicarágua do pacto militar da OEA (Organização dos Estados Americanos), conhecido como TIAR (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca).

A coordenadora da SOAW para América Latina, Lisa Sullivan, por sua vez, elogiou a decisão. “É um resultado muito importante, pois é o primeiro país da América Central a dar este passo. Mais uma vez na história, a pequena Nicarágua envia uma mensagem de esperança, tenacidade, integridade e de solidariedade”, afirmou.

Nos últimos 11 anos, a SOA treinou cerca de 14 mil pessoas, entre militares e policiais. Os países que mais enviaram tropas foram Chile, Peru e Colômbia, sendo que este último responde a quase metade dos alunos. “Não é um segredo para ninguém que o exército que mais tem violado os direitos humanos é o da Colômbia”, disse Sullivan.

Na América Central, os países mais participativos da SOA são Honduras e El salvador, com 234 e 227 soldados enviados entre 2008 e 2011, respectivamente.

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Política e Economia

Mandato de Petro e Márquez inicia com altas expectativas do povo colombiano

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Com desejo de melhorias na área social e menos violência, primeiro governo de esquerda do país recebe legado desafiador

Redação

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-08-09T19:50:00.000Z

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Gustavo Petro e Francia Márquez começaram nesta segunda (08/08) seu mandato como líderes do novo governo colombiano. É a primeira vez que o país tem uma gestão com origens alternativas e populares. Durante a cerimônia de posse, na mítica Praça de Bolívar, localizada no centro de Bogotá, houve diversas manifestações culturais, que se replicaram por todo o país.

Em cerimônias de posse em todo o país, centenas de pessoas indígenas, afro-colombianas, jovens de bairros populares e famílias inteiras deixaram suas casas para abarrotar as principais praças e parques.

Na capital Bogotá, podia ser notada a expectativa que cerca o novo governo eleito. "Só tenho alegria e felicidade. estamos reunidos com os nossos colegas porque hoje é um dia de festa, dia de dizer 'sim' à paz", disse Robin Ortega.

Já a moradora da capital, Maria Cristina Muñoz, diz que, "para nós, colombianos, isto significa esperança. Nós sofremos, nossos jovens foram mortos. Estamos felizes por essa nova mudança."

De fato, o novo governo representa a esperança de milhões de colombianos, principalmente as classes marginalizadas, os chamados "ninguéns", as diversidades étnicas e sexuais, os excluídos.

Seja na melhora da área da saúde, como diz Hilda Urrea: "venho de Engativá, na localidade 10, venho para a posse do dr. Gustavo Petro, porque graças a ele temos a esperança de abrir o hospital San Juan de Dios e de fazer justiça." Seja na construção de um país menos desigual: "acho que significa devolver ao país a ideia de construir uma nação inclusiva, que represente a diversidade que a Colômbia tem e, sobretudo, a esperança de que o fortalecimento das instituições possa continuar ocorrendo de forma democrática", diz Ana Milena Molina.   

Petro, como representante do primeiro governo de esquerda a chegar ao poder na Colômbia nos mais de 200 anos de vida republicana, buscou abordar as expectativas do povo que lhe saudava.  

Reprodução/Francia Márquez Mina/Twitter
Gustavo Petro e Francia Márquez começaram nesta segunda-feira (08/08) seu mandato como líderes do novo governo colombiano

“Neste primeiro discurso como presidente da Colômbia, diante do Poder Legislativo e diante do meu povo, quero compartilhar meu decálogo de governo e meus compromissos. Trabalharei para alcançar a paz verdadeira e definitiva. Como ninguém, como nunca antes. Vamos cumprir o acordo de paz e seguir as recomendações do relatório da comissão da verdade. O ‘governo da vida’ é o ‘governo da paz’. A paz é o sentido da minha vida, é a esperança da Colômbia. Não podemos falhar com a sociedade colombiana. Os mortos merecem isso. Os vivos precisam disso. A vida deve ser a base da paz. Uma vida justa e segura. Uma vida para viver gostoso, para viver feliz, para que a felicidade e o progresso sejam a nossa identidade”, disse no domingo (07/08) o novo presidente.

Na posse, estavam a primeira-dama, Verónica Alcócer, e os filhos de Petro. Diante de delegações internacionais, dos presidentes do Chile, Argentina, Equador e Bolívia, e do rei da Espanha, o novo presidente prometeu que não permitirá que a desigualdade e a pobreza que dominam a Colômbia continuem sendo naturalizadas.

A cerimônia de posse foi marcada por simbolismos, como a exibição da espada de Simón Bolívar, representando a unidade dos povos da América Latina e a promessa de um governo popular que trabalhará pela unidade do país.

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