Agência Efe
O premiê Mark Rutte, do VVD, comparece à sessão eleitoral
O VVD (Partido Popular para Liberdade e Democracia), do primeiro-ministro Mark Rutte, ganhou nesta quarta-feira (12/09) as eleições legislativas na Holanda, com apenas uma cadeira a mais no Parlamento do que o rival PvdA (Partido Trabalhista). A projeção é da primeira pesquisa de boca de urna, anunciada pela empresa Synovate para a rede de televisão estatal do país logo após o fim do horário de votação. O resultado, no entanto, mostra uma diferença muito pequena para definir um vencedor.
De acordo com a pesquisa, o VVD obteria 41 cadeiras contra 40 do partido rival, em um Parlamento formado por 150 membros. Se esses números forem confirmados, os liberais serão forçados mais uma vez a procurarem construir uma coalizão para governar. Na última eleição, VVD e PvdA elegeram, respectivamente, 31 e 30 deputados.
Os resultados da pesquisa frustram os demais partidos. O PVV (Partido para a Liberdade), liderado pelo anti-islâmico Geert Wilders, de extrema-direita, deve ter sua participação reduzida pela metade (dos 24 eleitos em 2010 para apenas 13). Outro partido a apresentar declínio semelhante foi o CDA (Aliança Democrata-Cristã), que deverá ter perdido oito dos 21 assentos, chegando a 13. Os verdes devem cair de dez representantes para quatro.
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Já a esquerda, representada pelo SP (Partido Socialista), ficou perto da primeira colocação nas pesquisas há duas semanas, mas deverá manter os mesmos 15 representantes. Por outro lado, ela se torna a terceira maior força do Parlamento (era a quinta na eleição anterior) e deverá ser o principal bloco de oposição.
Isso porque há uma forte possibilidade, segundo os analistas consultados pela imprensa local, que os dois partidos mais bem indicados nas projeções optem por se coligar. A primeira colocação no Parlamento deverá garantir qual tendência o país deverá seguir.
Agência Efe
O líder da extrema-direita, Geert Wilders, discursa para seus partidários após o fechamento das urnas
Rutte, de direita, flerta com a retórica eurocética. Além de garantir que a Holanda “não daria mais um centavo” em empréstimos à Grécia, apresentou-se também como o grande defensor das políticas de austeridade fiscal da chanceler alemã Angela Merkel, inclusive em nível interno. No último governo, com o apoio do PVV e do CDA, ele comandou um corte de 30 bilhões de euros nas contas públicas. Já o líder trabalhista, Diederik Samsom, diz que a Holanda não precisa de cortes, mas sim de investimentos e crescimento. O CDA e o D66 (social-democratas), que subirão de dez para 12 parlamentares, também podem fazer parte da coligação.
Cerca de 13 milhões de holandeses estavam inscritos para votar. Esta é a quinta eleição na Holanda nos últimos dez anos. O governo de Rutte foi dissolvido em abril quando a extrema-direita deixou a coalizão por se recusarem a um novo corte orçamentário.
(*) com agências de notícias internacionais