Em parceria com o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos e com o MPI (Martin Prosperity Institute, a revista The Atlantic formulou um ranking das metrópoles norte-americanas que apresentaram maior incremento médio na renda de seus trabalhadores entre os anos de 2006 e 2011.
O objetivo do projeto foi o de comparar os dados sondados pelo governo antes e após a eclosão da crise financeira do país. Para tanto, a The Atlantic reuniu informações de 368 grandes cidades norte-americanas e organizou-as sobre um mapa do país.
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Reprodução/The Atlantic
Entre as cidades com mais de um milhão de habitantes, a que proporcionou maior aumento de renda a seus trabalhadores entre 2006 e 2011 foi a capital Washington, D.C., com uma elevação de 10.460 dólares. Logo atrás surgem San Jose, na Califórnia, com aumento médio de 9.890 dólares, e San Francisco, também na Califórnia, com elevação de 9.140 dólares.
Já na lista onde estão comparadas todas as cidades sondadas, a liderança passa para Champaign, no estado de Illinois. Com uma elevação de 11.250 dólares na renda média de seus trabalhadores, ela superou em pouco mais de 7% o crescimento registrado em Washington, D.C. ao longo do mesmo período.
Aumentos salariais nas maiores metrópoles:
Entre as cidades com mais de um milhão de habitantes, Nova York surge na 11ª colocação, com crescimento médio de 7.230 dólares nos salários de seus trabalhadores. No ranking geral, contudo, o maior signo do sonho americano não figura nem mesmo entre as vinte primeiras.
De acordo com a The Atlantic, os locais com as menores taxas de crescimento estão todos situados em cidades menores, especialmente na região do chamado “cinturão da ferrugem”, área na qual predomina a atividade manufatureira clássica. Holland, no Michigan, foi a última da lista, com um aumento de apenas 1.080 dólares na remuneração média de seus trabalhadores. Bay City e Monroe, também no Michigan, Sandusky, em Ohio, Kokomo, em Indiana e Lubbock, no Texas, tiveram todas aumentos inferiores a dois mil dólares.
Aumentos salariais em todas as metrópoles:
A conclusão da pesquisa, de acordo com o The Atlantic, é de que, em meio ao contexto de crise do sistema financeiro, talento e competências técnicas tornaram-se critérios determinantes para elevações salariais. Os maiores incrementos de renda foram registrados em tarefas de criação do setor terciário, mais especificamente aquelas dominadas por adultos com graduação universitária que atuam nos segmentos de tecnologia, arte, mídia e entretenimento.
Ganhos de renda estão associados positivamente à concentração de empresas de alta tecnologia. Embora a densidade populacional tenha influído de maneira discreta na sondagem, o tamanho da população propriamente dito não apresentou qualquer relação com o fenômeno de variação salarial.
Ainda que altos indices de desemprego persistam no país, praticamente todas as grandes cidades norte-americanas viveram ganhos salariais ao longo dos últimos anos. Mais de 60% das municipalidades avaliadas passaram por elevações de, ao menos, cinco mil dólares. Em praticamente 8% delas o crescimento foi de 7.500 dólares ou mais.
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