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Política e Economia

Bloqueio dos EUA a Cuba será discutido na Assembleia Geral da ONU desta semana

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Restrições incluem punições a transferência de recursos para programas de ajuda humanitária

Marina Mattar

2012-11-12T15:20:00.000Z

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Carlos Latuff


A Assembleia Geral das Nações Unidas irá votar nesta terça-feira (13/11) uma nova resolução sobre o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba. A expectativa do governo cubano é de que os membros da organização condenem pela 21ª vez o embargo, imposto pelas autoridades norte-americanas em fevereiro de 1962.

Nas outras ocasiões, a maioria dos representantes presentes na plenária da ONU aprovou documento, apontando a necessidade de colocar fim às restrições econômicas, comerciais e financeiras impostas à ilha caribenha. No ano passado, o texto foi aprovado por 186 dos 193 países-membros do organismo, com o voto contrário dos EUA e de Israel. 
 

Apesar de não ter peso de determinação na política norte-americana, a resolução da Assembleia Geral é uma importante conquista simbólica do governo cubano, pois explicita o descontentamento internacional com o bloqueio. A representação diplomática do país na ONU ainda acrescentou em um comunicado distribuído no organismo que cada vez mais, os cidadãos dos EUA favorecem o reestabelecimento de relações entre os países e o fim do embargo.

De acordo com os dados apresentados pelos diplomatas, 57% dos norte-americanos apoiam o fim das restrições ao turismo e 51% se opõem ao bloqueio. A missão cubana ainda lembrou declarações de organismos internacionais, personalidades políticas e intelectuais sobre o tema.

Leia especial do Opera Mundi sobre o 50 anos do bloqueio:
Bloqueio dos EUA causou prejuízo superior a US$ 1 trilhão, diz Cuba
Colapso da União Soviética reduziu economia cubana em 34%
Primeiro ciclo de reformas econômicas em Cuba começou nos anos 1990
Transformações na agricultura são laboratório para reformas em Cuba
Alto nível de escolaridade afasta trabalhadores cubanos do campo


A discussão nesta terça (13/11) será aberta com informe do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, que deve se referir à carta apresentada por 170 países para sustentar a oposição ao embargo. O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, também estará presente na sessão.

50 anos de bloqueio total

O embargo dos Estados Unidos imposto há 50 anos sobre Cuba já gerou perdas econômicas que superam os 108 bilhões de dólares até 2011 e seu prejuízo humano é inestimável, de acordo com estimativas de Havana. 

Um dos mais duradouros e drásticos bloqueios econômicos da história moderna, as restrições norte-americanas à ilha caribenha limitam severamente o turismo de seus cidadãos, impedem o comércio entre os países e se estendem a empresas transnacionais que possuem sede nos EUA. 

Navios que passarem pelos portos cubanos, de qualquer bandeira, têm que aguardar seis meses antes de lançar âncora em território da superpotência. Bancos que derem crédito ou realizarem operações financeiras com Havana também passaram a ser vigiados e castigados. Uma das operações punidas foi a transferência de recursos do Fundo Mundial de Luta contra a AIDS, a Tuberculose e a Malária.

As medidas, que foram recrudescidas durante o governo de George W. Bush, não sofreram grandes modificações com a gestão de Barack Obama. O democrata liberou viagens de cubano-americanos e eliminou os limites para as doações a parentes. Havana também pode comprar alimentos e remédios nos Estados Unidos, em situações emergenciais, desde que pague adiantado.

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Maioria dos católicos alemães rejeita condenação do aborto

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Declarações do papa e da Igreja contra a interrupção da gravidez são rechaçadas por 58% dos católicos, indica pesquisa

Darko Janjevic

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-09T21:59:00.000Z

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Uma pesquisa de opinião realizada na Alemanha revelou uma grande distância entre a os fiéis católicos e a os líderes da Igreja Católica, em relação ao aborto.

O levantamento, realizado pela INSA Consulere a pedido do jornal Die Tagespost, perguntou aos entrevistados: "É bom que o papa e a Igreja se manifestem contra o aborto?"

Somente 17% dos respondentes católicos responderam que sim. Outros 58% disseram que não. Entre os protestantes, apenas 13% eram favoráveis às declarações contra o aborto. Mais de dois terços discordaram dos posicionamentos do papa Francisco ou da Igreja Católica sobre o aborto.

Para a pesquisa foram entrevistados 2.099 cidadãos no fim de julho e início de agosto.

Igreja progride, mas só até certo ponto

O papa Francisco reorientou a Igreja Católica para um caminho mais liberal desde que assumiu o cargo de pontífice, em 2013. Ele tomou posições contundentes sobre padres envolvidos no abuso sexual de crianças, condenou governos de países do Ocidente por deportarem imigrantes, pediu mais ajuda para os pobres e mais esforços para preservar o meio ambiente. Publicamente, ele também agiu para reduzir o preconceito contra pessoas LGBTQ, afirmando que Deus "não renega nenhum de seus filhos" e endossando as uniões civis entre homossexuais.

Papa Francisco conduziu iniciativas para modernizar a Igreja Católica, mas mantém sua firme condenação ao aborto
Eric Gay/dpa/AP/picture alliance

No entanto, o papa Francisco também decepcionou alguns de seus apoiadores mais liberais ao rejeitar a benção católica para os casamentos gays. Ele também recusou-se a abandonar a posição tradicional da Igreja sobre o celibato de sacerdotes, assim como sobre o aborto, que o Vaticano vê como um ato de assassinato.

Francisco sobre o aborto: "É correto contratar um assassino?"

Em entrevista à agência de notícias Reuters em julho, Francisco reafirmou a sua opinião de que fazer um aborto seria semelhante a contratar um assassino.

"A questão moral é se é correto matar uma vida humana para resolver um problema. De fato, é correto contratar um assassino para resolver um problema?" questionou.

A questão do aborto não é a única em que o Vaticano enfrenta perda de apoio na Alemanha. Há menos de três semanas, a Igreja Católica pronunciou-se contrária ao movimento católico progressista alemão Caminho Sinodal, advertindo-o que não tem autoridade para instruir bispos sobre questões de moralidade e doutrina.

O movimento vem fazendo pressão para que os padres sejam autorizados a casar, mulheres possam tornar-se diáconos e que a Igreja dê sua benção a casais do mesmo sexo.

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