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Política e Economia

Israel posterga invasão terrestre à Faixa de Gaza para tentativa de trégua

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A secretária de Estado, Hillary Clinton, viaja para o país judeu em esforço diplomático para barrar escalada da violência

Fillipe Mauro

2012-11-20T11:00:00.000Z

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Com a Faixa de Gaza ainda sob cerco militar e com tropas prontas para uma invasão terrestre, Israel estabeleceu um prazo máximo de dois dias para que a diplomacia egípcia negocie um cessar-fogo entre as partes. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, viaja nesta terça-feira (20/11) para Israel também para pressionar por uma trégua.

Efe

Criança resgata brinquedos em meios aos escombros de uma casa na Cidade de Gaza, sob ataque israelense

A movimentação diplomática começou nesta nesta segunda-feira (19/11), quando uma delegação de ministros israelenses viajou ao Cairo, para participar de um encontro entre chanceleres da Liga Árabe e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Após horas de debate, os membros do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu concordaram em colocar “em espera” o projeto de invasão terrestre.

No entanto, consultados pela emissora britânica BBC, membros da cúpula do Exército negam terem recebido ordens para adiar a invasão a Gaza e alegam que a operação pode ocorrer mesmo em meio às negociações no Cairo. Um dos maiores receios da ONU e da Liga Árabe é de que este novo projeto de intervenção terrestre seja semelhante à Operação Chumbo Fundido, ofensiva entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009 que deixou mais de 1,4 mil palestinos mortos.

O porta-voz do gabinete de Netanyahu revelou à imprensa que o primeiro-ministro telefonou ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nesta segunda-feira (19/11). Em meio à conversa ele teria notificado a Casa Branca de que "Israel espera que o diálogo seja bem-sucedido, mas que, de qualquer forma, suas tropas estão preparadas para entrar em Gaza”.

Hillary

Em um giro diplomático pela Ásia ao lado do presidente norte-americano, Hillary foi orientada a trabalhar por uma trégua. “Uma decisão foi tomada para dar mais tempo à diplomacia, mas não tempo indeterminado", afirmou uma fonte do Departamento de Estado ao The New York Times. Hillary vai se reunir com o premier Benjamin Netanyahu e outras autoridades israelenses, em Tel Aviv, na quarta-feira, e ainda vai a Ramallah, onde deve se encontrar com o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas. Ela não vai tem encontro marcado com autoridades do Hamas.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também deve visitar Jerusalém nesta terça-feira, depois de participar, no Egito, das negociações indiretas para a trégua. "Passos imediatos são necessários para evitar qualquer escalada, incluindo a operação por terra, que só pode resultar em mais tragédia", disse Ban.

O líder do Hamas Khaled Meshal e o chefe da Jihad Islâmica Ramadan Abdullah Shalah devem se reunir nesta manhã com o chefe da inteligência egípcia, Raafat Shehata, em uma tentativa de acertar os últimos detalhes do cessar-fogo. De acordo com fontes no Cairo, citadas pelo jornal israelense Haaretz, a trégua seria implementada em duas fases. Na primeira, os dois lados suspenderiam os ataques, e depois haveria uma discussão sobre o fim do bloqueio a Gaza, imposto por Israel desde 2007.

Estima-se que mais de 110 palestinos já morreram desde a última quarta-feira (14/11), quando a morte do líder militar do Hamas, Ahmed Jabari, desencadeou uma nova investida militar contra Gaza. Do lado israelense, números oficiais indicam que são três os mortos até o momento.

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Direitos Humanos

Anistia Internacional exige respostas sobre violência policial no Brasil

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Órgão cobra respostas do Ministério da Justiça e Segurança Pública pela morte de Genivaldo Santos em Sergipe e da chacina no Complexo da Penha

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-05-27T17:20:00.000Z

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A Anistia Internacional Brasil cobrou, na última quinta-feira (26/05), respostas do Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na morte de Genivaldo de Jesus Santos, em Sergipe, na última quarta-feira (25/05). 

Além deste caso, o órgão também questionou a atuação da Polícia Federal e do Batalhão de Operações (BOPE) especiais do Rio Janeiro no Complexo da Penha, que deixou 25 mortos.

Em nota, a organização exigiu “informações sobre o afastamento prévio dos envolvidos” em ambos os casos, cobrando “detalhamento se os policiais estão sendo sujeitos a investigações de eventual falta disciplinar em razão de eventuais excessos em suas atuações durante a operação".

Na última quarta-feira, Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi abordado e rendido por dois policiais rodoviários federais na cidade de Umbaúba, localizada no litoral sul de Sergipe. 

Wallyson de Jesus, sobrinho da vítima, afirmou que o tio era diagnosticado com transtornos mentais e ficou nervoso com a abordagem. Após render Santos, os dois policiais o colocaram no porta-malas da viatura e jogaram grandes quantidades de gás lacrimogêneo e spray de pimenta dentro do veículo. 

Por sua vez, no Rio de Janeiro, até o momento 25 pessoas morreram em uma operação policial na Vila Cruzeiro, localizada no Complexo da Penha, na zona norte da cidade. Enquanto a PRF e o BOPE afirmam ter como objetivo a “localização e prisão de lideranças criminosas”, a representação do órgão internacional no Brasil identificou o caso como uma chacina.

"A organização exigiu providências, via ofício, para o gabinete do Ministro Anderson Gustavo Torres, para que apure as condutas dos agentes que podem vir ser caracterizadas como prática de tortura", declarou a Anista, que criada em 1961, tem como foco na luta e respeito pelos direitos humanos de todos os indivíduos. 

Twitter/PRF Sergipe
Anistia Internacional Brasil exige que o uso excessivo e desproporcional de força letal pelos agentes seja averiguado

Leia o comunicado da Anistia Internacional do Brasil na íntegra:

A Anistia Internacional Brasil cobra respostas do Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre as circunstâncias que envolveram a morte de Genivaldo de Jesus Santos, município de Umbaúba, em Sergipe, na quarta-feira, 25, durante uma abordagem de policiais rodoviários federais. E também exige explicações sobre a participação desta força policial na operação conjunta entre Polícia Federal e o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, na Vila Cruzeiro, Complexo da Penha, Rio de Janeiro no dia 24 de maio. 

A organização exigiu providências, via ofício, para o gabinete do Ministro Anderson Gustavo Torres, para que apure as condutas dos agentes que podem vir ser caracterizadas como prática de tortura -- conforme a lei º 9.455/1997, que tem agravante se for praticada por um agente público e Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes da ONU.

Genivaldo, de 38 anos, morreu asfixiado após ser preso no porta-malas de uma viatura dos agentes. Segundo relatos de familiares e noticiados pela imprensa, a vítima foi imobilizada pelos policiais com uso excessivo de força, mesmo depois de sinalizar cooperação e de ter atendido às ordens enunciadas. Além disso, imagens e vídeos que circulam nas redes sociais mostram que Genivaldo foi imobilizado e trancado dentro da viatura, e que uma fumaça saía de dentro do automóvel. 

A Anistia Internacional Brasil lembra que o Ministério da Justiça e Segurança Pública é responsável pelo trabalho da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal. Em relação à Chacina da Vila Cruzeiro, que, até agora, 23 pessoas foram mortas, a Anistia Internacional Brasil exige que a PRF deve averiguar se seus agentes recorreram ao uso excessivo e desproporcional da força letal. Se for o caso, precisa identificar, processar e responsabilizar os agentes públicos e os comandantes envolvidos na abordagem e na operação. A atuação policial deve seguir os protocolos determinados pelo Supremo Tribunal Federal, por meio da ADPF 635.

A organização exige informações sobre o afastamento prévio dos envolvidos tanto na abordagem em Sergipe, quanto na operação no Rio de Janeiro, de suas funções durante as investigações, além de detalhamento se os policiais estão sendo sujeitos a investigações de eventual falta disciplinar em razão de eventuais excessos em suas atuações durante a operação.  

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