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Política e Economia

Legado de Niemeyer se estendeu ao redor do mundo

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Arquiteto brasileiro morreu aos 104 anos no Rio de Janeiro

Fillipe Mauro

2012-12-06T00:09:00.000Z

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Eternizadas no projeto de Brasília, as curvas projetadas por Oscar Niemeyer não se limitam apenas às fronteiras nacionais e atravessam os mais diversos países. Cruzando quatro continentes, fizeram do arquiteto morto nesta quarta-feira (05/12), aos 104 anos no Rio de Janeiro, um dos nomes mais célebres do modernismo do século XX.

Wikimedia Commons

Sede da editora Mondadori, em Mlão, Itália

Sua estreia internacional foi em 1939, com o Pavilhão Brasileiro da Feira Mundial de Nova York. Aos 32 anos, a parceria com o amigo Lúcio Costa entusiasmou a crítica e rendeu até mesmo a chave da cidade e calorosos elogios do então prefeito republicano Fiorello La Guardia. No que à época classificava como contraposição do estilo jônico à rigidez do modernismo, já estavam as sementes do que se verificaria no início da década de 1960, com a inauguração da nova capital do Brasil.

Wikimedia Commons

Casino de Funchal, em Portugal

Protagonista das principais frentes de esquerda mundo afora, tornou-se célebre na França a partir da concepção da Sede do Partido Comunista, em Paris. Mais uma vez, fazia impressionar a ausência de ângulos retos e a hegemonia de formas ondulantes. De passagem pela Malásia, em 1980, importou da Catedral de Brasília essas mesmas silhuetas que tão bem o caracterizam, e entregou-as à Mesquita de Penang, em George Town.
 

WikiCommons - Sede da ONU, EUA
O sucesso não lhe salvou do exílio. A partir de 1964, a cidade que projetou passou a recusar e a saquear seus projetos. Ao lado de outros dois mil professores da UnB (Universidade de Brasília), se impôs contra o regime militar e deixou a docência. Retorna a Paris em 1966, onde instala um escritório e passa a atender clientes de todo o mundo. Nesse momento de sua carreira, é contratado pelo governo da Argélia para projetar a sede da Universidade de Ciência e Tecnologia Houari-Boumediene, edifício irmão do Palácio do Itamaraty e do Ministério da Justiça.

Para aqueles que acreditam que a arquitetura está restrita a prédios, Niemeyer e sua produção provam o contrário. Também de Paris, atendeu aos pedidos da fabricante Mobilier International e assinou uma linha limitada de poltronas encurvadas, simples e fluídas, assim como o restante de suas obras.


Veja abaixo lista de obras completas e projetos de Niemeyer no exterior:
1938 – Pavilhão Brasileiro na Feira Mundial de Nova York (Nova York - EUA) - desmontada
1947 – Sede da ONU (Nova York – EUA)
1947 – residência de Burton Tremaine (Santa Bárbara – EUA) – projetada
1955 – Museu de Arte Moderna (Caracas – Venezuela) – projetada
1957 – Prédio para a exibição Interbau (Berlim – Alemanha) 
1962 – Feira Internacional e Permanente do Líbano (Trípoli – Líbano)
1963 – Universidade de Haifa – pré-projeto (Haifa – Israel)
1966 – Pestana Casino Park  (Funchal – Portugal)
1968 – Centro Cívico (Argel – Argélia) – interrompida
1968 - Mesquita de Argel sobre o mar (Argel – Argélia)(projetada)
1968 – Sede da Editora Mondadori (Milão – Itália)
1969 – Universidade Mentouri (1ª etapa) (Constantine – Argélia)
1971 – Sede do Partido Comunista Francês (Paris – França)
1972 – Centro Cultural Le Volcan (Le Havre – França) 
1972 – Bolsa do Trabalho (Bobigny – França)
1975 – seda da FATA Engenharia (Turim – Itália) – projetada 
1975 – Escola Politécnica de Arquitetura e Urbanismo (Argel – Argélia)
1975 – Sala Poliesportiva “A Cúpula” (Argel - Argélia)
1980 – Mesquita estadual de Penang (George Town – Malásia)
1981 – Ilha de Lazer (Abu Dhabi – Emirados Árabes Unidos)
1989 – Sede do jornal L’Humanité (Seine-Saint-Denis – França)
2001 – Auditório (Ravello – Itália) - projetada
2001 – Acqua City Palace (Moscou - Rússia) (projetada)
2003 – Pavilhão da Galeria Serpentine (Londres – Reino Unido)
2006 – Centro Cultural Principado de Astúrias (Avilés – Espanha)
2007 – Centro Cultural (Valparaíso – Chile) – projetada 
2007 – Universidade de Ciência e Informática (Havana – Cuba ) – inacabada 
2008 – Puerto La Musica (Rosário – Argentina) 
2010 – Auditório (Ravello – Itália) - projetada

(*) fonte das obras: Fundação Oscar Niemeyer

Wikimedia Commons

Famosa mão com as "veias abertas", no Memorial da América Latina, em São Paulo 

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Política e Economia

Tribunal Constitucional da Bolívia rejeita recurso de Jeanine Áñez

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Ex-presidente autoproclamada do país também é julgada por suas ações como segunda vice-presidente da Câmara Alta boliviana, que contribuíram para que assumisse o governo de forma irregular em 2019

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-05-27T17:53:36.000Z

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O Tribunal Constitucional da Bolívia (TCB) rejeitou, na última quinta-feira (26/05), um recurso de inconstitucionalidade apresentado pela defesa de Jeanine Áñez em um dos casos em que está sendo julgada. A informação foi anunciada pelo ministro da Justiça boliviano, Iván Lima.

A ex-presidente autoproclamada do país está presa desde março de 2021, acusada de crimes de conspiração, terrorismo e sedição por sua participação nas ações que forçaram a renúncia do ex-mandatário Evo Morales em 2019.

Além disso, Áñez ainda é réu em outro caso, chamado "Golpe de Estado II", acusada de violar deveres e resoluções contrárias à Constituição. A defesa da ex-senadora entrou com um recurso, em uma audiência no dia 29 de abril, apontando inconstitucionalidade na acusação, tese que foi rejeitada pelo TCB.

O Tribunal de Sentença do país havia suspendido a audiência do segundo julgamento contra Áñez no início de maio, enquanto esperava um pronunciamento do tribunal, e no dia 12 de maio o Primeiro Juízo de Sentença Anticorrupção de La Paz decidiu não promover a ação de inconstitucionalidade apresentada por Áñez.

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Jeanine Áñez responde à acusações referentes a suas ações enquanto ocupava o cargo de vice-presidente da Câmara Alta

Na última quarta-feira (25/05), a defesa da ex-presidente autoproclamada chegou a declarar que o recurso havia sido admitido "em parte", mas o ministro Lima informou que o documento foi rejeitado. 

De acordo com o períodico El Deber, o ministro da Justiça afirmou que a ação não cumpriu os “requisitos necessários para uma análise e pronunciamento substanciais” da corte por não oferecer uma “base jurídico-constitucional que exponha de forma concreta a contradição das normas constitucionais invocadas".

"O Tribunal Constitucional já notificou que a ação específica de inconstitucionalidade apresentada pela defesa da senhora Áñez em relação aos crimes pelos quais ela está sendo julgada foi rejeitada pela Comissão de Admissão do Tribunal", afirmou Lima durante uma coletiva de imprensa.

Iván Lima também explicou, durante a coletiva, que com a decisão do Tribunal Constitucional, o Primeiro Tribunal de Justiça Anticorrupção de La Paz pode restabelecer um julgamento contra Áñez e pronunciar uma sentença.

(*) Com Telesur e ABI.

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