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Política e Economia

Saúde de Chávez altera ambiente pré-eleição regional na Venezuela

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População promete participação massiva e oposição ameniza críticas ao presidente venezuelano

Marina Terra

2012-12-13T11:34:00.000Z

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No momento em que a Venezuela vivia novamente uma campanha eleitoral, desta vez para votar em governadores e deputados estaduais, o país foi sacudido com o anúncio da remissão do câncer do presidente Hugo Chávez. Se antes nos jornais e nas ruas só se falava dos candidatos chavistas e opositores, agora é a saúde do líder venezuelano que protagoniza o debate interno.

Agência Efe

Além da população, oficiais venezuelanos também têm se reunido para orar pela saúde de Hugo Chávez


Chávez foi submetido a uma cirurgia nesta terça-feira (11/12) em Havana, após exames revelarem que células malignas haviam reaparecido. O presidente, de 54 anos, foi reeleito para um terceiro mandato em 7 de outubro deste ano, após se recuperar de um câncer diagnosticado em 2011. Essa foi a quarta vez à qual o presidente foi submetido a uma intervenção cirúrgica devido à doença.

Logo após Chávez anunciar que precisaria se ausentar do país para o tratamento, missas e cultos ecumênicos foram realizados em todo o país. Na Praça Simón Bolívar, em Caracas, os seguidores do presidente rezavam por sua pronta recuperação, mas também comentavam a proximidade das eleições regionais. “Mais que nunca, iremos todos às urnas votar por nossos candidatos. Seguiremos as palavras do nosso comandante”, disse Pio Carhuarupay, de 51 anos, nascido no Peru, mas cidadão venezuelano há 30 anos.

Agência Efe

Na madrugada desta quarta, o ministro Ernesto Villegas informou que o quadro de saúde do presidente é estável


Apesar da escassez de pesquisas de opinião, os poucos institutos de pesquisa apontam uma vantagem do oficialismo. Nesta quarta-feira (12/12) a empresa Hinterlaces, por exemplo, apontou que no Estado de Miranda o ex-vice-presidente Elias Jaua teria 49% das intenções de voto contra 47% de Henrique Capriles, atual governador e rival de Chávez na eleição presidencial de 7 de outubro.

Para o analista político venezuelano Alberto Aranguibel, a tendência é a de que o chavismo se beneficie do atual momento no país. “Levando em conta que o venezuelano já está bastante acostumado a participar de processos eleitorais e democráticos, considero que o comparecimento às urnas será massivo. E isso sempre contou a favor do chavismo, historicamente”, afirmou.

De acordo com Aranguibel, os eleitores, principalmente chavistas, vinham encarando as eleições regionais como uma espécie de continuação da decisão presidencial, que mobilizou o país por meses em uma campanha intensa. “Na Venezuela, a oposição ainda não conseguiu se mobilizar com a mesma força que o chavismo. Agora, com a doença do presidente, certos setores – minoritários – terão mais dificuldade para atacá-lo como faziam antes. Chávez sempre foi o alvo, mas agora eles terão cautela em suas declarações”, argumentou.

Oposição

Logo após o anúncio do retorno do câncer, a oposição afirmou ser uma alternativa "oportuna" caso uma nova eleição presidencial precise ser convocada no país. "Somos uma alternativa séria e preparada para cumprir com sua responsabilidade. A Constituição nos dá segurança para seguir adiante", disse o secretário-geral da MUD (Mesa da Unidade Democrática), Ramón Guillermo Aveledo, em entrevista à emissora venezuelana Globovisión.

Agência Efe

População venezuelano promete comparecer em massa às eleições de domingo para "seguir as palavras do comandante"


Outros, como a deputada oposicionista María Corina Machado, também preferiram não mencionar Chávez em declarações sobre as eleições regionais. "Estamos trabalhando com todos os cenários possíveis, mas uma coisa está clara: é o povo venezuelano, e não Chávez, que vai decidir o seu futuro", afirmou à Reuters.

Já Capriles fez duras críticas à indicação de Maduro como sucessor de Chávez em um novo pleito presidencial. “Que fique bem claro: na Venezuela não há sucessão. Isto não é Cuba, nem uma monarquia onde há um rei e então sobe ao trono aquele que foi designado pelo rei. Não. Aqui, na Venezuela, quando uma pessoa se afasta de um posto, a última palavra sempre será do nosso povo”, disse o ex-candidato presidencial.

A Constituição da Venezuela estabelece que, caso o presidente não possa comparecer à posse – marcada para 10 de janeiro –, deverão ser realizadas novas eleições em um período de 30 dias e, enquanto isso, o presidente da Assembleia Nacional assumirá o cargo. O atual líder do parlamento venezuelano é Diosdado Cabello, um dos políticos mais próximos a Chávez. Se a ausência ocorrer nos primeiros quatro anos de mandato, que soma seis anos, também serão convocadas eleições, mas o vice-presidente, Nicolás Maduro, "indicado" por Chávez para sucedê-lo, exercerá por 90 dias o cargo.

No domingo, os venezuelanos elegem 23 governadores, 229 deputados estaduais e oito representantes indígenas. Atualmente, a oposição domina os governos de vários estados dentre os mais importantes, como Zulia (2,3 milhões de eleitores), Miranda (1,9 milhões), Carabobo (1,3 milhões) e Táchira (826 mil).

 

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Eleições 2021 no Equador

Arauz: ‘Este é um revés eleitoral, mas, de maneira alguma, uma derrota política ou moral’

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Candidato progressista pediu união e disse que os quase 4 milhões de votos que recebeu são um “mandato” para defender políticas que promovam justiça social

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-04-12T02:48:00.000Z

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O candidato progressista à Presidência do Equador, Andrés Arauz, reconheceu na noite deste domingo (11/04) a derrota no segundo turno das eleições no país para o direitista Guillermo Lasso. Para ele, no entanto, o resultado – uma diferença de cinco pontos percentuais – não é uma “derrota política ou moral”.

“Este é um revés eleitoral, mas de maneira alguma, é uma derrota política ou moral. Porque nosso projeto é de vida, é uma luta pela construção de um futuro mais justo e solidário para todos os equatorianos”, disse. “Hoje, não é um final, é o começo de uma nova etapa de reconstrução do poder popular.”

Ele pediu união dos equatorianos. “A partir de hoje, temos que voltar a ser só um Equador. Que viva o Equador. Nas campanhas, discutimos e propusemos com convicção, e buscamos nos diferenciar. Claro que lutamos por valores distintos, mas, hoje, chegou o momento de avançar. Temos que ter pontes e construir consensos”, afirmou.

Arauz disse que os quase 4 milhões de votos que recebeu são um “mandato”. “São um mandato, um compromisso de defender políticas que acompanham e promovam justiça social, a dignidade e a saúde pública e, em definitivo, o futuro dos equatorianos”, disse.

Reprodução
Arauz agracedeu o apoio dos equatorianos e pediu união ao país

O candidato, que era apoiado pelo ex-presidente Rafael Correa, lembrou que sua coalizão política, a União pela Esperança (Unes), é a mais forte do país. “Estaremos atentos ante qualquer tentativa de usar o estado para benefício de poucos privilegiados. Estaremos, como sempre fizemos, defendendo as grandes maiorias, o povo digno, o povo equatoriano.”

Arauz disse que ligaria para o presidente eleito, a fim de cumprimentá-lo pelo sucesso eleitoral, e falou que é um “ator responsável e democrático” no Equador.

“Após estas declarações, realizarei uma chamada telefônica ao senhor Guillermo Lasso, o felicitarei pelo triunfo eleitoral obtido no dia de hoje e o mostrarei nossas convicções democráticas, de poder seguir aportando ao desenvolvimento do país quando se trata de beneficiar a maioria do nosso povo e de nos opor, construtiva e responsavelmente, quando se busque simplesmente atender a privilégios. Nós somos um ator responsável e democrático no Equador”, afirmou.

Assista, na íntegra, ao discurso de Arauz:

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