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Política e Economia

Chavismo conquista grande maioria dos Estados e altera mapa político na Venezuela

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O governo conquistou o importante Estado petrolífero de Zulia, enquanto Capriles foi reeleito em Miranda

Marina Terra

2012-12-16T23:31:00.000Z

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Atualizada à 01h44

Com uma vitória ampla do chavismo sobre a oposição nas eleições regionais deste domingo (16/12), o novo mapa político venezuelano favorece o processo revolucionário empreendido pelo presidente Hugo Chávez. Após perder em sete Estados em 2008, o governo ganhou em 20 dos 23, de acordo com o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) do país. A abstenção foi alta, de quase 54%.

Efe

Resultado das eleições deu ampla vantagem ao chavismo na Venezuela. Governo perdeu em Miranda para Henrique Capriles

"O mapa da Venezuela está pintado de vermelho", afirmou o Jorge Rodríguez, chefe do comando de campanha do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela). "Pela força do povo, cinco governos que estavam nas mãos da oposição foram resgatados para a gestão de Chávez", completou. O secretário-executivo da aliança opositora MUD (Mesa de Unidade Democrática), Ramón Guillermo Aveledo, disse que os resultados não são satisfatóriios, "porque perdemos em alguns Estados", mas falou que ficou demonstrado "que esse povo não se deixa ser influenciado, não se dá por vencido, não se rende a ninguém". 

Os candidatos do PSUV recuperaram os governos de três importantes Estados: Zulia, o mais rico do país – produz dois terços do petróleo da Venezuela – e maior zona eleitoral; Carabobo, onde está localizada grande parte dos centros industriais do país, principalmente petroquímico e Táchira, localizado na fronteira com a Colômbia e antes conhecido por ter um forte antichavismo. Os outros dois foram Nova Esparta e Monagas.

A oposição conquistou novamente o importante Estado de Miranda, com Henrique Capriles, candidato na eleição presidencial, derrotando por 52,02% o ex-vice-presidente Elias Jaua (47,62%). Em Lara, foi reeleito Henri Falcón (56,23%), dissidente chavista, que duelava contra Luis Reyes Reyes (43,50%), ex-governador e um dos maiores aliados de Chávez. Em Amazonas, o candidato da MUD Liborio Guarulla bateu Nicia Maldonado do PSUV.

“É uma vitória gigantesca para o governo, porque consegue os governos de Estados estratégicos, como Zulia, pelo petróleo, Carabobo, pelas indústrias e Táchira, pelo aspecto da problemática fronteira”, afirmou a Opera Mundi o analista político venezuelano Alberto Aranguibel. "Por sua vez, as conquistas da oposição, principalmente em Miranda, comprovam que a Venezuela não é uma ditadura e sim uma democracia ampla e profunda", completou.

Antes do anúncio, em 8 de dezembro, de que o câncer do presidente havia voltado, o pleito já era visto como crucial pelo chavismo e pela oposição. Se por um lado a oposição desejava manter os Estados onde governava e conquistar outros mais para fazer frente ao presidente, o governo apostava na reconfiguração da geografia eleitoral para impulsionar o projeto político da chamada “Revolução Bolivariana”.

Após a cirurgia de Chávez e a incerteza com relação à sua saúde, o significado dos resultados se tornou ainda mais importante. “O processo em curso na Venezuela não acontece por causa das eleições, mas é corroborado pelo voto”, disse Aranguibel, para quem a conquista da grande maioria dos governos pelo chavismo representa um avanço no projeto chavista.

Abstenção

A eleição foi marcada por uma alta abstenção – o voto não é obrigatório na Venezuela. De acordo com o CNE, é comum que eleições regionais registrem uma menor participação, em comparação com a presidencial. Em 7 de outubro, 84% dos venezuelanos aptos a votar seguiram para as urnas. Além disso, a proximidade com as festas de fim de ano fez com que muitos venezuelanos viajassem e deixassem de votar.

Percebendo a falta de eleitores nos centros de votação, desde cedo as campanhas do governo e da oposição convocaram os eleitores a votar. O chefe do oficialista Comando Carabobo, Jorge Rodríguez, do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), disse acreditar que a participação popular “se imponha” e convidou as pessoas a votar.

O coordenador da campanha da MUD, Antonio Ledezma, afirmou que nessas eleições “não está em jogo somente um governo”, indicando que os resultados podem definir o mapa político venezuelano.

Estados

Veja abaixo quem foi o vencedor em cada um dos 23 Estados venezuelanos:

Estado Amazonas
MUD: Liborio Guarulla
Psuv: Nicia Maldonado

Estado Anzoátegui
MUD: Antonio Barreto Sira
Psuv: Aristóbulo Istúriz

Estado Apure
MUD: Luis Lippa
Psuv: Ramón Carrizález

Estado Aragua
MUD: Richard Mardo
Psuv: Tareck El Aissami

Estado Yaracuy
MUD: Biagio Pilieri
Psuv: Julio León Heredia

Estado Zulia
MUD: Pablo Pérez
Psuv: Francisco Arias Cárdenas

Estado Portuguesa
MUD: Iván Colmenares
Psuv: Wilmar Castro Soteldo

Estado Sucre
MUD: Hernán Núñez
Psuv: Luis Acuña

Estado Táchira
MUD: César Pérez Vivas
Psuv: José Vielma Mora

Estado Trujillo
MUD: José Hernández
Psuv: Hugo Cabezas

Estado Mérida
MUD: Lester Rodríguez
Psuv: Alexis Ramírez

Estado Miranda
MUD: Henrique Capriles Radonski
Psuv: Elías Jaua Milano

Estado Monagas
MUD: Soraya Hernández
Psuv: Yelitza Santaella
Independiente: José Gregorio Briceño

Estado Nova Esparta
MUD: Morel Rodríguez
Psuv: Carlos Mata Figueroa

Estado Delta Amacuro
MUD: Arévalo Salazar
Psuv: Lizzeta Hernández

Estado Falcón
MUD: Gregorio Graterol
Psuv: Stella Lugo

Estado Guárico
MUD: José Gonzalez
Psuv: Ramón Rodríguez Chacín

Estado Lara
MUD: Henri Falcón
Psuv: Luis Reyes Reyes

Estado Barinas
MUD: Julio Cesar Reyes
Psuv: Adán Chávez

Estado Bolívar
MUD: Andrés Velásquez
Psuv: Francisco Rangel Gómez

Estado Carabobo
MUD: Henrique Salas Feo
Psuv: Francisco Ameliach

Estado Cojedes
MUD: Alberto Galindez
Psuv: Érika Farías

Estado Vargas
MUD: José Manuel Olivares
Psuv: Jorge Luis García Carneiro

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Política e Economia

União Europeia declara que texto de acordo nuclear é 'definitivo'; Irã nega finalização

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Negociações entre bloco econômico e Irã ocorrem para tentar salvar o acordo chamado Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), assinado originalmente em 2015

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-08T22:30:00.000Z

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Fontes da União Europeia informaram nesta segunda-feira (08/08) que o bloco econômico apresentou um "texto final" para o acordo nuclear que é debatido em Viena, na Áustria, com o Irã e com os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"Nós trabalhamos por quatro dias e hoje o texto está na mesa. A tratativa terminou, o texto é definitivo e não será renegociado", disse um funcionário do bloco, em condição de anonimato, aos jornalistas que acompanham os debates.

Pouco tempo depois, porém, o governo do Irã negou a informação por meio da declaração de um diplomata à agência estatal iraniana Irna. "Não estamos em uma fase em que sequer podemos falar de finalização de texto", disse o representante, em condição de anonimato.

Segundo o iraniano, ainda há alguns pontos em "suspensão" e o resultado das conversas "dependerá da determinação dos outros participantes em tomar decisões políticas sobre as propostas já apresentadas por Teerã".

Em Viena, outro funcionário da União Europeia contou aos jornalistas que as delegações dos países e organizações envolvidos deixariam o local e que agora "tudo dependerá da resposta formal dos participantes", o que deve ocorrer nos próximos dias.

European External Action Service/Flickr
Bloco econômico apresentou um "texto final" para o acordo nuclear; para Irã ainda há alguns pontos em "suspensão"

As negociações entre as partes ocorrem para tentar salvar o acordo assinado em 2015, chamado de Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), que inclui todos os membros do CS da ONU (Estados Unidos, França, China, Rússia e Reino Unido - mais a Alemanha), com intermediação da UE.

O pacto perdeu força em 2018, quando o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o país do acordo e reimpôs sanções unilaterais contra o Irã. Como resposta, Teerã parou de respeitar diversos itens do pacto de maneira intensa, como o enriquecimento de urânio, o que poderia indicar a construção de armas nucleares. Na última semana, o governo do país chegou a dizer que já tinha essa capacidade, mas que não queria construir os armamentos.

No entanto, com a eleição de Joe Biden, que tomou posse em janeiro de 2021, voltou a ser aberta a possibilidade de que os EUA voltassem ao acordo para tentar apaziguar a situação.

E, desde o fim do ano passado, dezenas de reuniões entre delegações de todas as nações envolvidas foram realizadas para tentar a chegar a um novo acordo para a implementação das regras.

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