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Política e Economia

Cartão de Natal de Banksy mostra muro de Israel no caminho da Sagrada Família

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No desenho, Jesus não poderia ter nascido na cidade palestina de Belém nos dias atuais por conta de bloqueio israelense

Marina Mattar

2012-12-18T18:18:00.000Z

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Reprodução


Um cartão de Natal pouco convencional está sendo compartilhado ao redor do mundo por milhares de pessoas nas redes sociais. A paisagem tradicional bíblica de José e Maria – que aparece montada em um burro – caminhando em direção à estrela de Belém, onde Jesus nasceria, não seria nada estranha se não fosse pelo extenso e alto muro que interrompe o seu caminho. 

O artista britânico Banksy dá o seu toque à data religiosa, lembrando que Cristo não poderia ter nascido no estábulo na cidade palestina nos dias atuais. José e Maria, assim como milhares de palestinos residentes de Nazaré (nome atual de Galileia), não poderiam sair de sua cidade e caminhar até Belém, na Cisjordânia, que está, totalmente, cercada pelo muro construído por Israel.

Wikicommons

Grafite do artista britânico no "muro da vergonha" em Belém, cidade palestina onde nasceu Jesus

O muro de concreto, de 760 quilômetros de extensão e cerca de 8 metros de altura, começou a ser construído pelo governo israelense em 2002 e já está quase concluído. Com o suposto propósito de evitar a passagem de terroristas nas áreas de Israel, a “barreira da separação” coincide em apenas 20% com a Linha do Armistício de 1949. O restante, está situado em território, por lei, palestino. 

Wikicommons
Classificado como “muro do apartheid”, essa construção foi criticada por autoridades e entidades internacionais, como as Nações Unidas e a Corte Internacional de Justiça, além de receber a atenção de artistas como Banksy. 

Por meio de grafites e stencils, o britânico imprimiu o seu tom irônico e sarcástico no muro do lado palestino. Uma janela, uma cortina, uma vidraça quebrada e balões furam o bloqueio israelense e levam o povo palestino a enxergar o “outro lado” que aparece como praia, céu ou rio. 

(Grafite de Banksy no muro israelense na Cisjordânia mostra garota voando para o outro lado do muro por meio de balões)

Agora, o artista britânico, de identidade real desconhecida, faz com que a Sagrada Família enfrente o apartheid.

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Sociedade

Número de vítimas de pedofilia dentro da Igreja pode chegar a 10 mil na França

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Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-03-02T22:41:00.000Z

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Desde 1950, 10.000 crianças e adolescentes podem ter sido vítimas de violências sexuais cometidas por membros da Igreja Católica na França. Essa é a estimativa do presidente da comissão independente que investiga a pedofilia dentro da maior instituição religiosa no país. 

A comissão foi criada em 2018 pelo episcopado francês e institutos religiosos após diversos escândalos no país. Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país. A estimativa foi feita a partir dos relatos recolhidos.

O número de crianças e adolescentes sexualmente abusados, no entanto, ainda pode mudar. “Nossa campanha está pedindo testemunhos, certamente não reuniu a totalidade [de vítimas]”, afirmou o presidente da comissão Jean-Marc Sauvé nesta terça-feira (02/03). “A grande pergunta neste momento é qual o percentual de vítimas que atingimos. 25%? 10%? 5%?”, completou.

O presidente da comissão não informou quantos são os possíveis agressores envolvidos. Segundo ele, no entanto, "em várias instituições católicas ou comunidades religiosas, tem havido um verdadeiro sistema de abuso, mas esta situação representa uma minoria muito pequena dos casos de que ouvimos falar".

Pxhere
Cerca de 10.000 possíveis vítimas de pedofilia cometida por membros da Igreja Católica na França foram identificadas desde 1950

O relatório final com recomendações de práticas de combate à pedofilia na Igreja deve ser divulgado em setembro. 

Responsabilidade pelo passado

Em fevereiro, a Conferência de Bispos da França reuniu 120 representantes ao longo de três dias para discutir a responsabilidade nos casos de pedofilia do passado. A discussão terminou sem nenhuma decisão prática.

"Nós concordamos todos que, no passado, houve falhas na gestão das coisas, sem falar dos crimes cometidos", afirmou o Monsenhor Luc Ravel. "Mas ainda estamos divididos sobre a noção de responsabilidade coletiva em relação ao passado. Alguns acreditam que é preciso solidariedade em relação às gerações precedentes", disse na ocasião da conferência.

Os 120 bispos devem se encontrar novamente no final deste mês para votar um dispositivo de reconhecimento do sofrimento vivido pelas vítimas que, se aprovado, pode prever medidas financeiras, criação de monumentos e políticas de prevenção à pedofilia.

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