A Tunísia recebeu mais de 3 bilhões de dinares tunisianos (quase US$ 2 bilhões) em investimentos estrangeiros diretos (IED) no ano passado, um aumento de 79% em relação a 2011, de acordo com dados divulgados pela Agência de Promoção de Investimentos Externos (Fipa), órgão do governo do país.
O desempenho foi influenciado em grande parte pela venda de participação estatal em bens confiscados de pessoas ligadas ao regime de Zine El Abdine Ben Ali, que renunciou em 2011 em meio ao levante popular que iniciou a Primavera Árabe. Isso inclui a aquisição de 13% do Banco da Tunísia pelo Crédit Mutuel Français e de 15% da operadora de telefonia tunisiana pela Qatar Telecom.
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Operações de privatização responderam por 20,7% do total dos IED em 2012. Individualmente, a área que mais recebeu recursos foi a de energia, com 29,6% de crescimento sobre 2011 e de 4,6% em relação a 2010.
Além das operações nas áreas de energia, privatizações e aquisições, os investimentos estrangeiros se concentraram na indústria, especialmente no ramo têxtil e de confecções. Isso permitiu a criação de 10.263 empregos.
Os investimentos em algumas atividades, como nos casos da energia e agricultura, chegaram a ultrapassar os patamares de 2010, antes da Primavera Árabe. Cresceram também os aportes nos setores de turismo e imobiliário. Na área de serviços, porém, houve recuo.